Frente à frente com uma fraqueza.
Quando estamos face a face com uma fraqueza, conforme estiver nosso estado de consciência, será a forma como veremos o que está acontecendo ou aquilo que passou e aconteceu.
Abrir a porta à esperança é a chave. Usando-a, novos horizontes se apresentam e pode haver clara transformação na forma de vermos e entendermos erros e problemas ou obstáculos e fraquezas que normalmente nos chateiam e nos entristecem.
O que passou, passou, aconteceu!
O que pode mudar é o estado em que conservamos nossa consciência.
Como a iluminamos ou como a obscurecemos é uma escolha que cada pessoa faz.
Sob a luz há descobertas, há o descortinar de passagens obscuras e escondidas e é sob a luz que a transformação pode acontecer.
Não deve haver medo, pois o medo nos afasta da luz e é o caminho, aparentemente mais fácil a escolher, quando não se quer mudar. Mas isso é um grande engano.
Devemos amar a luz e fortalecê-la dentro de nós.
Não se deve fugir por atalhos que acabam por nos conduzir à escuridão, que somente cobrem e distorcem a realidade, mas que não a muda.
Os meios mais habituais de se fugir da luz são o julgamento, a punição, o vaguear desencontrado e o deixar-se levar ao obscuro, algumas vezes pelas mão da razão, quando baseada em falsas referências.
A punição por vezes é sutil, mas pode ser dolorosa. À auto punição não se deve dar espaço nem chances. Ela é uma adversária desleal, pois não respeita o coração.
A tristeza com o passado é uma forma disfarçada de punição, mas não deixa de ser punição. Nossa tarefa é transmutar formas de tristeza em aprendizagem; com sensibilidade sim, mas deixando o amor prevalecer.
O passado passou. Se algo denso se descortina e se revela, por percepção, sonhos ou lembranças, é para aprender ou para reparar o que foi feito. Aquela lembrança não está ali para derrubá-lo novamente: este é um ponto a reforçar, para si próprio.
À luz da verdade há a iluminação do coração e da mente e aí há a iluminação do caminho para liberação do passado.
Se a gaiola onde o passado se aprisionava ou se escondia se abriu, não é para assustar, mas é para que seja liberado para sempre.
O nosso papel é deixar que essa liberação aconteça, não com medo ou tristeza, mas com coragem e leveza, felicidade e clareza, e sempre com amor, tanto em sentimentos como em ações. O que mais mantém o passado aprisionado é a mágoa ou o medo. Não há solvente mais poderoso que o amor para dissipar os estados de confusão íntima.
Autor: H. S. Silva
Livro: A Mente Saudável – Para Viver uma Vida Melhor
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