Relacionamentos – resgatando a criatividade, a percepção e a intuição.
Os relacionamentos são a forma de expressão da alma, a forma de continuidade e da soma de valores. Mais que isso: a forma mais básica de interação e que deveria resultar, num mundo inteligente, no senso de integração.
Mas o que vemos, nesse início de milênio, é a aparente falência nos relacionamentos. Por quê?
O relacionamento, qualquer que seja, está baseado em valores, que em verdade, não são valores racionais; são valores genuínos e espirituais tipo amor e respeito, paz e transparência, etc.
São valores intrínsecos à nossa natureza mais profunda, que são perceptíveis, mas que não podem ser baseados em aspectos que se tornaram as ferramentas de início do novo milênio, tipo técnicas e métodos.
O momento é para o resgate da intuição e da arte, da espiritualidade e da simplicidade.
Muitas pessoas esqueceram-se de como ser intuitivas ou criativas ou como ser elas mesmas e agem baseadas naquilo que conhecem na superfície do que consideram seus conhecimentos mais importantes.
Por quê?
Porque esqueceram-se de um lado natural em qualquer pessoa – o da espiritualidade e com isso abandonaram a simplicidade.
Mesmo não percebendo, trazem para os relacionamentos, até os que seriam ou deveriam ser os mais íntimos, hábitos e linguagens, atitudes e reações que reforçam esse abandono. No dia a dia atuam como autômatos e valorizam o complexo, deixando de atuar como seres pensantes criativos e com vontade própria.
O método e a técnica são meios, não mais que isso, para expressar tudo aquilo que temos ou sabemos, e aí o tesouro é imenso, mas a chave para abrir esse incomensurável e maravilhoso tesouro, que cada ser possui dentro de si, está nas sementes da espiritualidade, que ajudam a abrir a intuição, a linguagem intuitiva e a expressão de si mesmo com naturalidade. Isso vem com o autoconhecimento, que transcende o racional.
O conhecimento completo contém o racional mas, também, o intuitivo, o instintivo, o criativo e o perceptivo. O conjunto deles é que forma a base da inteligência espiritual, que é a inteligência que carregamos nascimento após nascimento. Só quando aprendemos esse conjunto de conhecimentos é que conseguimos expressar o amor verdadeiro.
Como pode haver amor sem sentimentos básicos como respeito, verdade, doação, aceitação?
Esses valores, mesmo os mais básicos, só existem, verdadeiramente, se traduzidos em sentimentos, no olhar, na atitude simples de solidariedade, no ouvir ou no se fazer presente.
Nos relacionamentos em que há grande envolvimento, há lampejos dessas manifestações que o sustentam e o alimentam mas, na grande maioria, são atitudes sem constância, como remédios para consertar ou reavivar, quando deveriam, simplesmente, ser parte do dia a dia.
Mas mesmo essas atitudes ainda estão num nível superficial e próximo do racional.
Para um relacionamento completo, há necessidade de intuição e percepção, espiritualidade e criatividade, que podem ser traduzidos em atitudes de humor, de carinho, de atos criativos, de presença de espírito, de dar apoio, de intervir com atitudes necessárias no momento correto, ou de apenas estar presente sem ninguém ter que pedir, ou no pressentir e no evitar situações ou manifestações ou interações desnecessárias, nocivas ou prejudiciais a si, a outros ou à natureza.
A beleza sempre é completa em si, mas nunca é completa por si.
A verdadeira beleza é manifesta, quando há a integração, e, então, mesmo aquilo considerado como não belo, pode vir a sê-lo, no conjunto.
Um relacionamento de dois seres imperfeitos pode vir a ser perfeito – em determinado período das vidas daquelas pessoas, se houver valores verdadeiros expressos na interação. Então, o que fluirá entre os seres será a energia do amor, que diluirá outras energias inferiores e revitalizará energias regeneradoras. Isso faz diferença!
Autor: H. S. Silva
Livro: Intuição.com – Para Viver uma Vida Melhor
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Foto: disponibilizada pelo banco de imagens do site stockxpert