Hoje se dá o pré-lançamento de ‘A Ambientalista’ – mais um minilivro da série ‘Ouvindo as Estrelas‘. ‘A Ambientalista’ traz à tona e simplifica o entendimento de conceitos importantes como ‘Aquecimento Global’, ‘Efeito Estufa’ e ‘Camada de Ozônio‘; temas relevantes como a nossa ‘Matriz Energética’ e ‘Produção Energética’; constatações científicas relacionadas à ‘Água em nosso planeta’, o ‘Desmatamento e o mau uso da terra’ e a ‘Extinção de inúmeras Espécies‘; a realidade dos ‘Crimes Ambientais’ e ‘Como seria possível mudar este Cenário?’; novas perspectivas com ‘Fontes Energéticas provenientes de recursos renováveis’ e reflexões sobre ‘Políticas Públicas’, ‘Leis Ambientais’, ‘Dever Humanitário’ e ‘Micropráticas viáveis’. Na parte final há a reflexão ‘Chamada para Acordar‘.
[Tempo de leitura aproximado: 100 min]
Série: ‘OUVINDO AS ESTRELAS‘
Para dar uma breve ideia dos temas de ‘A AMBIENTALISTA’‘, veja abaixo sumário com os subcapítulos .
Sumário
A AMBIENTALISTA
Contextualização
Sobre a Série Ouvindo as Estrelas
Sobre a personagem central, Ferhélin
Sobre este minilivro
PARTE 1
(O início)
PREÂMBULO
Alinhamento de Conceitos importantes
Aquecimento Global
Efeito Estufa
Qual a relação entre o Aquecimento Global e o Efeito Estufa?
Vocês sabem quais são os principais gases do efeito estufa?
Camada de Ozônio – o que é?
Buraco na Camada de Ozônio
PARTE 2
(Nosso autorretrato como sociedade)
Matriz energética – nosso autorretrato como sociedade
O que é matriz energética?
Provenientes de recursos não renováveis
Sobre os combustíveis atuais e os danos que causam
Opções energéticas para combustíveis
Produção energética – para além dos combustíveis
Efeitos colaterais
O palco das decisões ou ‘o palco das omissões’?
PARTE 3
(Primeira Realidade)
CONSTATAÇÕES CIENTÍFICAS
O que está acontecendo no mundo hoje?
Aonde queremos chegar?
TEMAS RELEVANTES
– ÁGUA – Tema que mais toca meu coração!
– AQUÍFEROS – O que são?
– DESMATAMENTO – MAU USO DA TERRA
– EXTINÇÃO DE INÚMERAS ESPÉCIES
– USO EXCESSIVO DE FERTILIZANTES E PESTICIDAS
– MICROPLÁSTICOS – PRODUTOS QUÍMICOS TÓXICOS NO AMBIENTE
– ACIDIFICAÇÃO DOS OCEANOS
– AEROSSÓIS NA ATMOSFERA
Notas da Parte 3
PARTE 4
(Segunda Realidade)
CRIMES AMBIENTAIS
Como esse cenário poderia mudar?
Perspectivas Transformadoras
PARTE 5
(Terceira Realidade)
NOVAS PERSPECTIVAS
Fontes Energéticas Provenientes De Recursos Renováveis
Energia Eólica
Energia Solar
Energia Solar Para O Aquecimento De Água
Energia Solar Para Geração De Energia Elétrica
Energia Geotérmica
Hidrogênio – A Energia Do Futuro
Hidrogênio Verde
PARTE 6
(Reflexões sobre Políticas Públicas e Leis Ambientais)
Como Reduzir O Impacto Ambiental?
Políticas Públicas
Sobre Leis Ambientais
Dever Humanitário
PARTE 7
(Epílogo)
Micropraticas
Aproveitamento De Oportunidades
Habitualidade Nas Práticas Ambientais
Combinação De Técnicas
PARTE 8
(Encerramento)
Viajando A Uma Praia Paradísiaca
Chamada Para Acordar
PARTE 9
Anexo
Exercício de Iniciação a um Mundo Melhor
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NOTAS
NOTAS, LINKS e REFERÊNCIAS
MINILIVRO 16
A AMBIENTALISTA
CONTEXTUALIZAÇÃO
Para entendimento do contexto deste minilivro e informações sobre a protagonista, simplesmente dê continuidade à leitura. Para ir direto ao início deste minilivro, clique aqui.
SOBRE A SÉRIE
”OUVINDO AS ESTRELAS
A série ‘OUVINDO AS ESTRELAS‘ descreve os encontros de uma jovem cientista (Ferhélin) – personagem central dos minilivros da série, durante sua jornada em terras canadenses. O livro original gerou uma série de minilivros, com temáticas distintas e que podem ser lidos, um independente do outro. Cada um deles refere-se a um encontro específico de Ferhélin, personagem central de toda a série.
Grande parte das narrativas tem como cenário as Rochosas Canadenses, com suas paisagens únicas e encantadoras, nos quais a magia dos cenários funde-se com perspectivas e revelações, aprendizagens e entendimentos que proporcionam a Ferhélin experiências que a ajudam a transcender sua forma de pensar e enriquecer sua forma de enxergar o mundo e as pessoas, as ciências e a espiritualidade.
Experiências essas que são compartilhadas conforme os encontros são relatados. O que os leitores poderão atestar no decorrer da leitura de cada um dos minilivros.
SOBRE O MINILIVRO ‘A AMBIENTALISTA‘
Os tópicos do minilivro ‘A Ambientalista‘ lembram as diferentes arestas de um ‘diamante’ que se revela quando começamos a respeitar e a amar o meio ambiente, a ecologia e os ecossistemas que compõem o nosso planeta, que tem valor imensurável.
As arestas se interconectam e fazem parte de um único ‘corpo’ – o nosso ‘diamante’ que é o belíssimo planeta Terra.
A narrativa deste minilivro não visa esgotar os tópicos que nele são apresentados. Visa principalmente inspirar quem os ler a – cada vez mais, considerá-los, respeitá-los e divulgá-los.
Como autor, penso que meu papel como responsável por ‘A AMBIENTALISTA’ foi o de pesquisar sobre os temas, organizar o que penso ser relevante incluir no mesmo e, dentro do que consegui, fazer meu melhor para dar vida à narrativa .
Sobre a personagem central: Ferhélin
Ferhélin, a personagem central do livro nasceu no interior paulista, região sudeste do Brasil. É graduada em Física e especializada em Mecânica Quântica.
Desde que se formou, pouco mais de seis anos antes da publicação deste livro, tem atuado como professora e pesquisadora.
Trata-se de uma jovem mulher de olhos e cabelos castanhos que chegam aos ombros. À época dos encontros aqui narrados, estava prestes a completar 30 anos de idade.
Desde criança aprendeu em casa a importância de buscar o equilíbrio na vida; e que as artes, os esportes e o conhecimento sempre deveriam estar presentes no seu dia a dia.
Assim, naturalmente tornou-se tanto uma apreciadora da música, das obras de artes e da literatura; ainda como criança aprendeu a desfrutar do prazer com as atividades ‘esportivas’, tendo desenvolvido amor especial pela natação e por caminhadas, atividades que, conforme depoimento dela, a inspiram à reflexão durante suas práticas.
Na parte do conhecimento, desenvolveu amor pela aprendizagem, em especial pela matemática e pela física, área que viria a se dedicar como profissional.
A espiritualidade, desde criança, fez parte de sua vida com mãe e pais cristãos praticantes. Desde cedo aprendeu a respeitar e a admirar as pessoas que, independente dos caminhos religiosos que declaravam, agiam com foco no bem; conforme depoimento dela sobre ensinamento recebido dos pais, ainda criança.
Foi após a publicação de um artigo em uma revista científica internacional que ela recebeu um convite para fazer uma apresentação sobre o assunto em um congresso no Canadá, o qual aceitou e – a partir da qual, os encontros apresentados na série ‘Ouvindo as Estrelas’ relatam a experiência de Ferhélin em solos canadenses.
O relato a seguir é um dos selecionados por Ferhélin para sua apreciação.
PARTE 1
(O Início)
PREÂMBULO
Desde o dia que havia retornado a Banff, Ferhélin esperava ansiosamente pelo dia em que haveria uma palestra sobre o meio ambiente e ecologia – tema que ela muito apreciava e gostaria de saber mais. O título da palestra era: ‘Ambientalismo – perspectivas para um planeta melhor!‘
Tendo chegado o dia tão esperado por ela, dirigiu-se ao auditório com antecedência suficiente para, no café que precedia o auditório, tomar um chá quente com tranquilidade, observando a chegada do público.
Lá, sentindo o ambiente em que ocorreria a palestra, Ferhélin se surpreendeu com a variedade de faixas etárias do público que chegava. Desde pessoas com seus cabelos brancos, a jovens e até mesmo um grupo de garotas e garotos que aparentavam ter entre dez e treze anos acompanhados de dois adultos, uma mulher e um homem, ambos na faixa dos 30 anos, provavelmente professora e professor das crianças, imaginou ela.
Já no auditório, Ferhélin se acomodou e pôde observar que a palestra teria um público com cerca de trezentas pessoas presentes. Ela pôde observar que o grupo de crianças havia sentado nas duas primeiras filas, logo à frente do palco. Na parte alta ao fundo do palco havia um telão que projetava imagens relacionadas ao meio ambiente.
Algum tempo se passou até o início do evento, quando foi feita a apresentação da palestrante da noite: uma brasileira de origem asiática de cor clara e cabelos pretos que chegavam aos ombros, que aparentava ter não mais que trinta e cinco anos de idade.
Foi feito um breve resumo do currículo da palestrante, com um histórico resumido de suas atividades, que incluíam estudos na área de meio ambiente e ecologia, atuação junto ao Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, participação em congressos e assembleias ambientais e viagens por vários países com experiências em realidades ambientais variadas nos diversos continentes.
Tendo a palavra, ela agradeceu a apresentadora do evento pela introdução e deu boas-vindas a todos os presentes e disse que, durante a fala dela, se houvesse alguma pergunta era só levantar a mão, que chegaria um microfone até a pessoa, que poderia dirigir sua pergunta, seu comentário ou ainda responder algum questionamento dela dirigido ao público.
Sorrindo, disse que tentaria se comunicar com todos os presentes.
Olhando para um casal em seus cabelos brancos disse: ‘desde os mais ‘experientes‘; olhando para um grupo de adolescentes, provavelmente estudantes de algum colégio, acrescentou ‘os mais jovens‘, e ainda dirigiu o olhar às crianças das duas primeiras filas, agradecendo a presença de todos, mas em especial disse que estava muito feliz pela presença dos inúmeros jovens e das crianças presentes.
Na grande tela ao fundo, aparecia a imagem de nosso belo planeta com o título da palestra: ‘Ambientalismo – perspectivas para um planeta melhor!’
Em seguida, ela convidou todos os presentes a observarem a bela imagem da Terra; dizendo que aquela era uma icônica fotografia da Terra feita por um astronauta do espaço; ressaltando que aquela imagem havia ficado famosa na época que foi tirada. [1]
Logo ela adentraria o tema da palestra,
No decorrer de nosso encontro, vou falar um pouco sobre alguns conceitos importantes, sobre alguns temas que merecem a atenção e vou falar com vocês sobre as três ‘realidades‘ que aparecem na imagem do telão, ok?
No telão ao fundo apareciam três novas imagens, uma ladeando a outra. À esquerda, a imagem um incêndio florestal de grandes proporções; na imagem central, aparecida um grupo de cientistas e jovens aprendizes ambientais em um cenário natural com um riacho, plantas, verduras e flores e, na terceira imagem, à direita, apareciam coletores solares e unidades geradoras eólicas em meio ao verde da natureza, com o céu azul acima.
Gostaria de começar convidando a todos vocês a fazerem um pequeno exercício em que usamos nossa imaginação – lembrando de manter o foco no meio ambiente.
E começou a falar sobre as imagens que apareciam ao fundo. São três diferentes perspectivas. As três são reais e existem neste exato momento em que aqui estamos. E elas estão relacionadas entre si, com uma afetando a outra.
Dizendo que gostaria de falar um pouco sobre aquelas três realidades, comentou:
“Penso que essas três realidades existem em relação ao ambientalismo no nosso planeta e devem ser conhecidas, divulgadas e levadas em consideração por todos.
Crimes ambientais
A imagem à esquerda é uma realidade que encontramos em nosso planeta, é a da triste constatação da devastação e prejuízos causados pelos crimes ambientais, com desmatamento, queimadas e outras tristes realidades, sobre as quais gostaria de fazer uma breve abordagem com vocês.
Essa realidade existe e não deve e nem pode ser depreciada.
A ideia aqui é jogar um pouco de luz sobre essa realidade obscura, que é a dos crimes ambientais. A quem interessa essa realidade? Por que ela é tão obscura? Quem ganha com ela?
Constatações científicas
Como imagem central temos um grupo de cientistas ensinando jovens sobre o meio ambiente. Ela retrata uma outra realidade do que está acontecendo no cenário planetário. É uma boa realidade, que nos inspira e dá esperança.
Essa foi uma foto tirada em uma de minhas viagens. Foi numa unidade de conservação ambiental localizada num local maravilhoso do centro-oeste brasileiro, no Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros. Nesta imagem há um encontro de cientistas ambientais com jovens recebendo formação ambiental.
Nela, vocês veem como a relação com a natureza desperta entusiamo, traz esperança e gera felicidade.
Após uma breve pausa – como que dando tempo aos presentes para assimilarem seus próprios sentimentos com a imagem, a Ambientalista prosseguiu seu comentário: – é possível ver a alegria pelas faces da foto, tanto dos que estão ensinando, quanto dos jovens que estão fazendo seus experimentos com as plantas ou coletas de água.
Com essa imagem, gostaria de ressaltar a realidade do importante trabalho dos cientistas ambientais e das constatações científicas que, dentre suas inúmeras atribuições, apontam as causas de eventos catastróficos em série e a intensificação do efeito das diversas crises climáticas que nosso planeta têm enfrentado.
Boas perspectivas
E, passando a comentar a terceira imagem, com os coletores solares e unidades eólicas, disse: – uma terceira realidade presente em nosso planeta, sobre a qual também gostaria de falar com vocês neste nosso encontro é a das boas perspectivas que temos e que podemos abraçar e que, se aplicadas como políticas de governos da maioria dos países, elevariam o nosso planeta a um novo patamar.
Há várias possibilidades de escolha de matrizes energéticas que trazem benefícios a todos no planeta e que englobam as várias possibilidades de modelos energéticos mais limpos e sustentáveis, como a energia eólica e a energia solar da imagem. Mas além destas, há outras matrizes energéticas limpas.
Observando essas três imagens que se apresentavam uma ladeando a outro, ela prosseguiu:
– A questão que se apresenta é: o que vai prevalecer?
Ao que ela, esboçando um leve sorriso, disse: “hoje, vamos fazer uma breve jornada por vários aspectos que estão relacionados ao meio ambiente e passaremos por essas três realidades que as imagens nos mostraram.
Ferhélin, que havia se simpatizado com ela desde o início de sua fala, a partir daquele exato instante, passou internamente a chamá-la de ‘A Ambientalista‘.
O Início da Palestra
Dirigindo-se a todos no auditório, disse: antes de darmos início à nossa conversa, vou pedir um minuto a todos adultos e jovens para trocar umas palavrinhas com as crianças aqui presentes.
E olhando para as crianças das duas primeiras filas, dirigiu-se a elas:
– ‘imaginem que alguns temas do que vai ser falado hoje são como sementinhas plantadas na terra. Sementinhas que vocês podem regar, cuidar delas e um dia poderão nascer, desabrochar, crescer, florescer e dar frutos.’
Algumas das falas que escutarão serão mais fáceis de entender, outras podem parecer um pouco mais complicadas; algumas tentarei explicar hoje, mas as dúvidas que levarem com vocês, lembrem-se de perguntar aos seus professores e professoras quando retornarem às suas escolas. Lembrem-se de conversar entre vocês, em suas casas com seus pais, e pesquisem sobre o que escutarem aqui, ok?’
Algumas partes podem gostar mais, outras menos, mas lembrem-se: ‘são como sementinhas sendo plantadas‘.
E, voltando sua atenção ao público em geral, disse: antes de mais nada, gostaria de alinhar alguns conceitos com todos vocês.
ALGUNS CONCEITOS IMPORTANTES
De início, gostaria de falar sobre o aquecimento global, o efeito estufa e a camada de ozônio. São três conceitos dos quais muito se fala quando tratamos de meio ambiente.
O AQUECIMENTO GLOBAL
O aquecimento global trata do aumento anormal da temperatura média em nosso planeta.
Desde 1970, a temperatura média na Terra tem sofrido um aumento muito além do normal e isso traz consequências que afetam o meio ambiente, os seres humanos e tudo que tem vida em nosso planeta, portanto o aquecimento global é problema grave.
É um problema que ainda pode ser resolvido, mas para isso há a necessidade de se reconhecer o problema e querer resolvê-lo. Este é o ponto essencial a considerar, querer resolver o problema é fundamental. Mas o ‘querer‘ tem que ser traduzido em ações.
Para a solução de qualquer problema, é necessário entendê-lo; identificar as causas do problema e, a partir daí, trabalhar para eliminar as suas causas, ou pelo menos atenuá-las.
O aquecimento global é um problema de todos; é um problema planetário.
E nós ainda temos um impasse nesse processo. Há líderes e autoridades governamentais que parecem fechar os olhos para o problema e continuam a ignorá-lo.
Assim, mesmo com muitos alertando para o perigo da situação, se os principais países não se engajarem na busca de soluções para o aquecimento global, o risco de agravamento das condições de vida no planeta é grande.
E, olhando na direção das crianças disse: – É papel de cada um de nós ajudar, lembrando aos líderes e autoridades governamentais que eles são avós, pais, irmãos, cidadãos e cidadãs e que os temas ambientais dizem respeito a todos, inclusive a eles.
E, voltando seu olhar para o público em geral disse: – ‘portanto, se conscientizem das suas responsabilidades éticas e morais, acima de quaisquer outros interesses, e compreendam a urgência que se faz necessária em relação aos cuidados com o meio ambiente de nosso planeta‘.
De algum modo, como se o poder daquela fala tivesse sido transferido a cada um dos presentes, todos sentiram-se portadores da energia daquela mensagem, que deveria chegar a todos, inclusive aos líderes e às autoridades governamentais.
O EFEITO ESTUFA
Ondas de harmonia pareciam fluir pelo ar do auditório. Parecendo estar em sintonia com aquelas ondas, a Ambientalista prosseguiu:
– Um outro conceito importante que gostaria de alinhar com vocês é o do efeito estufa.
E o que é o Efeito Estufa?
O efeito estufa é um fenômeno natural, ou seja, é parte da natureza e ajuda a manter a temperatura em níveis adequados para a vida exista na Terra.
O efeito estufa consiste em uma camada de gases que envolve o planeta e que funciona como uma camada de proteção para nós, como que filtrando os raios solares penetram no planeta em níveis que nos permitam – a nós, aos animais, às plantas, florestas, peixes, aves e tudo que têm vida a se manterem vivos.
E, continuando sua explanação, ela apresentou a pergunta:
‘Se é assim, então por que relacionam o efeito estufa a algo negativo?’
Ao que ela mesma respondeu: ‘porque estão sendo jogados gases na atmosfera em níveis muito acima do aceitável!
E por que esses gases causam danos?
Vamos pensar juntos: o normal é que a Terra nem fique gelada demais e nem que esquente demais, a ponto de não conseguirmos viver no planeta; nem em um extremo de congelamento, nem em outro extremo de super aquecimento, correto?
O problema que está sendo constatado pelos cientistas é que esses gases que estão sendo ‘jogados‘ em excesso na atmosfera que envolve a Terra absorvem parte da radiação infravermelha [Nota] refletida pela superfície terrestre.
[Nota] Radiação infravermelha: radiação relacionada ao calor. A radiação infravermelha pode ser emitida por qualquer objeto quente e pelo Sol ao emitir ondas com frequência abaixo da frequência da luz vermelha. Por isso o nome: infravermelho
O normal é que haja uma faixa – com um limite mínimo e com um limite máximo de temperatura, dentro da qual conseguimos viver.
O preocupante é que os cientistas ambientais têm constatado que está ocorrendo um aumento da temperatura muito além dos níveis normais em nosso planeta.
E, no contexto de elevação da temperatura, surge a questão:
QUAL A RELAÇÃO ENTRE O AQUECIMENTO GLOBAL E O EFEITO ESTUFA?
Com a emissão de gases acontecendo em excesso, a radiação que deveria dirigir-se para o espaço fica ‘presa’ na atmosfera e provoca o aumento do aquecimento da superfície da Terra.
No estudo do aumento da temperatura em nosso planeta, as indicações são de que a poluição provocada pelos gases intensifica o Efeito Estufa.
Ou seja, o aquecimento global é um evento climatológico que ocorre com o aumento das temperaturas médias da Terra, tanto nos continentes, quanto nos oceanos.
E o fato é que o fenômeno do aquecimento global desordenado é resultado da intensificação do efeito estufa.
Então, dirigindo-se à audiência presente questionou: se alguém te perguntar ‘por que a temperatura está subindo além dos níveis normais?’ Qual vai ser sua resposta?
Ao que, logo, uma jovem que se identificou como uma estudante do último ano do colégio disse:
“A temperatura está subindo além dos níveis normais devido à poluição provocada por gases que produzem o ‘Efeito Estufa’. Correto?”
Ao que a Ambientalista observou: ‘correto!’ Para logo a seguir, apresentar uma nova pergunta ao público: vocês sabem quais são os principais gases do efeito estufa?
OS PRINCIPAIS GASES DO EFEITO ESTUFA
Uma pessoa respondeu ‘dióxido de carbono‘, outra disse ‘metano‘.
Ao que a Ambientalista concordou, dizendo:
Os maiores causadores do Efeito Estufa são o Dióxido de carbono (CO2), o Metano (CH4), o Óxido Nitroso (N2O), o Ozônio (O3) e os gases fluoretados como Clorofluorcarbonos (CFCs), o hexafluoreto de enxofre (SF6), os hidrofluorocarbonetos (HFC) e os perfluorocarbonetos (PFC)[Nota].
[Nota]:
Hidrofluorocarbonetos (HFC)São compostos químicos constituídos por hidrogénio, flúor e hidrocarbonetos. Gases de refrigeração utilizados em aparelhos de ar-condicionado, extintores e como solventes.
Os perfluorocarbonetos (PFC) são compostos orgânicos formados apenas por átomos de carbono e flúor, com cadeias de até seis átomos de carbono.
Eles são conhecidos como Gases do Efeito Estufa (GEE) por interagirem com a radiação solar e contribuírem para a intensificação do efeito estufa.
GEE 1 - Dióxido de Carbono (CO2)
O Dióxido de carbono (CO2) é o gás de maior abundância na atmosfera, alcançando 55% das emissões mundiais de gases de efeito estufa. Esse gás é gerado pelos combustíveis fósseis, como carvão mineral e petróleo.
GEE 2- Gás Metano - CH4
Outro gás que contribui em muito para o aumento da temperatura da Terra é gás metano.
Esse é um gás com poder vinte e uma vezes maior que o dióxido de carbono.
Cerca de 60% da emissão de metano provém de ações do ser humano, tais como pecuária, aterros sanitários e lixões.
Segundo a Agência Internacional de Energia, a atividade agropecuária, que inclui a criação de animais, compõe a maior fonte humana de emissões de metano do planeta, sendo que no setor pecuário, o gado bovino, indiscutivelmente, é o maior emissor.[3]
O restante de sua produção se dá por meio de animais ruminantes (arroto) e por fontes naturais, como as erupções vulcânicas.
No dia a dia, o metano é gerado quando da extração de combustíveis minerais (principalmente o petróleo); produção de combustíveis fósseis (gás e carvão) e queima de combustíveis fósseis (veículos).
O interessante é que ele também pode ser utilizado como biogás para geração de energia. Ou seja, há o lado prejudicial, mas se houver uma boa gestão de seu uso, esse gás poderia contribuir para o lado positivo.
Um artigo interessante que sugiro para leitura é o da BBC, que tem o título ‘As surpreendentes fontes de gases do efeito estufa‘[3].
Neste artigo, escrito por uma equipe de jornalistas da BBC, elas fizeram uma observação que considero pertinente reproduzir a vocês aqui: é a de que ‘o metano passou muito tempo à sombra do CO2. Mas o seu impacto sobre as temperaturas globais é muito grande. Por isso, é vital começar a conhecê-lo melhor.‘
Aliás, fica aqui a sugestão para quem aprecia boas leituras, de visitarem o site ‘BBC Innovation‘. Lá sempre há bons tópicos sendo apresentados.
GEE 3 - Óxido Nitroso - N2O
Outro gás que contribui em muito para o aumento da temperatura da Terra é o Óxido nitroso, também conhecido como Protóxido de Azoto (N2O).
O óxido nitroso é um GEE trezentas vezes mais potente que o CO2.
As práticas agrícolas são as principais fontes de óxido nitroso advindo da ação humana. Exemplos dessas atividades são cultivo do solo, uso de fertilizantes nitrogenados e tratamento de dejetos. O poder do óxido nitroso de aumentar as temperaturas é duzentas e noventa e oito vezes maior que o do dióxido de carbono.
Curiosamente, o óxido nitroso é, também, um analgésico/anestésico inalatório utilizado em mistura com oxigênio (O2) em concentrações que normalmente variam entre 40 e 70% e que tem sido utilizado por mais de 160 anos para a indução e manutenção da anestesia em pacientes durante uma cirurgia. É conhecido também como o “gás do riso”. É um gás não inflamável e sem cor, com um ligeiro odor e sabor doce e agradável. O custo e a toxicidade baixas fazem com que o óxido nitroso seja comumente utilizado durante a anestesia geral.
GEE 4 - Gases Fluoretados
Os Gases fluoretados também contribuem em muito para o aumento da temperatura da Terra.
Como exemplo desses gases, produzidos a fim de atender às necessidades industriais, podemos citar os hidrofluorocarbonetos, usados em sistemas de arrefecimento e refrigeração; hexafluoreto de enxofre, usado na indústria eletrônica; perfluorocarbono, emitido na produção de alumínio; e clorofluorcarbono (CFC), responsável pela destruição da camada de ozônio.
Por exemplo, o potencial de aquecimento global dos perfluorcarbonos (PFCs), utilizados como gases em refrigerantes, solventes, propulsores, espumas e aerossóis, é de 6.500 (seis mil e quinhentas) vezes a 9.200 (nove mil e duzentas) vezes mais forte que o do CO2.
Síntese: O problema não é o efeito estufa, mas sim a sua distorção, causada pelos gases conhecidos como GEE - Gases de Efeito Estufa.
Lembrando que o efeito estufa, originalmente, é um mecanismo natural que existe com o intuito de promover o equilíbrio climático em nosso planeta, vale lembrar que, além desses gases, há o vapor d’água, muito presente na atmosfera.
O vapor d’água capta o calor irradiado pela superfície terrestre, distribuindo-o e aquecendo a superfície.
Assim, o problema não é o efeito estufa, mas sim a sua distorção, que ocorre devido às atividades descontroladas que são responsáveis pelo excesso de emissão de gases de efeito estufa, que são: desmatamento desenfreado; queimadas criminosas; queima de combustíveis fósseis em excesso e atividades industriais que priorizam os lucros e produtividade, ignorando os efeitos de suas ações.
CAMADA DE OZÔNIO
Um outro conceito bastante mencionado quando se trata de crises climáticas, sobre o qual gostaria de falar com vocês, é o da camada de ozônio.
Perguntando a seguir: vocês sabem o que é o ozônio?
Logo, um jovem negro que aparentava estar em seus vinte e pouco anos respondeu: o ozônio é um gás!
Ao que ela complementou: o ozônio (O3) é um gás que existe na atmosfera.
Esse gás forma uma camada protetora – denominada camada de ozônio.
E o que é esta camada de ozônio?
Pergunta que ela mesmo respondeu: é uma camada de gás que se forma na atmosfera entre 20 km e 35 km de altitude com o objetivo de absorver a radiação solar, bloqueando a entrada de grande parte dos raios ultravioletas (UV).
Todo mundo aqui já usou um protetor solar, ok? Daqueles que vendem nas farmácias e supermercados e usamos quando vamos à piscina, à praia ou quando vamos ficar mais expostos ao sol. Lembram deles? Tem fatores 30, 50, etc. Ele protegem a nossa pele dos excessos de raios UV, de modo que não haja queimaduras, câncer de pele, etc.
O ozônio que existe lá na atmosfera e forma essa camada de gás ozônio é produzido de forma natural.
Todos sabemos o quão importante é o sol em nossas vidas. Sem o sol não haveria vida no planeta. Podemos entender a camada de ozônio como sendo o filtro solar do planeta. Ele tem o importante papel de proteger o planeta e a nós todos, impedindo que haja calor extremo.
BURACO NA CAMADA DE OZÔNIO
O problema acontece quando surgem áreas da atmosfera que ficam sem gás suficiente para manter a camada de ozônio ativa. É quando surge o denominado buraco na camada de ozônio.
E por que surgem buracos na camada de ozônio?
Buracos na camada de ozônio ocorrem em decorrência dos gases poluentes emitidos por atividades humanas que reagem com o ozônio e o transformam em oxigênio e destroem partes da camada de gás ozônio que protege o planeta.
PARTE 2
(Nosso Autorretrato como Sociedade)
Matriz Energética
Dando sequência aos temas que planejei apresentar a vocês, gostaria de falar um pouco sobre Matriz Energética.
O que é matriz energética?
A matriz energética é o agrupamento de fontes energéticas que são utilizadas para a geração de energia.
Cada país tem sua matriz energética, fazendo uso dos recursos que têm à sua disposição, visando atender suas demandas energéticas.
Portanto, a matriz energética de cada país nos mostra quais são os recursos utilizados para produzir a energia consumida naquele país.
Penso que a matriz energética, de algum modo, apresenta nosso autorretrato – como humanidade e sociedade. É uma declaração que expressa como nos relacionamos com os recursos que temos à nossa disposição.
Vou falar um pouco sobre as fontes de energia atuais que são mais utilizadas em nosso planeta; sobre as fontes de energia emergentes e sobre possíveis fontes que, talvez, possam compor a matriz energética no futuro.
Provenientes de Recursos Não Renováveis
Em termos das fontes energéticas que mais utilizamos na atualidade, gostaria de começar lembrando que a maior parte das fontes energéticas atuais em nosso planeta provém de recursos não renováveis, com mais de 80%, que é uma porcentagem altíssima e que envolve petróleo e derivados, carvão mineral e gás natural.
Sobre os Combustíveis Atuais e os Danos que Causam
Dentre os vários usos das fontes energéticas, gostaria de lembrar uma das aplicações mais impactantes – que é a dos combustíveis.
Portanto, gostaria de falar um pouco sobre novos combustíveis.
E por que falar em novos combustíveis?
Porque a matriz energética predominante na maioria dos países é composta por fontes de energia não renováveis e o objetivo é o de diminuir a quantidade de gases que os combustíveis atuais causam no efeito estufa na atmosfera. Eles causam grandes danos à atmosfera e são responsáveis pelos conhecidos ‘buracos’ na camada de ozônio.
A maioria dos combustíveis não renováveis advém do petróleo e seus derivados.
Neste momento, uma garotinha da primeira fila do auditório perguntou: “se o petróleo é o causador de tantos problemas, então por que ele continua sendo usado?“
A Ambientalista olhou com carinho para a garotinha e, respirando fundo, fez uma pausa, como que refletindo sobre a pergunta, antes de respondê-la.
Sabe, essa sua pergunta é muito boa. Tão boa que ela deveria ser respondida pelos líderes dos países, pelos presidentes, pelos congressistas e, especialmente, pelos responsáveis pelas empresas de petróleo.
Olhando para a garota, perguntou a ela quantos anos tinha; ao que a garotinha respondeu: 11 anos.
A Ambientalista então prosseguiu: penso que, se eles ouvirem a pergunta vindo de você e vendo o brilho dos seus olhos, como eu consigo ver daqui, cada um deles daria uma resposta que, talvez surpreendesse a eles próprios.
Mas tentarei dar uma resposta para você.
O petróleo e seus derivados dominam o mercado econômico. Em simples palavras, ‘vale muito dinheiro‘.
Então, aqueles que dominam o petróleo, sejam países, grupos de investidores ou donos das companhias petrolíferas, não querem deixar de ganhar com o que gera ganhos para eles. Este é um aspecto.
Mas há outras particularidades; dentre elas, a de que tudo hoje, de alguma forma, tem algum nível de dependência dos produtos derivados do petróleo. E quando há dependência, é como se houvesse um vício. E nunca é fácil abandonar um vício.
Mas, sabe de uma coisa, eu acredito que não seja tão difícil assim acabar com uma dependência. Creio firmemente que um bom método para deixar algo de lado, ou um hábito para trás; é criando um novo hábito, melhor, mais saudável e que traz ainda mais benefícios do que a pessoa poderia imaginar.
Um exemplo: imagine que uma pessoa queira deixar de comer carne.
Não basta ela simplesmente querer parar de comer carne. Ao fazer isso, logo ela sentirá que falta ‘alguma coisa’.
Mas se ela, ao se propor a parar de comer carne, pesquisa outros alimentos que não estava acostumada a consumir, e descobre que aqueles alimentos, bem temperados, bem feitinhos e combinados com outros são bem saborosos, e ainda apresentam bons nutrientes alimentares, ela pode dizer: sabe de uma coisa, vou experimentar!
E ao começar a experimentar – com um novo foco, o de criar para si novos hábitos alimentares, a pessoa pode descobrir que aprecia alimentos como leguminosas, grãos, sementes, frutas, feijão, lentilha, grão-de-bico e sementes oleaginosas, como castanhas, amêndoas, amendoim, nozes, gergelim e girassol.
E se, além da nova combinação de alimentos bem temperados , ela descobre que muitos deles são excelentes fontes proteicas e proporcionam vários outros benefícios que ela nem havia pensado, com o tempo, ela nem mesmo se lembrará do que ela deixou de comer. E um novo hábito começa a prevalecer.
Fazendo uma pausa no fluxo da narração, como que dando um tempo a todos os presentes, de modo que percebessem a analogia que ela fazia, deu continuidade:
– A predominância dos combustíveis fósseis nos transportes é uma constatação. A utilização do diesel e da gasolina é grande. Tanto a gasolina quanto o diesel são combustíveis fósseis extraídos a partir do petróleo, mas a situação fica ainda mais grave; os gases resultantes da combustão do diesel são quatro vezes mais poluentes do que a gasolina.
Voltando à analogia que havia feito, continuou:
– Creio que, quando uma mudança de ‘hábitos‘ ocorrer em relação aos combustíveis e fontes de energia haverá ganhos para todos – inclusive econômicos.
Toda nova tecnologia, com o tempo passa a ter processos produtivos e logísticos mais eficientes e passa a custar menos e a ficar mais fácil de ser usada.
Em termos ambientais, estudos apontam que a substituição dos combustíveis não renováveis por fontes de energia renováveis e sustentáveis é fundamental para o salvamento do meio ambiente.
Quando os empreendedores e as pessoas em geral perceberem que novos modelos mais sustentáveis são bons para eles, e que ainda gerarão mais lucros - com menos custos, menos desperdícios, mais eficiência energética, menos dependência, menos impactos negativos na saúde, além de criar mais acessibilidade e vantagens para todos, inclusive para as populações mais carentes e isoladas; então 'novos hábitos' naturalmente substituirão os 'hábitos atuais'.
Ou seja, 'novos combustíveis' substituirão os 'combustíveis atuais'.
Opções energéticas para combustíveis
Alguns exemplos de combustíveis alternativos menos poluentes que já existem em muitos países são:
Etanol,
Bioetanol,
Biodiesel,
Eletricidade,
Biogás,
Energia cinética (com energia da frenagem sendo convertida em elétrica)
Nitrogênio,
Energia solar e
Hidrogênio, sobre o qual falaremos adiante.
Creio sim, ser possível acelerar a diversificação da matriz energética intensificando o uso de fontes energéticas e de combustíveis mais sustentáveis em nosso planeta.
E creio que, quando isso estiver acontecendo de maneira predominante no planeta, com novas oportunidades econômicas e de emprego para muitos e com os resultados atingindo níveis muito melhores que o imaginado - para todos e para o planeta também, um novo patamar terá sido atingido pela humanidade, com mais consciência e mais satisfação e com mais harmonia - humana e ambiental.
PRODUÇÃO ENERGÉTICA – INDO ALÉM DOS COMBUSTÍVEIS
Na prática, o que vemos hoje em dia é que a produção energética, em grande parte, está relacionada à utilização de combustíveis fósseis.
Em termos de emissões de gases efeito estufa, o carvão reina no topo e, por incrível que possa parecer, com toda pressão contrária que existe, ainda hoje, há projetos de instalação de novas usinas em andamento, principalmente em países em desenvolvimento, como China e Índia, mas também em países desenvolvidos da Europa e nos EUA.
Sugestão de Fonte a visitar aos leitores : Global Energy Monitor: organização sem fins lucrativos que acompanha projetos de energia ao redor do mundo
Mas, além do carvão, e ainda pior, visando obter gás do subsolo, alguns países fazem uso do ‘fracking‘, com fraturas nas rochas do subsolo. Para isso, explosões são provocadas na subsolo, visando fragmentar as rochas para facilitar a saída do gás. Para provocar essas explosões há a injeção de solventes químicos, água e areia sob alta pressão.
A capacidade de poluir com o fracking é 25 vezes maior que a do dióxido de carbono (CO2). É triste ver que tal processo tem sido adotado por alguns países.
Penso que os responsáveis por tal decisão, sejam líderes governamentais, sejam pessoas que concordam com tal procedimento não têm noção do mal que estão causando ao nosso planeta e à humanidade, na qual elas estão inseridas. Esquecendo-se que os prejuízos decorrentes podem afetar a elas próprias ou a seus descendentes; e nisso inserimos toda a raça humana.
Efeitos Colaterais
Quando falamos de combustíveis fósseis, sabemos que eles são emissores de gases poluentes na atmosfera do planeta, e estão relacionados com o efeito estufa e com aquecimento global.
Esse e vários outros problemas ambientais em nosso planeta estão relacionados com escolhas governamentais, com a adoção de opções para a geração de energia ignorando os efeitos desastrosos que ocasionam em nosso subsolo e começam a afetar até mesmo as águas mais profundas dos aquíferos e mananciais naturais, que constituem grandes riquezas naturais que o nosso planeta possui.
Isso sem falar na poluição de nos nossos rios, lagos e oceanos ou nas nossas cidades e na atmosfera do planeta.
Há hábitos que desenvolvemos e consideramos normais que, em verdade, são verdadeiras armadilhas que criamos e demora para perceber que causam danos que podem ser irreparáveis ao planeta.
O palco das decisões ou ‘o palco das omissões’?
O problema é a longo prazo. Mas o que consideramos ‘longo prazo’ pode bater à nossa porta antes do que imaginamos. Há décadas, alertava-se para o perigo do aumento da temperatura da Terra e imaginava-se que isso ocorreria muito à frente, em dezenas de anos. Assim, os acordos climáticos começaram a ser realizados, com metas sendo traçadas com os países declarando intenções e assumindo que fariam a sua parte.
O que tem ocorrido?
Poucos países têm cumprido com suas metas e o que vemos na prática é o nosso planeta agonizando em meio a tragédias climáticas, com florestas e milhares de espécies de animais e plantas sendo dizimadas e com pessoas em todo o planeta sendo afetadas por ondas de calor ou de frio, estiagens e secas, incêndios florestais, chuvas devastadoras que causam enchentes e inundações, deslizamentos de terra, vendavais, ciclones, tornados e furacões.
Tudo isso que está acontecendo atualmente poderia ter sido evitado, ou ao menos atenuado, caso os países que assinaram aqueles acordos tivessem feito sua parte. Na prática, o aumento da temperatura que aconteceria no ‘longo prazo’ chegou antes e já faz parte da realidade planetária.
Mas o mais grave de tudo é que alguns dos principais países, que se propõem a liderar o nosso planeta, consciente e deliberadamente se opuseram e ainda se opõem a adotar várias das medidas propostas naqueles acordos, simplesmente ignorando que, ao fazerem isso, eles estão, não apenas intensificando os problemas do mundo atual, mas também estão aniquilando qualquer chance de sucesso das próximas gerações.
Na prática, pode-se dizer que a omissão de líderes e a falta de investimentos no trato, cuidado e controle relacionados ao meio ambiente – e isso envolve a contratação, formação e desenvolvimento de servidores nas áreas ambiental e climática provocaram a enorme lacuna entre promessas (não cumpridas) e a realidade atual.
Assim, a causa das crises climáticas atuais não tem nada de natural. Muitos dos grandes responsáveis pelos eventos catastróficos em série que o nosso planeta experimenta ainda se encontram no palco das decisões, ou não seria o caso de se dizer: no palco das omissões?
PARTE 3
(A Primeira Realidade)
Tendo dado uma pincelada sobre Aquecimento Solar, Efeito Estufa, Camada de Ozônio e sobre a nossa Matriz Energética gostaria agora de adentrar uma das três realidades das quais falei no início – trata-se das constatações que as ciências têm nos mostrado. Falarei sobre alguns temas que têm sido acompanhado pelos cientistas e que têm a ver com o meio ambiente.
Constatações Científicas (Primeira Realidade)
As ciências nos disponibilizam informações científicas as mais variadas e muitas delas indicam o risco de extinção de espécies, a degradação crescente do solo, pioras nos níveis de poluição do ar, aumento nas taxas de desmatamento, diminuição de recursos hídricos e um outro tanto de constatações que deveriam receber a atenção de todos aqueles que visam a preservação de nosso planeta.
São inúmeros os impactos ambientais que têm sido constatados desde décadas atrás e vêm se intensificando dia após dia.
Na grande tela ao fundo do palco, em sequência, surgiram quatro imagens: primeiro, a imagem de um cientista coletando água turva de um rio; depois, a imagem de um lixão a céu aberto; depois a imagem de um mega congestionamento de início de noite com milhares de carros em uma grande cidade e depois a imagem de várias crianças esqueléticas no chão de terra, rodeadas por uma missionária com uma criança magérrima no colo.
A Ambientalista olhava as imagens. E, como que convidando a todos a, mais que observarem as imagens, a as sentirem, comentou:
– A primeira imagem nos mostra uma pessoa coletando água num rio; como aquela pessoa, em várias outras áreas, há muitos missionários da ciência e da tecnologia, que incognitamente estão trabalhando para a melhoria de nosso planeta;
– A segunda imagem nos mostra uma cena comum em muitas cidades, com milhares de carros – num engarrafamento de trânsito – a maioria dos carros com uma única pessoa dentro. São boas pessoas, que, provavelmente, gostariam de já estarem em suas casas, talvez com seus filhos, esposas, maridos; quem sabe? Mas elas estão ali no meio daquele emaranhado de carros e ainda estão poluindo as cidades em que vivem. Com certeza, elas prefeririam não estar ali, contribuindo para poluir suas cidades.
– E esta última imagem nos lembra que nosso querido planeta e todos que o habitam necessitam do amor e do respeito humano, de modo que o presente e o futuro não se apresentem cruéis em demasia para os seus habitantes, principalmente os mais carentes, que são os primeiros a sofrerem os efeitos de toda e qualquer crise, inclusive a crise climática.
Na sequência, ficou em silêncio, por um momento, como que dando-nos a chance de absorver os sentimentos que aquelas imagens suscitavam, para então lançar a pergunta:
O QUE ESTÁ ACONTECENDO NO MUNDO HOJE?
O nosso estilo de vida tem afetado a saúde de nosso planeta. O problema que surge é: estamos poluindo nosso planeta e causando problemas para que ele funcione de modo normal.
Tudo que fazemos envolve o uso de recursos naturais, as questões a considerar são:
Estamos fazendo um bom uso da recursos naturais que temos à nossa disposição?
Estamos usando os recursos naturais de maneira consciente e minimamente inteligente?
As respostas a essas perguntas é: não!
E por que não?
Porque o que estamos fazendo está impedindo os sistemas naturais do planeta de nos proteger e nos proporcionar condições de vida nele.
Um simples exemplo é a constatação do aumento das temperaturas, que provocam desequilíbrios na natureza que resultam em alterações no comportamento da atmosfera, com ondas de calor intensas, frio excessivo, secas descomunais, chuvas volumosas, enchentes e deslizamentos. Isso é apenas parte do problema.
Agora, no telão ao fundo apareciam imagens de enchentes e deslizamentos
Essas imagens apenas ilustram a pergunta: o que está acontecendo no mundo hoje?
Agora, coloco a pergunta seguinte:
AONDE QUEREMOS CHEGAR?
Para responder esta pergunta, vou convidar vocês a verem um trecho de um minuto ou menos de um filminho. No telão surgia um trecho de um desenho baseado no livro ‘Alice no País das Maravilhas’ [Nota].
[Nota] Obra: Alice no País das Maravilhas de autoria de Lewis Carrol
Naquela parte do desenho, Alice pergunta ao Gato: “Podes dizer-me, por favor, que caminho devo seguir para sair daqui?”
O Gato diz a Alice: “Isso depende muito de para onde queres ir”.
Resposta de Alice: “Eu não sei para onde quero ir.”
Resposta do gato: “Sendo assim, qualquer caminho serve.”
O desenho parou de ser exibido e com esta última frase na tela, a Ambientalista deu continuidade dizendo:
– É sobre isso que conversando hoje. Se não sabemos aonde queremos chegar, o que nos espera?
Após mais uma breve pausa, continuou:
Quando pensamos em líderes conscientes, que acreditam em um mundo melhor, penso que eles ponderam sobre os caminhos a que suas escolhas conduzem, certo?
Então, podemos dizer que eles optariam por soluções energéticas que contribuam para um planeta mais sustentável. E não opções que prejudiquem o planeta e causem problemas a todos que vivem nele. Concordam?
E, olhando na direção das crianças das duas primeiras fileiras do auditório, concluiu:
É isso o que todos esperam de líderes conscientes!
E vocês são os líderes de amanhã!
TEMAS RELEVANTES [Nota dos temas]
Alguns momentos se passaram.
No grande telão ao fundo do palco aparecia a imagem de um belo parque em um dia ensolarado, com grupos de pessoas com crianças brincando, jovens e adultos se divertindo, alguns lendo, outros tocando música ao ar livre e outros apenas sentados ou deitados em meio aos gramados, jardins e árvores.
A imagem inspirava a sensação de harmonia.
A Ambientalista – de costas para o público e olhando para o telão, como que sentindo-se parte daquela imagem, comentou: ‘nós e a natureza, que bela combinação quando há harmonia!‘
Logo após aquelas palavras, enquanto a imagem ao fundo era substituída por uma outra – do belíssimo Lago Louise, que tanto encantara Ferhélin, a Ambientalista voltando-se para o público, disse:
Agora, gostaria de falar um pouco sobre trabalhos desenvolvidos por pesquisadores e cientistas que têm dedicado suas vidas a pesquisas e estudos sobre os ecossistemas, mudanças climáticas, eventos climáticos extremos, aumento da temperatura global, degradação de habitats naturais e vários outros aspectos que impactam o equilíbrio ambiental na Terra.
1 Tema que mais toca meu coração: a água!
Dentro do escopo das constatações científicas, começarei pelo tema que mais toca meu coração: a água!
Sabemos que aproximadamente 70% da crosta terrestre de nosso planeta é coberta de água, sendo que deste total, cerca de 97% são de água salgada dos oceanos e mares e apenas 3% são de água doce, sendo que dentro dessa pequena porcentagem, encontram-se as geleiras que somam 2%, ou seja, há apenas 1% de toda a água do planeta disponível para o consumo humano.
Rios, lagos e aquíferos subterrâneos são os recipientes dessa maravilha que é a água potável que nos abastece e nos alimenta todos – humanos, aves, animais, frutos, vegetais, flores, plantas, florestas e tudo que vive na superfície de nosso planeta.
Mas o que está acontecendo?
Estamos poluindo as águas superficiais de nosso planeta . Ou seja, estamos jogando lixo, esgotos e sujeira nos nossos rios e lagos.
Agora, no telão aparecia a triste imagem de um rio com águas poluídas pelo esgoto que chegava até o leito do rio, que estava leito cheio de espuma e garrafas plásticas.
Sabemos que a demanda por água é crescente no mundo todo e também sabemos que em várias regiões de nosso planeta há escassez de água potável. Essa é uma constatação, que aponta que os níveis de água potável, em várias regiões, estão se aproximando de níveis críticos e que os níveis do que é considerado seguro já foram ultrapassados. [2]
Parece insano, mas é o que ocorrendo: estamos tornando insalubres a água potável que temos à nossa disposição – a água que alimenta, que cura e que é sagrada aos povos originários das florestas, mas que parece inimiga das sociedades que se consideram ‘cultas‘ e ‘desenvolvidas’ ou em ‘desenvolvimento’.
E com essa realidade, surge uma armadilha que passa incógnita para muitos. Ela está relacionada à nossa relação com a água em nosso planeta.
Tornando insalubres as fontes, rios e lagos o que nossas sociedades, que se consideram inteligentes começaram a fazer?
Começaram a fazer uso da água dos aquíferos. Ao dizer isso, fez uma breve pausa para beber um copo de água, dando a impressão de que saboreava aquela água, enquanto a bebia.
Foi quando uma garotinha, que estava sentada na primeira fila levantou sua mão e perguntou:
“O que são os Aquíferos?”
A Ambientalista pareceu feliz com a pergunta e, olhando para a garotinha, respondeu em seguida: imagine imensas ‘caixas de água’ naturais que existem no subsolo de nosso planeta.
Elas existem e ficam entre 50 e 1800 m de profundidade. Imagine também que, além dessas caixas d’água, haja grandes ‘esponjas naturais‘ que absorvem a água. Essas ‘esponjas‘ são sedimentos porosos e permeáveis que absorvem a água no interior da terra.
Essas águas - que estão nas 'imensas caixas d'água do subsolo'e as águas que estão nas 'grandes esponjas naturais' do subsolo são as águas que formam os aquíferos.
E que águas são essas? São parte das águas denominadas águas subterrâneas.
Essas ‘imensas caixas d’água‘ se distribuem em formações geológicas subterrâneas e recebem águas que se infiltram desde mais de 100 mil anos atrás. São ‘recipientes naturais geológicos’ que armazenam e transportam água e que formam o que chamamos de aquíferos.
Os aquíferos constituem riquezas naturais extraordinárias e de valor incalculável.
E, olhando para a garotinha que havia feito a pergunta, a Ambientalista perguntou: consegui ser clara? Deu para ter uma ideia do que são os aquíferos?
A garota sorriu dizendo que sim, havia entendido.
Ao que a Ambientalista, voltando seu olhar ao público presente, prosseguiu:
Com a água das superfícies atingindo um nível crítico, devido à poluição das águas superficiais, qual foi a solução das pessoas que se consideram desenvolvidas?
Começaram a fazer uso das águas subterrâneas.
A princípio, pode-se pensar: mas qual é o problema nisso?
Em tempos normais, o ciclo natural fazia com que as águas das chuvas se aprofundassem e chegassem a esses reservatórios naturais, que são os aquíferos.
Mas com o aumento da temperatura do planeta acontecendo acima das piores expectativas, há menos chuvas e; outra ocorrência grave, a água das poucas chuvas e das chuvas fracas evaporam mais rapidamente, antes de se aprofundarem no solo e acabam não chegando aos aquíferos.
Olhando especialmente para as crianças da primeira fila, ela perguntou? Vocês percebem o que está acontecendo?
Algumas das crianças responderam movendo a cabeça em sinal de concordância e outras disseram que ‘sim‘ e um jovenzinho acrescentou: “as ‘caixas de água’ começam a esvaziar“!
Ao que a Ambientalista, olhando novamente para o garotinho que havia falado, sorriu concordando, dizendo: sim, os volumes das caixas de água da natureza estão baixando.
Voltando seu olhar para o público acrescentou: – essa ocorrência está sendo constatada pelos especialistas e os volumes dos aquíferos estão diminuindo.
Mas, além de estarem esvaziando, há a preocupação que, se a exploração dos aquíferos não for feita de forma correta, possa haver a contaminação daquelas águas. Ou seja, estaríamos poluindo aquelas águas também.
Para alguns, o esvaziamento dos aquíferos não parece um problema, pois acham que demoraria muito para secar os aquíferos. Mas os cientistas ambientais constatam que, com o aumento da temperatura do planeta, e chovendo menos do que se esperava, a água das poucas chuvas evapora mais rápido, bem antes de se aprofundar no solo. E o que acaba acontecendo é que há mais água saindo do que entrando em vários aquíferos. [Notas]
[Notas]
SUGESTÃO PARA QUE LEIAM ESTE ARTIGO DA BBC – https://www.bbc.com/portuguese/brasil-60962619
e
https://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2024/10/11/chuvas-nao-estao-sendo-suficientes-para-repor-volume-de-agua-do-aquifero-guarani-diz-estudo.ghtml#
e
https://educacao.uol.com.br/disciplinas/geografia/aquifero-guarani-aguas-subterraneas-tambem-estao-em-risco.htm#:~:text=Com%20a%20poluição%20das%20águas,reposição%20natural%20que%20eles%20têm.
Finalizando sua fala sobre a água, a Ambientalista concluiu:
- O fato é que deveríamos cuidar melhor das águas da superfície, despoluindo onde a água estiver poluída, cuidando, limpando e embelezando os rios e lagos que temos.
E deveríamos fazer uso de águas dos aquíferos apenas nos locais onde não há opção melhor. Então, a ideia é simples: vamos deixar os nossos aquíferos quietos, acumulando suas águas.
2. Desmatamento – mau uso da terra
No telão, uma nova imagem aparecia, agora de uma clareira vista de cima em meio à floresta. Ao redor da clareira, árvores, mas em meio à clareira, o chão de terra com troncos de árvores já no chão sendo empurrados por imensos tratores.
Observando aquela imagem, a Ambientalista comentou:
– O desmatamento é um dos mais relevantes problemas ambientais de nossa história.
Devastar florestas e exaurir recursos naturais em nada combinam com atitudes inteligentes. Ainda assim, o ser humano se considera inteligente. Será mesmo?
Será que uma sociedade inteligente ignoraria a exploração abusiva dos recursos que a natureza provém, provocando o comprometimento do equilíbrio do planeta e aniquilando os ecossistemas que sustentam a vida no planeta em que vivem?
Fazendo uma pausa enquanto fazia uma varredura com seu olhar, que pareceu percorrer todo o auditório, ela disse:
– O mau uso da terra começa com pequenas escolhas que podem parecer inofensivas.
Pode começar com a escolha de ‘cimentar’ um quintal ou de cortar uma árvore.
Quando as pessoas optam por ações assim, elas não lembram dos passarinhos que poderiam frequentar aquele ambiente ou mesmo que poderiam criar outros animaizinhos lá.
As pessoas se esquecem até mesmo do fato que seus filhos poderiam andar descalços ou brincar na ‘terra’ ou nos gramados daqueles quintais. Então, os simples atos de cimentar um quintal ou cortar uma árvore, em muitos casos, constituem um exemplo de mau uso da terra.
Outro exemplo de como fazer mau uso da terra é o da canalização dos rios e córregos. Essas escolhas têm impactos negativos no meio ambiente.
Parece que não é grande coisa canalizar um rio, mas quando isso acontece, a velocidade da água aumenta, e intensifica o seu poder de destruição. E quando de chuvas torrenciais, o que ocorre com a águas que se espalhavam nas áreas de escape que deixaram de existir e passaram a ser ocupadas por moradias ou construções?
Isso sem contar que, em muitos casos, aquelas águas – agora ‘escondidas’ podem sofrer as consequências do saneamento inadequado naquelas áreas, recebendo esgoto e lixo que são descartados de maneira indevida.
Fazendo uma breve pausa na sua fala, olhando para todos na plateia ela perguntou:
– o que vocês acham que acontece com os peixes, pássaros e vegetação daqueles córregos e rios que são ‘escondidos’ sob o asfalto?
Após uma breve pausa, ela mesmo respondeu: há a extinção deles naqueles ambientes que deixaram de existir.
A 'naturalização' do desmatamento e da transformação de ecossistemas, seja para fins agrícolas ou melhorias urbanas deve ser revista. Escolhas sempre podem ser feitas, mas uma visão mais consciente se faz necessária.
Mais à frente, vou falar sobre outros tipos de mau uso da terra, como o desmatamento em grande escala de matas e florestas. Agora, vou falar um pouco sobre a extinção de espécies.
3. Extinção de inúmeras espécies
No telão ao fundo do palco aparecia uma nova sequência de imagens de animais em seus habitats naturais – um grupo de golfinhos no oceano; um jacaré num rio; pássaros voando em uma formação em ‘V’ no céu; borboletas num jardim e um garotinho brincando com um cachorro num quintal gramado de uma casa.
A Ambientalista acompanhava a sequência de imagens sem nada dizer.
Após um tempo ela, voltando-se para o público presente, continuou sua fala:
– Segundo os cientistas, o planeta Terra tem 4,5 bilhões de anos de vida. Neste período, inúmeras transformações ocorreram e houve a extinção de várias espécies que viveram neste planeta.
A extinção de espécies é um processo que sempre existiu em nosso planeta – obedecendo os ciclos de vida e de existência naturais, mas o que podemos observar nos últimos tempos?
O processo de extinção de inúmeras espécies tem sido intensificado pelo ser humano.
Uma das ações humanas que mais contribuem para a extinção das espécies é o descarte de lixos na natureza, seja em riachos, rios, lagos e mares ou matagais, terrenos ou lixões a céu aberto.
Um grande número de pessoas no planeta, sejam cidadãos, empreendedores e mesmo gestores públicos ignoram que descartar resíduos sólidos sem qualquer tratamento ou segregação, caracterizada pela falta de medidas de segurança ambiental e sanitária, causa graves impactos ao meio ambiente e à saúde pública.
Muitos ignoram que a poluição – nas suas mais diversas formas, é um dos principais causadores da destruição de habitats naturais; e que essa destruição causa a extinção de espécies.
Muitos ignoram que a extinção de espécies tem vários desdobramentos; dentre elas o surgimento e a proliferação de doenças.
De fato, algumas espécies animais atuam como barreira para doenças e infeções e o desaparecimento daquelas espécies favorece a proliferação de doenças.
Caça ilegal
Uma das causas de extinção de animais é a caça ilegal. Há inúmeras espécies animais em processo de extinção decorrentes da prática ilegal de caça de animais silvestres.
A extinção causa mudanças na cadeia alimentar dos habitats em que viviam e causa prejuízos à biodiversidade.
Pesca predatória
Há a pesca predatória. Dentre as práticas de pesca predatória, há as pescas com o uso de explosivos; as pescas que fazem uso de redes; há as pescas realizadas em períodos proibidos, como as épocas de reprodução e há as pescas de espécies em risco de extinção.
Com práticas de pesca ilegal, há a captura e morte de muitos peixes, e isso inclui espécies em extinção e animais que não são o alvo da pesca, mas que também são capturados e mortos levianamente.
Está ocorrendo um declínio populacional de diversas espécies de peixes no planeta todo. Isso afeta a subsistência de populações ribeirinhas e mesmo a segurança alimentar de certas comunidades costeiras.
Síntese do tópico
O descarte de lixos na natureza, seja em riachos, rios, lagos e mares ou matagais, terrenos ou lixões a céu aberto tem que ser revisto. A pesca e caça ilegal devem ser impedidas.
Não é possível que, em sã consciência, tais realidades sejam 'naturalizadas' e continuem a fazer parte de nossas vidas. Mudanças de atitude devem ocorrer e medidas corretivas tem que ser implementadas.
4 Uso excessivo de fertilizantes e pesticidas (ou agrotóxicos)
Outro tema que chama a atenção dos cientistas ambientais é o do uso irrefletido de agrotóxicos (pesticidas) para controlar pragas, doenças e plantas daninhas na agricultura.
O principal questionamento feito pelos estudiosos do tema refere-se às substâncias utilizadas para tal controle.
O alerta é para todos aqueles que ignoram que a presença de componentes tóxicos nos pesticidas prejudica a qualidade dos lençóis freáticos e afeta a saúde humana de forma direta, podendo causar câncer, infertilidade, doenças nos rins e até mesmo doenças cardíacas.
Em realidade, o uso de pesticidas sempre implica em algum risco, dependendo da toxicidade dos ingredientes e frequência de exposição. Tudo depende da frequência do consumo e do nível de toxidade dos agrotóxicos.
Alguns deles são mais tóxicos que outros e, dependendo de sua composição, mesmo que esta não seja a intenção, um pesticida é capaz de contaminar o solo, a atmosfera e os lençóis freáticos; além de prejudicar organismos como plantas, animais e pessoas.
Em muitos casos, há o desconhecimento dos malefícios que a exposição de agentes físicos ou químicos decorrentes do uso excessivo de fertilizantes e agrotóxicos causam, prejudicando não só a qualidade da água e dos ecossistemas aquáticos, mas também causando disfunções no meio ambiente e na saúde humana.
Ignora-se que a propagação (ou dispersão) dos agrotóxicos pode se dar pelo vento e pela chuva, degradando o solo, envenenando a água e contaminando o ar.
O objetivo inicial de quem faz uso de pesticidas é o eliminar as pragas, o que ocorre de fato, mas há uma série de intercorrências que derivam de seu uso.
Fazendo uma analogia, seria como usar um canhão para matar pernilongos que entraram em uma casa. O tiro de canhão pode atingir seu objetivo inicial, que seria o de eliminar os pernilongos, mas também destruiria a casa e tudo que nela existe.
Os pesticidas até podem eliminar as pragas, mas causam vários outros prejuízos, que não são aparentes de imediato.
5 Microplásticos – produtos químicos tóxicos no ambiente
Outra constatação que tem sido observada pelos estudiosos do meio ambiente diz respeito aos microplásticos.
Os microplásticos são pequenas partículas plásticas originadas do descarte incorreto de garrafas plásticas, embalagens, brinquedos e vários outros produtos.
Tais produtos não se decompõem de maneira natural e, segundo estimativas dos órgãos ambientais, demoram de 200 a 600 anos para se decompor no meio ambiente.
Eles passam por um processo de fragmentação, gerando os microplásticos que podem não ficar tão aparentes, mas que causam imensos danos. O processo de fragmentação pode ocorrer com as chuvas, com as ondas do mar e com os ventos.
Não é exagero dizer que os microplásticos se encontram nos oceanos, na terra que plantamos, no ar que respiramos, nos alimentos produzidos e chegam até nossos corpos.
O fato é que o descarte, quando visto individualmente, não parece grande coisa, mas em verdade resulta em uma imensa quantidade de microplástico nos oceanos. A ponto de alterar a composição de partes dos oceanos, afetando ecossistemas e causando danos a saúde humana.
Respirando fundo enquanto dirigia seu olhar para o público, a Ambientalista complementou:
– Já há uma imensa quantidade de microplástico nos nossos oceanos, na terra e no ar. A ‘Mãe Terra‘ já nos deu inúmeros alertas. É momento de acordar, concordam?
Na prática, o que vemos é que os atos inconscientes de quem faz o descarte indevido, acabam tendo desdobramentos cujos efeitos acabam retornando aos próprios responsáveis pelos descartes incorretos, mas não só a eles; acabam por afetar todos os seres vivos e tudo que vive na natureza.
6. Acidificação dos oceanos
Na tela ao fundo agora aparecia uma imagem aérea com a água em cores magníficas.
Olhando para o público a Ambientalista perguntou: vocês já ouviram falar em ‘pH‘?
Alguns disseram que sim, outros que não, mas a maioria não se manifestou. Ao que ela prosseguiu com sua fala.
O 'PH' é uma escala que indica o grau de acidez.
Conforme o ‘pH’, um solo pode ter mais ou menos nutrientes; então, o ‘pH’ é importante para a agricultura, assim como é importante para a qualidade da água.
Se a água de um rio ou do oceano estiver mais ácida do que o normal, pode haver mortandade de peixes, golfinhos e baleias, por exemplo. E afeta os ecossistemas dos corais também.
Na tela agora aparecia uma imagem de dominós.
Sabe aquela brincadeira em que colocamos as pedras de dominó em pé, uma próxima da outra? E se damos um toquezinho em uma, todas as outras começam a cair?
A natureza funciona assim, se uma parte dela é afetada, outras começam a sofrer as consequências também.
É fácil ver isso no nosso corpo, não é? Caso uma pequena dor exista em um pedacinho do corpo, nós sentimos e, de alguma forma, afeta como agimos, andamos, falamos, dormimos, etc.
Na natureza é assim também, os oceanos e rios são como o ‘sangue‘ circulando em nosso corpo. Se alguma coisa provoca um desequilíbrio ou perda da saúde do sangue, todo o corpo é afetado, não é assim que funciona?
Bem, o fato é que os cientistas têm observado um aumento na acidez dos oceanos. E o que tem causado este aumento?
Lembram do gás carbônico? O famoso CO2?
É o gás que produzido com a queima de combustíveis fósseis (petróleo, gás natural, carvão mineral, betume etc.).
Esse gás também é o responsável pela acidificação oceânica, provocando mudança no ‘pH‘ da água e afetando os corais, peixes, golfinhos, baleias e tudo que tem vida nos oceanos. Ele leva à perda da biodiversidade.
Na prática, a acidificação do oceano contribui para as mudanças climáticas, na medida em que a água mais ácida, além de causar mortandade em tudo que tem vida no oceano, também influi com a perda da capacidade da água dos oceanos absorver gás carbônico CO² da atmosfera.
[Nota] Os valores de 6 a 7 representam uma água neutra, não causam efeitos nocivos para a saúde, mas também não proporcionam benefícios. O pH ideal para a nossa saúde é acima de 7. O pH de 7 a 10 significa que a água é alcalina, que é a água ideal para a nossa saúde.
7. Fuligem, Fumaça e Poeira – Aerossóis na Atmosfera que causam Danos.
PIK 7. Aerossóis na atmosfera: ou seja, o aumento de partículas suspensas no ar (como fuligem e poeira), que vem alterando os padrões climáticos regionais e afetando a saúde humana.
Na tela, agora aparecia uma imagem imensos chaminés expelindo fumaça
Dirigindo-se ao público, a Ambientalista perguntou:
Vocês sabem o que são os aerossóis?
Para ela mesma responder:
São pequenas partículas finíssimas que permanecem suspensas no ar por algum tempo e podem ser transportadas pelo ar.
Existem os aerossóis naturais, produzidos pela floresta, há os oriundos dos oceanos, como os aerossóis de sal marinho, há os do solo, como a poeira, por exemplo e há também os aerossóis decorrentes da poluição.
O problema está nos aerossóis poluentes, pois eles interferem na atmosfera, no clima e na saúde. [Nota]
[Nota] – https://jornal.usp.br/ciencias/ciencias-exatas-e-da-terra/aerossois-poluentes-interferem-na-atmosfera-no-clima-e-saude/
A fuligem que vemos em algumas grandes cidades são aerossóis que são partículas mais pesadas que descem ao solo; já as mais leves ficam no ar, na forma de fumaça. O fato é que ambas causam prejuízos à natureza e à saúde humana e dos animais.
Alguns aerossóis chegam à atmosfera e absorvem a radiação, o que acaba por provocar o aumento da temperatura na atmosfera. Outros aerossóis refletem os raios solares, esfriando a Terra. Ou seja, de alguma maneira, os aerossóis poluentes influenciam diretamente no que acontece no planeta.
Tudo está interligado. Mas pela atmosfera essa sensação fica ainda mais evidenciada. Um exemplo claro disso é o causado pela fuligem transportada no ar devido a erupção vulcânica.
Todos veem as notícias de vários países sendo afetados. Alguns de você se lembrarão das notícias de aviões sendo proibidos de voar em toda a Europa, da Inglaterra à Rússia, por causa das cinzas originadas de um vulcão na Islândia. [Nota]
Da mesma forma, uma cidade poluída, além de afetar seus cidadãos, pode estar afetando toda uma região.
[Nota}: Cinzas de vulcão param aviões em toda a Europa – https://www.bbc.com/portuguese/noticias/2010/04/100417_vulcaosabebc
Nota sobre os Temas Relevantes
[Nota sobre os temas relevantes]: Os sete tópicos enumerados nos 'Temas Relevantes' no sucapítulo Síntese da Realidade 1 - Constatações científicas foram inspirados com a leitura de estudos realizados por pesquisadores do Instituto Potsdam de Pesquisas sobre o Impacto Climático (PIK).
Os temas listados foram inspirados nos limites planetários propostos pelo cientista Johan Rockström, diretor do PIK, em 2009.
Desde então, cientistas têm realizado o acompanhamento dos mesmos, ressaltando sua influência nas mudanças globais e nos impactos climáticos que têm afetado nosso planeta.
Os sete tópicos relacionados no subcapítulo 'Temas Relevantes' são parte das constatações que os estudiosos têm apontado como sendo de grande relevância. Cada um deles tem grande importância e a cada um deles deve ser dada atenção especial.
Neste minilivro, a relação dos temas serviu apenas como inspiração e foram escritos de forma livre, não englobando todos os limites planetários que são acompanhados pelo conceituado Instituto de Pesquisas.
Para o estudo e informações detalhadas sobre os limites planetários (Planetary Boundaries) e várias outras informações científicas relevantes, sugere-se visitar o site do Instituto Potsdam.
Artigos-fontes que inspiraram o subcapítulo ‘Temas Relevantes’:
– https://www.pik-potsdam.de/en/output/infodesk/planetary-boundaries
– https://www.pik-potsdam.de/en/news/latest-news/earth-exceed-safe-limits-first-planetary-health-check-issues-red-alert – Importante estudo liderado pelo cientista Johan Rockström do Potsdam Institute for Climate Impact Research (PIK)
PARTE 4
(Segunda realidade)
Agora, gostaria de adentrar o tema de uma segunda realidade relacionada ao meio ambiente, a qual mencionei no início de nossa conversa.
Na tela ao fundo, apareceu uma imagem de incêndio florestal, com um animal encurralado em meio ao fogo que consumia tudo ao redor. E na parte de baixo da imagem aparecia o título ‘Crimes Ambientais’, sobre o qual ela falaria a seguir.
E, voltando sua atenção ao público em geral, deu continuidade à sua fala.
Crimes ambientais
‘Vocês sabiam que os crimes ambientais estão no pódio dos crimes mais lucrativos que existem em nosso planeta?
Muita gente vê alguma notícia de queimada ou de desmatamento ou de descarte ilegal de substâncias no ar, na água ou no solo ou alguma notícia de comércio ilegal de animais silvestres ou da identificação de um pesticida agrícola altamente perigoso e – recebendo as notícias de forma fragmentada, não imagina a extensão do que aqueles atos provocam e nem imagina o que é gerado de lucro aos que provocam aqueles danos.
Ignorar que muitos cometem atos ilegais e mesmo criminosos em relação ao meio ambiente é fechar os olhos para uma realidade presente em nosso planeta.
Mas sim! É importante que todos saibam que os crimes ambientais estão entre os três tipos dos crimes mais lucrativos que existem!
Crimes ambientais são o terceiro tipo de crime que mais lucros geram, só ficando atrás dos crimes do tráfico de drogas e da pirataria de produtos.
É importante não ser ingênuo, esquecendo que quem financia esses crimes geralmente não aparece. Assim como funciona com o tráfico de drogas ou com o contrabando de mercadorias, quem está por trás daqueles crimes dificilmente aparece.
Quem mais facilmente aparece é o transportador ou o pequeno infrator e, quando o sistema de controle é um pouco mais eficaz, dá-se um passo, no máximo, na direção de intermediários. Mas, raramente, chega-se aos verdadeiros responsáveis, que patrocinam aquelas ações.
Em relação aos crimes ambientais esse cenário fica ainda mais grave, pois dois aspectos fundamentais ainda não estão estabelecidos, sejam as legislações, que ainda são incipientes e ignoram muitos dos crimes e os sistemas de controles dos países que, em sua maioria, pouco investem em instituições e tecnologias e em formação adequada de pessoas.
Como esse cenário poderia mudar?
Segundo estimativas da Europol ( Agência da União Europeia para a Cooperação Policial), o crime ambiental gera anualmente entre 110 bilhões e 280 bilhões de dólares em lucros ilícitos(1).
Após essa fala, uma jovem, que se identificou como estudante universitária na área de biologia, perguntou: – Como esse cenário poderia mudar?
Ao que a ‘Ambientalista’ respondeu: ‘quando pensamos em possibilidades para combater o crime ambiental organizado, faz-se necessário o entendimento da imensidão do problema.
Enquanto os governos não enxergarem a imensidão do problema, as soluções buscadas focarão em aspectos pontuais. E isso, como se fala em muitos países, funciona como enxugar gelo.
Perspectivas Transformadoras
Penso que para se combater o crime ambiental organizado, várias perspectivas devem ser consideradas.
Perspectiva 1:
Uma primeira perspectiva, relacionada à legislação e à justiça, refere-se à percepção, acompanhamento e punição dos crimes ambientais.
Para tal, um ponto de partida básico é a de que cada país deva ter instrumentos públicos que inibam tais crimes e exerçam o acompanhamento e a fiscalização desses crimes, em todas as regiões do país.
Cada país pode estabelecer meios para atingir este objetivo. Por exemplo, um Ministério Público especializado em crimes ambientais, com centros de operações com servidores qualificados.
Perspectiva 2:
Uma segunda perspectiva é a da promoção de integração entre as instituições que já atuam no país.
Para tal, deveria haver investimento em treinamentos e workshops voltados ao tema dos crimes ambientais para agentes públicos como procuradores, juízes, promotores públicos, policiais, membros das Forças Armadas, alfândegas, etc.
Perspectiva 3:
Uma terceira perspectiva diz respeito ao uso de tecnologias que possibilitem o acompanhamento e controle real do que acontece nas várias regiões do país.
Hoje há tecnologias que possibilitam a utilização de sistemas de inteligência que detectem ocorrências desse tipo de crime desde seu nascedouro.
Pois sim, com instituições focadas em combater os crimes ambientais e em acompanhar e controlar o que acontece nos vários ecossistemas; com servidores nos níveis federais, estaduais e municipais conscientes do que abarca os crimes ambientais e fazendo uso de tecnologias que possibilitem um acompanhamento e controle real do que acontece, os governos poderiam ajudar a diminuir os estragos que estão sendo causados.
Perspectiva 4:
– E há um quarta perspectiva que considero vital, para haver sucesso e para esse sucesso ser permanente; é a da cultura ambientalista.
Além da instrumentalização das instituições, faz-se necessário o fortalecimento de uma cultura de amor à natureza, voltada à preservação do meio-ambiente. Uma cultura que pode ser desenvolvida nos meios familiares, sociais e educacionais de cada país.
Quando os meios educacionais agregarem ensinamentos relacionados à área ambiental, muito dos investimentos em formação de servidores deixará de ser necessário.
Esses ensinamentos devem existir desde os anos escolares iniciais – primeiramente formando jovens cidadãos e cidadãs que aprendam e amem cuidar do meio ambiente e, na sequência de sua formação, em níveis mais adiantados, nos colégios, colégios técnicos e nas faculdades, inserir disciplinas relacionadas ao meio ambiente voltadas às áreas afins.
Por exemplo: nas faculdades de direito, o estudo das leis e dos crimes ambientais.
Outro exemplo é o da engenharia – com suas várias modalidades, estudando e pesquisando tecnologias que visem a preservação da qualidade do ar, da água, do solo e do meio ambiente, em geral. Assim como estudar e pesquisar sobre como reduzir impactos negativos em meio ao desenvolvimento tecnológico em áreas urbanas e rurais.
Essas são apenas ideias iniciais de temas que podem ser inseridos em meio à jornada de formação escolar nos meios educacionais.
Certamente, os educadores, em suas várias especialidades poderão pesquisar, organizar e distribuir temas relacionados ao meio ambiente de maneira eficaz. O importante é que essa inserção aconteça. De fato, alguns poucos programas educacionais já o fazem.
É interessante observar que a educação vai além da escolarização, e envolve as famílias, os contextos, os valores e os princípios que são praticados em cada comunidade.
Um Belo Exemplo – o dos povos nativos
Em termos de educação ambiental, o mais belo exemplo de 'cuidar' que temos - e isso pode ser constatado em todo os nosso planeta, nos cinco continentes, é o exemplo dado pelos povos nativos e originários que ainda habitam os vários continentes.
PARTE 5
(Terceira realidade)
Agora, eu gostaria de mudar o foco de nossa conversa. E adentrar alguns horizontes que são muito bons e muito me agradam. Suas realizações são bastante viáveis e dependem apenas de como a sociedade planetária agirá em relação a eles.
Novos Horizontes
Agora eu gostaria de falar com vocês um pouco sobre o lado da terceira realidade que mencionei na parte inicial de nosso encontro – o de bons horizontes que existem e que podem nos ajudar na transformação de nosso planeta em um lugar melhor para viver.
Fontes Energéticas Provenientes de Recursos Renováveis
Os físicos – e também os místicos, costumam dizer que tudo no mundo é energia. Tudo que existe é composto de energia e a energia se apresentam de formas variadas.
A energia elétrica é uma das formas de energia que são utilizada no planeta todo em diferentes situações. E a geração da energia ocorre de formas distintas. Assim principais fontes de energia elétrica são: Hidrelétrica, Eólica, Solar, Nuclear, Combustíveis fósseis, Biomassa e Geotérmica.
Ao conjunto dessas formas de geração é dada a denominação ‘Matriz energética‘. E vou focar na Matriz Energética proveniente de recursos renováveis.
Ou seja, agora vamos falar de fontes de energia renováveis, que são abundantes e que apresentam baixos riscos ambientais.
O lado bom dos novos horizontes!
De início, gostaria de falar um pouco sobre fontes energéticas que contribuem para o caminho da descarbonização e da sustentabilidade.
São fontes de energia que temos à nossa disposição, cuja utilização pode transformar nosso planeta em um planeta muito mais saudável e economicamente mais viável, com benefícios a todos.
Primeiramente, penso que, na maior parte do planeta, principalmente em países com menos recursos financeiros, não se deveria pensar na busca do modelo energético perfeito. Creio que o que tem que ser buscado é o modelo mais adequado para cada realidade, que seja mais sustentável e cause menos impacto ambiental.
Num mesmo país, conforme a região, há uma variedade de cenários que são bem diferentes entre si. Conforme a região ou a realidade local, sempre há algumas escolhas que podem ser melhor que outras.
Para as populações mais pobres, o foco deveria estar no aspecto de utilizar-se fontes de energia que sejam renováveis – como o vento ou o sol, por exemplo e sejam de fácil manutenção e que esta tenha baixo custo e, como regra fundamental, não causem impacto ambiental.
Já para países desenvolvidos ou em desenvolvimento, a busca por substituição de fontes energéticas não renováveis, como petróleo, carvão mineral, gás natural, etc., é uma obrigação, sob pena da autodestruição de nosso planeta.
Energia Eólica
Ao fundo apareciam belas imagens; primeiro de uma fazenda solar, em meio a montanhas com o céu de fim tarde, depois um barco a vela no oceano
A maravilha da energia sendo gerada pelo vento. A imagem é harmoniosa, por si. Sentem a maravilha que é a energia do vento sendo transformada em energia útil, com os aerogeradores produzindo eletricidade ou moinhos de vento produzindo energia mecânica? Visualizem-se em um veleiro no mar, sintam a brisa em suas faces e observem o vento impulsionando as velas do barco.
É uma boa sensação, concordam?
A eletricidade sendo gerada pela força do vento é conhecida como ‘energia eólica‘.
Há vento em quase todos os lugares. A utilização racional da energia eólica é uma possibilidade que pode ser adotada em áreas remotas ou por pequenos produtores sem afetar outros interesses, seja a simples manutenção da natureza, seja utilizando o local para produção agrícola.
É um tipo de geração energética que é adaptável a quaisquer terrenos, podendo ser usada em áreas desérticas, montanhas; e pode ser inserida em locais com outros aproveitamentos da terra.
Também pode ser utilizada nos oceanos, no que é conhecido como energia eólica offshore.
Em relação à energia eólica, há inúmeras vantagens: ter como fonte fonte o vento é a primeira delas; os custos de manutenção são relativamente baixos; a eficiência de conversão do sistema é outro atrativo; o impacto ambiental é mínimo, comparado às formas convencionais de geração energética atuais; a instalação é rápida; a ocupação de espaço é baixa; pode ser utilizada em conjunto com outras fontes limpas como a solar e, um aspecto importante a considerar, o custo de instalação é relativamente baixo.
É um modelo energético sustentável, uma opção de geração energética muito interessante, inclusive para pequenas comunidades, até mesmo para residências individuais, principalmente em regiões de difícil acesso, distantes ou isoladas.
Ou seja, a energia eólica é um tipo de geração energética que pode ser aplicada onde quer que seja, com baixo custo de manutenção, não poluente e de baixo impacto ambiental.
Tudo que é necessário é ter vento.
Energia Solar
Sem o Sol não haveria vida em nosso planeta. De alguma maneira, o sol é a fonte primordial de quase todas as formas de energia em nosso Planeta.
A energia solar tem sido uma das formas mais conhecidas de energia limpa que têm sido utilizadas.
Os principais tipos de aplicações da energia solar são: ‘aquecimento de água’, ‘geração de eletricidade’ e uma terceira forma, que é menos popular, que é a ‘geração de vapor de água.’ .
O aspecto essencial é que a energia solar é uma fonte de energia renovável e limpa, seja para o aquecimento de água, seja para fornecer eletricidade a residências, clubes, hotéis, indústrias, empresas em geral, iluminação pública, irrigação e e comunidades.
Energia Solar para o aquecimento de água
A utilização da radiação solar para o aquecimento de água é o tipo mais simples de aproveitamento da energia do sol. Sua aplicação pode se dar em residências, clubes, hotéis, piscinas e mesmo em indústrias, para vestiários, refeitórios (cozinha industrial) e processos industriais como aquecimento de água para caldeiras industriais por exemplo.
O processo é baseado na utilização de coletores solares, que transferem o calor dos raios solares para a água, aquecendo-a. A partir daí a água pode ser armazenada em reservatórios ou em piscinas, quando o propósito for aquecer a água de piscinas.
Energia Solar para Geração de Energia Elétrica
Um outra forma de uso da energia solar se dá com a utilização de placas fotovoltaicas [Nota], que são painéis/placas/coletores solares que fazem a captação da radiação solar e fazem a sua conversão em energia elétrica, que pode ser aproveitada em casas, prédios, indústrias, etc. A geração pode se dar de forma individual ou em Fazendas Solares.
[Usar como Nota]
Essa conversão é realizada pelas chamadas células fotovoltaicas que faz com que os raios de sol interajam com os átomos dos painéis coletores solares, gerando incialmente corrente elétrica fotovoltaica que é uma corrente contínua (DC). Por meio de inversores a corrente contínua é transformada em alternada.
Funciona como se tivéssemos uma mini usina de geração de energia elétrica em casa ou no caso das fazendas solares, nos espaços utilizados para tal.
Com a finalidade de geração de energia elétrica, são utilizadas células fotovoltaicas que são as responsáveis pela conversão da energia solar em eletricidade. Sendo que os sistemas fotovoltaicos podem, se desejado, ser conectados às redes elétricas convencionais.
A utilização de energia solar vem crescendo de forma significativa em muitos países. Atualmente, China, Estados Unidos, Japão, Alemanha, Índia, Austrália, Itália, Brasil, Holanda e Coreia do Sul são os países com maior capacidade instalada de energia solar, mas mesmo estes países podem fazer muito mais e melhor em relação à disseminação da energia solar em seus territórios.
ENERGIA GEOTÉRMICA
O que é?
A denominação ‘energia geotérmica’ refere-se ao aproveitamento do calor no interior da terra.
Sua aplicação ocorre por meio de usinas geotérmicas com a extração de vapor ou água quente do subsolo, que podem ser utilizados para gerar energia elétrica ou térmica.
A energia geotérmica é mais abundante em regiões onde existe atividade vulcânica intensa, principalmente em áreas de transição entre as placas tectônicas.
A energia geotérmica é uma opção alternativa aos combustíveis fósseis, pois apresenta várias vantagens, por se tratar de fonte renovável e praticamente inesgotável e independer das condições climáticas da superfície.
Mas sua exploração deve ser feita com atenção, pois se não for feita de forma adequada, pode causar afundamentos de terra, contaminar rios e lagos e ser responsável pela liberação de gases prejudiciais à saúde.
Ou seja, trata-se de mais um modelo energético sustentável, uma opção de geração energética que pode ser interessante para países que possuam atividade vulcânica mais intensa.
Na prática, a energia geotérmica é um tipo de geração energética que pode ser aplicada com êxito, desde que sua exploração respeite os cuidados necessários, caso contrário pode causar mais danos que benefícios.
ENERGIA DO FUTURO
No telão ao fundo do palco agora aparecia uma imagem de um jovem casal segurando as mãos de uma criança à beira da praia, com pequenas ondinhas chegando a seus pés. Eles pareciam se divertir integrando-se à natureza com o pôr do sol.
A Ambientalista dava sequência à sua fala: ‘a base da matéria são os elementos químicos. Todos lembramos dos elementos que compõem a tabela periódica nos estudos de química, ok?‘
Na tabela periódica que todos nós estudamos na química, o hidrogênio tem um número especial, lembram qual é?
Logo uma jovem da plateia disse: ‘um‘!
Ao que a Ambientalista acrescentou:
Interessante, não acham? É o número que vem na frente de todos os outros. E o hidrogênio é o primeiro da lista de elementos químicos, o que tem o número ‘1’. [Nota]
[Nota] Massa atômica do hidrogênio: ‘1 g/mol’
Bem, muitos especialistas e estudiosos do tema da energia em nosso planeta apontam a utilização do hidrogênio como um excelente caminho a ser adotado como fonte de energia para um futuro saudável e sustentável.
De fato, o hidrogênio é o elemento mais abundante no universo, constituindo aproximadamente 75% da massa elementar do Universo. Imaginam isso? Três quartos da massa do universo é constituído por hidrogênio.
Pensem na água, qual a fórmula molecular dela?
Alguém disse: H2O.
Ao que ela completou: H2O – aí está o hidrogênio.
Agora pensem nas plantas, nos pássaros e animais; pensem no ar que respiramos – aí estará o hidrogênio
No telão ao fundo do palco agora aparecia uma imagem do universo com inúmeras estrelas .
Voltando-se para o telão ela disse: nas estrelas e nos planetas, lá também encontraremos o hidrogênio.
E, dirigindo-se a uma mesinha lateral do palco, pegou um copo de água, bebendo-a vagarosamente, como que convidando o público a fazer parte daquela experiência de apreciação da água que bebia. Ao terminar de beber a água, lembrou: na água que bebemos, aí está o hidrogênio.
Nas substâncias orgânicas que consumimos, como proteínas, carboidratos e vitaminas; lá estará o hidrogênio.
Olhando para a audiência ela completou: olhem para o céu, para as nuvens, sinta a brisa da praia chegando a você; lá estará o hidrogênio.
Olhem ao seu redor e verão que o hidrogênio lá estará presente.
E, olhando especialmente para as crianças da primeira fila do auditório, disse:
Falo isso aqui, especialmente para os mais jovens da plateia, que são aqueles que construirão o nosso futuro. Pensem no hidrogênio como fonte de energia para o futuro!
Comecem a pesquisar sobre isso. Apesar de alguns cientistas terem dado atenção ao tema, ainda é pouco o que se sabe sobre o assunto. Mas sabe-se que, no mínimo, o hidrogênio poderá vir a ser utilizado para produzir eletricidade e combustível.
Mas o segredo é: não se limitem apenas ao que é conhecido até hoje sobre o uso do hidrogênio.
Olhando para as crianças das duas primeiras fila do auditório, ela disse:
A cada um de vocês fica o convite:
'Visualize-se como um cientista que vai desvendar o futuro, que vai descobrir coisas que hoje ainda não é conhecido'.
Voltando-se para os demais presentes, ela complementou: dentro do que se conhece sobre o assunto, os cientistas concluíram que não é qualquer hidrogênio que caracteriza o grau de sustentabilidade do gás.
Em relação à utilização do hidrogênio como combustível, com o conhecimento adquirido pelas pesquisas que temos até o momento, a produção do hidrogênio combustível depende da fonte de energia utilizada.
O hidrogênio se encontra em quase tudo, ok? Ele é responsável por três quartos da matéria do universo, certo? Mas ele não é encontrado sozinho, ele sempre é encontrado em formas compostas. E aí entra o desafio: com o propósito de servir como fonte energética, ele deve ser separado – a partir da matéria-prima em que se encontra.
Ou seja, a produção do hidrogênio combustível depende da fonte de energia utilizada.
De acordo com a fonte de energia aplicada na sua produção, há a classificação utilizando diferentes “cores”.
O hidrogênio cinza é gerado a partir de combustíveis fósseis.
O hidrogênio azul é gerado com a utilização de gás natural com a captura e armazenamento de carbono.
Hidrogênio Verde
E há a geração realizada a partir da eletrólise, na qual não há a emissão de carbono – é o denominado hidrogênio verde.
Observe-se que a energia inicial para a realização deste processo deve, necessariamente, derivar de fontes renováveis para que o combustível seja classificado nesta categoria.
É por essa razão que os estudiosos do assunto veem este tipo de combustível como possibilidade real que minimize tanto quanto for possível a emissão de CO2.
Para aqueles que se sentirem tocados, fica aqui a sugestão para pensarem:
Como tornar viável a utilização do hidrogênio como fonte energética?
PARTE 6
(Reflexões sobre Políticas Públicas e Leis Ambientais)
Antes de adentrar a parte final de nosso encontro, gostaria de lembrar algumas ações que podem ajudar a revigorar nosso planeta.
Como pano de fundo, gostaria de mencionar algumas percepções que tenho tido em minhas viagens por países os mais diversos, desde países do chamado primeiro mundo a países muito pobres.
Em todos eles tenho notado um avolumamento de ações em prol da Terra.
Pode-se constatar um aumento expressivo no voluntariado e nas doações ao redor do planeta. Mais pessoas parecem estar despertando para a importância de zelar pelo nosso planeta.
Há a sensação crescente de um sentimento de conexão das pessoas – umas com as outras e delas com a natureza; tenho observado comunidades pelo mundo se conectando por meio de ações locais desenvolvidas de forma simultânea em diferentes países ou mesmo por meio de meditações sincronizadas com o objetivo de envolver o nosso planeta com luz, visando proteger o meio ambiente.
Tais ações parecem estar criando um fluxo de bons sentimentos que, de alguma forma, parece alimentar a unidade planetária de uma forma sem precedentes.
Uma das perguntas que as pessoas fazem é:
COMO REDUZIR O IMPACTO AMBIENTAL?
Não são poucas as pessoas que parecem olhar para o mundo ao seu redor, pensando no que precisa mudar para adentrarmos uma era de paz e harmonia, na qual o bem seja o terreno comum, seja a base. E isso também em nossa relação com a natureza.
Um aspecto que é comum à maioria dessas pessoas, é que elas parecem estar conscientes de que ações corretivas e reparadoras se fazem necessárias - no momento presente, para que o bem-estar e o bem-viver no futuro seja possível.
Elas parecem sintonizar-se com um bem comum. Elas parecem enxergar soluções nos horizontes que se apresentam à sua frente.
Dentre as sensações experimentadas no momento presente, uma das soluções que aflora é a de que se faz necessário conscientizar a população e as futuras gerações sobre a importância de preservar o meio ambiente.
E isso começa em casa. Ninguém fica jogando lixo na sala ou nos quartos de suas casas.
O lixo deve ser organizado; e do mesmo jeito que podemos facilmente organizar o lixo que pode ser reciclado, separando latinhas, garrafas plásticas, vidro, etc., do lixo orgânico; podemos fazer isso em uma escala maior. É tudo questão de aprender a fazer e colocar em prática.
Por alguns instantes ela silenciou, percorrendo o auditório com seu olhar que parecia deixar fluir raios de esperança pelo ambiente.
Então, prosseguiu com sua fala:
– Parece ser básico fazer a analogia: o planeta é a nossa casa!
Portanto, para reduzir o impacto ambiental, algumas soluções que afloram e devem ser de caráter imediato são:
- Despoluir os corpos d’água, como mares, rios, córregos e lagos;
- Promover o reflorestamento das áreas desmatadas;
- Usar os recursos naturais de forma consciente, principalmente os não renováveis;
- Promover o desenvolvimento sustentável;
- Impulsionar o uso de recursos renováveis como fonte de energia;
Essas são apenas algumas das medidas que deveriam ser praticadas de imediato; há inúmeras outras.
Políticas Públicas
Com sua voz agradável e clareza de raciocínio a Ambientalista prosseguiu:
– Outro aspecto a ser considerado é que, além da importância dos benefícios para o meio ambiente, grandes benefícios podem ser gerados para as populações mais carentes e mais desprovidas de recursos ou mesmo aquelas distantes de redes elétricas.
Foi quando uma jovem do público perguntou: – como isso pode ser feito?
Ao que a Ambientalista respondeu:
– Um primeiro passo para isso acontecer será dado quando os governos entenderem e assimilarem, de fato, que dentre suas responsabilidades está a de preservar o meio ambiente para as gerações futuras – para tal, deve prover políticas públicas claras que tenham o meio ambiente como um dos focos principais.
Isso começa com ter leis claras. Mas não adianta ter leis se – junto delas, não houver controle ágil e fiscalização eficaz.
As leis só se concretizam – de fato, quando são abraçadas pela sociedade; ainda assim instrumentos de controle e fiscalização eficazes devem existir para inibir e refrear aqueles que buscam infringir as leis.
Olhando para as crianças das duas primeiras fileiras, acrescentou: – sim; há pessoas que escolhem o lado errado, escolhem fazer o mal. Seja por poder, por dinheiro ou por estarem tão habituadas a fazer o mal que não conseguem deixar de fazê-lo por conta própria. Por isso, numa sociedade há educação, há leis, há controle e há fiscalização.
E há também a responsabilidade de respeitar, valorizar e disseminar a cultura ambientalista – incentivando o espírito de cuidar do meio ambiente.
Novamente ela silenciou, respirando fundo e, dirigindo-se às pessoas presentes, como se estivesse conversando com cada uma delas, disse:
– Entender que o funcionamento da sociedade se dá de uma maneira muito melhor quando há sustentabilidade e qualidade de vida; e que ambas são frutos de um desenvolvimento sadio e responsável não me parece algo tão complicado.
Talvez esteja faltando um pouco de amor aos governos e aos líderes para que entendam o meio ambiente como um bem que lhes cabe cuidar e para que coloquem em prática medidas essenciais para um mundo melhor.
Um exemplo prático e simples de desenvolvimento sadio – e com benefícios a todos, inclusive aos governos, é o de estabelecer programas que incentivem a disseminação da Energia Solar ou Eólica como meio de fornecimento de energia elétrica para as populações carentes.
A adoção de políticas públicas neste sentido mudaria, em muito, as realidades das populações mais carentes e colaboraria para o atingimento de metas ambientais mais salutares.
E, concluindo sua fala sobre a necessidade de haver políticas públicas que respeitem e promovam o amor ao meio-ambiente, ela complementou:
– Se o amor é um sentimento tão distante para se expressar no ambiente político, que pelo menos haja respeito. Que ao menos a Terra seja respeitada.
SOBRE LEIS AMBIENTAIS
Dever humanitário
Um aspecto que considero interessante e que pensei em trazer a vocês nesta palestra é o de que as leis de Direito Internacional Humanitário estabelecem normas para a defesa dos cidadãos como a proteção à vida, à integridade física, e estabelecem garantias judiciais fundamentais a todos. São direitos e deveres humanitários que todos os países se comprometeram a cumprir.
Normalmente, as pessoas relacionam os direitos e deveres humanitários a aspectos relacionados às guerras e violência.
Pois bem: a proteção do meio ambiente e a adesão a Matrizes Energéticas limpas também deveriam ser classificadas como deveres humanitários.
É super importante a criação de leis que ajudem a preservar a natureza, mas tão importante quanto a existência das leis é a sua aplicação.
Há vários países que estão avançando bem em termos de legislação, mas a maioria ainda está muito atrasada em relação ao controle e aplicação das leis na prática. Este é um aspecto crucial para que haja sucesso em termos ambientais.
Para tal, há a necessidade de ampliação de órgãos de controle ambiental e sua integração com as demais instituições que já existam. Isso aliado à formação de uma cultura de respeito e cuidado em relação ao meio ambiente, o que vem com a educação ambiental nos mais diversos níveis.
Isso tudo significa tanto ter número adequado de servidores, quanto qualificar estes servidores, nunca se esquecendo da educação ambiental.
Ou seja, a solução envolve o aspecto quantitativo e qualitativo dos órgãos de controle ambiental e também de programas que promovam e integrem a cultura ambiental ao dia a dia de toda a sociedade.
Os deveres humanitários ambientais devem fazer parte dos ensinamentos fundamentais, das constituições dos países e do dia a dia de todas as sociedades e comunidades no mundo todo.
E isso não deveria ser encarado como novos custos a nenhum país, mas sim um investimento que trará frutos para os países não por um mês, ou um ano, mas para todo seu futuro.
Os benefícios que podem ser alcançados com políticas ambientalmente sustentáveis têm a aura de eternidade.
É uma coisa óbvia, mas muitos líderes parecem não perceber: os lucros e benefícios de tais ações ajudam a enriquecer os países que adotarem práticas de respeito ao meio ambiente.
PARTE 7
(Epílogo)
MICROPRÁTICAS
Agora, preparando o terreno para a parte final de nossa conversa, gostaria de dar uma pincelada em três artifícios, que poderíamos chamar de ‘micropráticas‘, que em conjunto, podem potencializar mudanças positivas em nosso planeta: são elas, o ‘Aproveitamento de Oportunidades’; as ‘Habitualidades nas Práticas’ e a ‘Combinação de Técnicas’.
APROVEITAMENTO DE OPORTUNIDADES AMBIENTAIS
O aproveitamento de oportunidades diz respeito ao aproveitamento de momentos.
Sim, aproveitar momentos oportunos é um fator que ajuda na criação de hábitos e práticas sustentáveis.
O aproveitamento de oportunidades ambientais é muito importante para o florescimento de práticas sustentáveis que em outros momentos não seriam viáveis ou mesmo compreendidas.
HABITUALIDADE NAS PRÁTICAS AMBIENTAIS
O segundo aspecto que pode nos ajudar é o da ‘habitualidade nas práticas ambientais’.
Para benefícios duradouros, a habitualidade e frequência de práticas sustentáveis e saudáveis são indispensáveis. E isso diz respeito a você, a mim, às pessoas aos nosso redor e a todos no planeta, sejam comunidades, escolas, empresas, instituições, governos, países – todos têm sua responsabilidade.
Não há uma solução miraculosa. Práticas sustentáveis e saudáveis se fazem necessárias.
Dentro do escopo de cada agente, seja um país ou uma pessoa, podemos tornar um hábito uso do lema:
‘Pensar globalmente, Agir localmente’ [Nota].
[Nota]: O conceito “Pense globalmente, aja localmente” tem sido utilizado amplamente em vários contextos e sua criação tem sido atribuída a uma série de autores, dentre eles, Patrick Geddes, biólogo escocês, sociólogo e pioneiro do planejamento urbano, em seu livro ‘Cities in Evolution‘ de 1915.
COMBINAÇÃO DE TÉCNICAS AMBIENTAIS
O terceiro aspecto que pode ser conjugado aos dois anteriores é o da ‘combinação de técnicas ambientais’
A combinação de técnicas ambientais auxilia no estabelecimento de novos caminhos e podem ajudar a estimular e a nutrir hábitos mais sustentáveis e saudáveis no planeta.
Muitas das soluções para as crises climáticas podem surgir com novas tecnologias, mas muitas das soluções já existem e algumas podem ser encontradas no passado.
Por isso, a abertura às inovações científicas e tecnológicas se faz necessária.
Mas também se fazem necessários o estudo, a redescoberta e reaprendizagem de técnicas e soluções ambientais do passado ou mesmo de técnicas atuais que podem ser encontradas em comunidades indígenas ou agrícolas que, se bem observadas, podem ser adaptadas e utilizadas.
PARTE 8
Encerramento
VIAJANDO A UMA PRAIA PARADíSIACA
Finalizando nosso encontro, gostaria de compartilhar um plano de viagem com vocês.
Nosso destino é uma praia paradisíaca.
Na viagem para chegar à nossa belíssima praia, isolada e que se encontra detrás de montanhas em uma área remota, poderemos enfrentar vários tipos de caminhos.
Alguns trechos serão planos, seguros, asfaltados, com boa sinalização; outros trechos serão sinuosos e com muitas curvas acentuadas em meio a serras, outros trechos serão por estradas de terra, com partes do caminho com buracos, pontes de madeira não muito seguras; outras partes, ainda ficarão mais difíceis devido a chuvas que dificultam enxergar direito e devido ao terreno ficar enlameado, escorregadio com o barro no leito da estrada, etc.
Em meio à jornada, em cada trecho da viagem teremos que nos concentrar no momento e na situação em que nos encontramos, e ter atenção e consciência de como devemos encarar cada situação, mas o objetivo principal daquela viagem não pode ser esquecido, que é o de chegarmos à praia.
Penso que a nossa caminhada em direção a um mundo sustentável é similar à nossa jornada rumo à praia paradisíaca.
De fato, o mundo sustentável é a nossa praia. E não devemos desanimar ou perder o foco no horizonte buscado, mesmo que em algumas partes da nossa jornada encontremos desafios que – em alguns momentos, possam parecer intransponíveis.
Penso que o segredo é permanecer na jornada, não desanimando e entendendo que há várias etapas a percorrer. Apenas não podemos nos perder ou ficar sem esperança nos trechos mais difíceis.
Acreditar num mundo melhor, mais sustentável e saudável é a base para a criação deste mundo melhor.
Não importa se ele acontecerá amanhã ou daqui a dez ou cem anos; apenas – enquanto vivermos, devemos nos manter no caminho, trecho após trecho; independente de saber quem chegará ao destino – nós ou nossos descendentes.
O importante é saber que, como humanidade, chegaremos lá um dia. Para isso precisamos fazer nossa parte hoje e amanhã, a cada dia.
Penso que esse seja o meio mais simples para tornar nosso mundo melhor, momento após momento, dia após dia.
A CHAMADA PARA ACORDAR
Se observarmos a natureza, ela nos apresenta vários ciclos.
A cada ano, passamos pelas várias estações – há a primavera, o verão, o outono e o inverno; depois vem a primavera novamente e assim segue.
A cada dia, há a noite e há o dia. Há o anoitecer e depois há o amanhecer.
É interessante observar: após o período mais escuro da noite, vem o amanhecer; após o período mais frio do ano vem o florescer.
Penso que na nossa relação com a natureza, assim como em relação a vários outros aspectos da vida em nosso planeta, estamos num período como a parte mais escura da noite, mas creio que um amanhecer está à nossa frente.
Sinto que muitos estão sendo acordados para um novo amanhecer. Há um chamado para acordar crescente no mundo.
Certamente, há aqueles que estão longe desse acordar. E muitos ainda escolhem permanecer adormecidos. E, voltando seu olhar para as crianças das duas primeiras filas, esboçando um sorriso, disse: ‘até ficam bravos se alguém tenta acordá-los’.
Ato ao qual algumas das crianças corresponderam com um leve sorriso.
Aprendi com uma pessoa muito especial, que tem muito amor no coração, que é o Papa Francisco, que aqueles que escolhem permanecer adormecidos, assim o fazem por estarem afastados de seus próprios corações. [NOTA]
[NOTA]: Enciclica ‘Dilexit nos – Ele nos Amou’ – Capítulo 1, item 24
De alguma forma, alguns daqueles que se afastaram de seus próprios corações, permitiram que suas vontades fossem invadidas por interesses materialistas; por orgulho; por poder ou por ganância e os frutos nascidos desses terrenos provocam o entorpecimento do coração; daí a se manifestarem a insensibilidade, a desordem, a crueldade e a perversidade.
Após alguns segundos, voltando sua atenção ao público em geral, ela nos disse:
– Observem que interessante. Aqui, no meio de vocês há uma amostra deste fenômeno que tenho observado em minhas andanças pelo mundo.
Observem a variedade de pessoas presentes aqui neste encontro. Há as crianças, há os jovens, há os jovens adultos e há os mais maduros.
O interesse no tema desse nosso encontro tem crescido em todas as idades e culturas. É um exemplo a nos mostrar que a ‘chamada para acordar’ em relação ao meio ambiente tem tocado muita gente.
Calou-se por mais alguns momentos, como que condensando tudo havíamos vivenciado naquele encontro; para dizer em seguida:
– Eu estou escutando essa chamada – e olhando para os presentes, nas várias direções do auditório, disse: você e você e você está escutando essa chamada!
Não é algo isolado ou único, vários de nós estamos escutando essa chamada para acordar.
Ninguém está sozinho neste processo. Essa é a clareza que temos que ter.
Essa clareza é reflexo da ‘chamada pra acordar’.
Em meio à noite escura podem surgir as dúvidas: o que sou capaz de fazer sozinho? O que posso fazer?
A resposta pode ser: ‘posso fazer tudo!’ ou pode ser: ‘posso fazer nada.’
Quando encurtamos o horizonte à nossa frente, o impulso de achar que o que fazemos é inútil ganha força e fazer nada torna-se a opção mais fácil.
Quando alargamos os horizontes e observamos o olhar de esperança que ganha brilho dentre aqueles que recebem ajuda ou proteção, ou então escutamos depoimentos de pessoas beneficiadas por ações ou projetos que tornam possível a preservação ambiental dos locais onde vivem e a continuidade e – mesmo a sobrevivência de suas comunidades, a disposição em ajudar e a prontidão em fazer alguma coisa para proteger nosso planeta é que ganha impulso.
O resultado dessas ajudas trazem consigo as sementes do equilíbrio no planeta, do revigorar da natureza, da beleza única de cada estação do ano, da conservação do meio ambiente – e da vida.
Mas há mais: essas ações, projetos e mesmo as pequenas ajudas carregam consigo a alegria, a esperança e transformações, não apenas nas vidas de quem recebe os benefícios, mas também na vida daqueles que se prontificam a fazer sua parte.
Se permitirmos clareza em nossas consciências, entenderemos que mesmo o ‘pouquinho’ que pudermos fazer será muito e – muitos juntos no processo ajudarão a mudar o nosso mundo para melhor.
É um processo que depende de você, de mim - de todos nós!
Fica aqui o convite: para fazermos juntos esta jornada.
Gratidão por vivermos em tão belo planeta!
Deste modo, a Ambientalista encerraria aquela palestra, ao que as pessoas se levantaram e começaram a aplaudir – como que compartilhando sentimentos de gratidão e esperança que fluíam de seus corações.
Logo, as pessoas começaram a se mover para a saída, local em que – para aqueles que se interessassem, a Ambientalista havia deixado uma sugestão de exercício. (Material que consta do anexo a seguir).
Assim terminaria aquela palestra, especialmente marcante para Ferhélin, que fez questão de compartilhá-la, conforme consta neste minilivro.
PARTE 9
Anexo:
EXERCÍCIO DE INICIAÇÃO A UM MUNDO MELHOR
A seguir, uma síntese de exercício preparado pela palestrante.
É um exercício recomendado àqueles que têm interesse no tema ambiental e querem, de alguma forma, contribuir para um futuro melhor de nosso planeta.
A ideia do exercício é que cada pessoa selecione um dos tópicos relacionados a seguir – escolhendo aquele que mais a atraia; ou caso prefira, podendo criar seu próprio tópico para o exercício.
O exercício foi originalmente pensado para estudantes dos mais diversos níveis de aprendizagem; de preferência com a orientação de seus professores, mas pode ser feito por qualquer pessoa.
A recomendação é:
– pesquisar sobre o tópico selecionado;
– aprofundar a leitura de artigos confiáveis;
– refletir sobre o que leu;
e então,
– elaborar uma síntese do que considera mais relevante.
O exercício consiste em desenvolver alguma iniciativa que contribua para um mundo melhor, seja elaborando um ‘Plano de Ação’, um ‘Projeto’ ou um ‘Programa’ (conjunto de projetos).
Propostas lúdicas de iniciativas
O objetivo do exercício é apresentar propostas lúdicas de iniciativas que aproximem as crianças dos temas, que inspirem propostas viáveis ou mesmo projetos básicos viáveis para adolescentes e adultos.
O objetivo com a seleção de alguma iniciativa é abrir a mente para a possibilidade de iniciativas possíveis – algumas delas mais próximas de serem realizadas, outras mais desafiadoras e outras que ficariam apenas no campo do imaginário.
Assim, a ideia do exercício não é de execução da iniciativa em si, mas sim de abertura da mente à possibilidade dela algum dia vir a acontecer.
Por isso, em alguns casos pode-se pensar a iniciativa com aplicação imediata no contexto da vida da pessoa, mas a sugestão é deixar a escolha do tema totalmente em aberto. Podendo até mesmo ser apenas um estudo com pesquisas sobre o tema escolhido.
O importante é o envolvimento da pessoa com o tema escolhido – e ver o desenvolvimento do tema no decorrer do exercício. O que resultará não é o foco principal. O envolvimento sim!
A seguir, alguns conceitos relacionados a uma metodologia básica para facilitar o exercício são apresentados.
INICIATIVA
Para aqueles que se propuserem a elaborar alguma iniciativa, sugere-se que, a partir da escolha de um tema, estabeleça uma iniciativa.
Sua iniciativa pode ser apenas efetuar um ‘Estudo organizado‘ ou pode ser desenvolver um estudo e – na sequência, elaborar um ‘Plano de Ação’, um Projeto ou um Programa.
- Projeto: refere-se a um empreendimento temporário, com um objetivo e escopo definidos como, por exemplo, criar um produto, um serviço ou um resultado único.
- Programa: refere-se a um agrupamento de projetos gerenciados de modo coordenado para obtenção de benefícios e controle que não estariam disponíveis se fossem gerenciados individualmente.
- Plano de Ação: iniciativa que pode ser isolada ou de natureza repetitiva com o objetivo de promover uma melhoria contínua.
Observação do autor: este minilivro ‘A Ambientalista‘ nasceu da aplicação dos conceitos expostos neste anexo. Pode-se dizer que ele é o resultado de uma iniciativa que envolveu os conceitos anteriormente citados.
A seguir, há uma relação de temas que podem servir como guia para a elaboração de alguma inciativa, seja ela apenas um ‘estudo sobre algum tema’ ou algo mais, como um ‘Plano de Ação’, um ‘Projeto’ ou um ‘Programa’.
Sugestões de temas
(Selecione o tópico que mais tem a ver com sua realidade)
Iniciação à pesquisa de temas
– Projeto de horta horizontal com hidroponia.
(Escopo a escolher: quintal de casa, área de um prédio residencial, escola, etc.).
– Projeto de horta vertical em parede com hidroponia.
(Escopo a escolher: quintal, dentro de casa, apartamento, escola, etc.);
– Projeto de preparo de compostagem.
(Escopo a escolher – horta, chácara, fazenda, escola, etc.);
– Projeto de carro elétrico com energia solar –
– Separação seletiva de lixo
(na moradia, num prédio, numa loja, num restaurante ou café ou supermercado ou outro tipo de comércio ou em uma prisão);
– Coleta seletiva de lixo
(em uma cidade, condomínio, comunidade ou vila);
– Uso inteligente da água
(na moradia, prédio, loja, escola, hospital, restaurante ou café ou supermercado ou outro tipo de comércio ou em uma prisão);
– Projeto de água de reuso
(na moradia, prédio, loja, escola, hospital, restaurante ou café ou supermercado ou outro tipo de comércio ou em uma prisão);
– Projeto de energia solar
(em uma moradia, prédio, loja, escola, hospital, restaurante ou café ou supermercado ou outro tipo de comércio; ou em uma prisão ou em uma cidade, condomínio, comunidade, vila ou fazenda, chácara, etc);
– Projeto de energia Éolica
(em uma cidade, condomínio, comunidade, vila ou fazenda, chácara, escola, etc);
– Projeto de horta coletiva;
– Projeto alternativo de abastecimento de água;
– Programa de limpeza, armazenamento e fornecimento de longo prazo de água potável para comunidades urbanas;
– Métodos baratos de armazenamento de água para comunidades carentes;
– Programa/ Projeto ou Ação de restauração ecológica;
– Soluções práticas que podem beneficiar o nosso clima;
– Identificar meios que impulsionem mudanças para um melhor uso da terra;
– Realizar estudo sobre o tema: ‘É possível aprender com métodos ancestrais de irrigação e adaptá-los aos tempos atuais?‘;
– Como implementar métodos inovadores de irrigação?
– Realizar estudo sobre o tema: ‘É possível o Cultivo agrícola em meio à seca?’;
– Seu próprio projeto de restauração ambiental customizado;
– Juntando Ideias para a absorção, retenção e purificação da água da chuva;
(Definir o escopo: se em uma residência, escola, hospital, comunidade ou em uma cidade inteira).
– Como reduzir as emissões de metano na pecuária?
(Sugestão inicial de pesquisa: ver o exemplo da Nova Zelândia).;
– Criando um estratégia para conter a emissão de gases de efeito estufa;
– Como prevenir incêndios naturais?
– Como restringir a propagação de incêndios na natureza;
– Quais as Principais Medidas para a Prevenção e Combate a Incêndios?;
– Quais são os métodos de controle e extinção do fogo?;
Obs. Lembrar que, após a seleção de um determinado tema, o próximo passo envolverá leituras, reflexão e pesquisa sobre o tema escolhido.
Notas e Links
(Notas e Links ainda a serem organizados)
[1] – Imagem que ficou conhecida como Blue Marble (“O Mármore Azul”) . Uma das fotografias mais icônicas da Terra, feita por um astronauta do espaço. Foto tirada em dezembro de 1972 , durante a última missão tripulada da Nasa à Lua. A NASA credita a fotografia, tirada a uma distância de aproximadamente 45.000 km da Terra, a caminho da Lua, a toda a tripulação da Apollo 17.
Para ver a imagem em seu tamanho original visite o site: https://go.nasa.gov/3VDWmg1
[1] -Fonte: https://www.dw.com/pt-br/o-negócio-multimilionário-dos-crimes-ambientais/a-63483311#:~:text=A%20Interpol%20estima%20que%20organizações,mais%20brutal%20é%20o%20negócio.&text=%22A%20brutalidade%20e%20o%20lucro,ambiental%20são%20difíceis%20de%20imaginar.
[2] – Estudos conduzidos por pesquisadores do Instituto Potsdam para Pesquisa sobre o Impacto Climático (PIK)
Sobre o PIK:
Conforme o Wikipedia: Instituto Potsdam de Pesquisas sobre o Impacto Climático (em alemão: Potsdam-Institut für Klimafolgenforschung – PIK). O PIK é um Instituto dedicado a questões científicas nas áreas de mudanças globais, impactos climáticos e desenvolvimento sustentável. Classificado mundialmente entre os think tank de topo, é uma das instituições de pesquisa de liderança e parte de uma rede global de instituições científicas e acadêmicas trabalhando sobre questões questões ambientais. É um membro da Leibniz-Gemeinschaft, cujas instituições realizam pesquisas sobre assuntos de grande relevância à sociedade.foi fundado em 1992 por seu atual diretor, Hans Joachim Schellnhuber. Cerca de 400 pessoas trabalham no instituto, localizado no Telegrafenberg em Potsdam.[1]
Fonte Aquíferos: https://ciclovivo.com.br/planeta/meio-ambiente/13-dos-aquiferos-do-planeta-estao-ameacados/
[3] Artigo da BBC: ‘As surpreendentes fontes de gases do efeito estufa‘
LINKS – PARTE 2
Sugestão de Fonte a visitar aos leitores : Global Energy Monitor: organização sem fins lucrativos que acompanha projetos de energia ao redor do mundo
LINKS – PARTE 3
[Nota] Obra: Alice no País das Maravilhas de autoria de Lewis Carrol
[NOTA DOS TEMAS RELEVANTES]
[Notas]
SUGESTÃO PARA QUE LEIAM ESTE ARTIGO DA BBC – https://www.bbc.com/portuguese/brasil-60962619
e
https://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2024/10/11/chuvas-nao-estao-sendo-suficientes-para-repor-volume-de-agua-do-aquifero-guarani-diz-estudo.ghtml#
e
https://educacao.uol.com.br/disciplinas/geografia/aquifero-guarani-aguas-subterraneas-tambem-estao-em-risco.htm#:~:text=Com%20a%20poluição%20das%20águas,reposição%20natural%20que%20eles%20têm.
[Nota sobre o PH] Os valores de 6 a 7 representam uma água neutra, não causam efeitos nocivos para a saúde, mas também não proporcionam benefícios. O pH ideal para a nossa saúde é acima de 7. O pH de 7 a 10 significa que a água é alcalina, que é a água ideal para a nossa saúde.
[Nota sobre aerossóis poluentes
[Nota] – https://jornal.usp.br/ciencias/ciencias-exatas-e-da-terra/aerossois-poluentes-interferem-na-atmosfera-no-clima-e-saude/
[Nota}: Cinzas de vulcão param aviões em toda a Europa – https://www.bbc.com/portuguese/noticias/2010/04/100417_vulcaosabebc
Instituto Potsdam de Pesquisas sobre o Impacto Climático (PIK).
Artigos-fontes que inspiraram o subcapítulo ‘Temas Relevantes’:
– https://www.pik-potsdam.de/en/output/infodesk/planetary-boundaries
– https://www.pik-potsdam.de/en/news/latest-news/earth-exceed-safe-limits-first-planetary-health-check-issues-red-alert – Importante estudo liderado pelo cientista Johan Rockström do Potsdam Institute for Climate Impact Research (PIK)
PARTE 4
Estimativas da Europol ( Agência da União Europeia para a Cooperação Policial)
Crime ambiental gera anualmente entre 110 bilhões e 280 bilhões de dólares em lucros ilícitos(1)
PARTE 5
Placas fotovoltaicas [Nota]
Essa conversão é realizada pelas chamadas células fotovoltaicas que faz com que os raios de sol interajam com os átomos dos painéis coletores solares, gerando incialmente corrente elétrica fotovoltaica que é uma corrente contínua (DC). Por meio de inversores a corrente contínua é transformada em alternada.
[Nota] Massa atômica do hidrogênio: ‘1 g/mol
PARTE 6, 7 e 8 – Sem notas
LINKS de sites visitados e textos lidos
para a confecção do minilivro ‘A Ambientalista’
BBC BBC
https://www.bbc.com/reel/topic/climate-solutions
https://www.bbc.com/future/article/20240815-floridas-everglades-reservoir-will-clean-the-states-water
https://www.bbc.com/reel/video/p0jrhh0p/iceland-s-high-tech-farm-turning-algae-into-food
https://www.bbc.com/future/article/20240708-the-women-fighting-drought-in-mexico
https://www.bbc.com/future/article/20240805-how-ancient-rice-terraces-inspire-flood-resilience-in-asian-cities
https://www.bbc.com/future/article/20231214-how-new-zealand-is-reducing-methane-emissions-from-farming
https://environment.govt.nz/publications/aotearoa-new-zealands-first-emissions-reduction-plan/#table-of-actions
https://www.bbc.com/future/article/20231214-how-new-zealand-is-reducing-methane-emissions-from-farming
https://bbc.com/future/article/20240402-the-surprising-sources-of-methane
Outras leituras recomendadas:
Livro: Gaia: O Planeta Vivo – (Por um caminho suave) – José Lutzenberger (Autor)
https://hccenergiasolar.com.br/conheca-os-principais-tipos-de-producao-de-energia-eletrica/
https://pt.wikipedia.org/wiki/Energia_solar
https://brasilescola.uol.com.br/geografia/energia-solar.htm
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Sugestões de sites que dão atenção ao Meio Ambiente:
IEA – International Energy Agency (IEA)
https://www.iea.org/topics/climate-change
Organizações listadas no site da IEA
African Union, APEC, ASEAN, Asian Development Bank, G7, G20, International Energy Forum, IRENA, OPEC, UNFCCC, BioFuture Platform, Mission Innovation, Energy Efficiency Hub, RETA, GEF Global E-Mobility Programme
Energy Data Centre (EDC) online training
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Sugestões de programas de televisão que dão atenção ao Meio Ambiente:
Canal Futura: Hora de Agir
Programa da Globo News: Cidades e Soluções
Série de Minilivros: ‘Ouvindo as Estrelas’
Autor: H. S. Silva
MINILIVROS da série ‘OUVINDO AS ESTRELAS’.
Autor: H. S. Silva
Site https://www.intuicao.com
Imagens (exceto as da capa do livro): Banco de dados Pixabay
Propósito do site Intuição.com
Estabelecer, inspirar e fortalecer elos de esperança junto aos que estão na jornada de fazer deste um mundo melhor.
Para a série ‘Ouvindo as Estrelas‘, clique aqui.
ou
Para o livro ‘Intuição Vida Melhor‘, clique aqui.
ou
Para REFLEXÕES-MINUTO, clique aqui
ou
Para POSTS PARA REFLETIR, clique aqui
ou
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