As sete chaves da transformação.
Por Caroline Ward.
Chave 1 – Conheça a si mesmo
Muito frequentemente as pessoas perdem o senso de sua própria identidade na identidade da organização, ou pelo menos, no papel que elas desempenham na organização. Isto significa que elas estão presas com feracidade, a uma identidade falsa – o passado. Se elas forem privadas do passado é como se elas não existissem também.
Então o primeiro passo é retornar a nossa própria compreensão do eu. É importante que cada um de nós entenda que nós somos seres humanos únicos, com pontos fortes, qualidades, talentos e habilidades que são valiosas. Uma vez que tenhamos reconhecido isso, também é muito importante focarmos nossa atenção nesses aspectos regularmente, pois isso nos capacita a nos fortalecermos. É a partir deste alicerce que podemos nos mover adiante com grande confiança. É também útil conhecer nossas áreas de vulnerabilidade, de modo que seja possível potencializá-las a fim de que elas não nos façam cair neste caminho, rumo à transformação.
Chave 2 – Não existe tal coisa como um erro, apenas feedback
Hoje em dia, tantos estão amedrontados em tentar algo novo devido ao medo de falhar. E, neste mundo em transição, faz se preciso tentar, de modo que se possa encontrar caminhos. A noção de falha, de insucesso nos faz sentir como tolos, sendo criticado pelos outros, ou julgado como errado e, portanto, excluídos. Quando percebemos que realmente que não existe tal coisa como falha, experimentamos a liberdade de expressão criativa. Tudo na vida é um processo de experimentação. Sempre que tentamos algo, recebemos sinais ou feedbacks que demonstram se o que tentamos funcionou ou não. Geralmente, estamos inclinados a desistir de todo o processo quando deveríamos tomar fôlego e verificar os componentes de nossa tentativa. Que partes funcionaram, que partes não funcionaram? Então, resta-nos, simplesmente alterar as partes que não funcionaram. Nada de falhas, mas apenas feedback.
Chave 3 – Sonhe… Mas não durma!
A maioria de nós esqueceu como sonhar, como imaginar como nossas vidas poderiam ser. Trocamos nossa capacidade criativa por segurança. Hoje em dia, as mudanças que estão acontecendo no mundo são, simplesmente, o despertador universal nos despertando, nos convidando a nos lembrar de nossos sonhos e esperanças. Qual seria minha vida ideal – não em termos específicos de trabalho, carro, casa e companheiro. Ao invés disso, preciso imaginar a qualidade de minha vida, o preenchimento que o trabalho me traz, o amor presente em meus relacionamentos, a segurança que possuo em todos os níveis. É o momento de perceber que, além de nós que somos os arquitetos de nossas próprias vidas, existe uma inteligência muito maior e mais ilimitada atuando no universo, e ela irá superar nossas expectativas se confiarmos nela. Quanto mais mantermos o sonho em nossa consciência, mais nos tornamos alerta para as coincidências ou sincronicidade que estão acontecendo ao nosso redor, com o objetivo de nos levar na direção do nosso sonho. (Conte-se o seu sonho por escrito e leia-o três vezes por dia como uma forma de se relembrar da vida que você está criando com a ajuda do drama da vida).
Chave 4 – Quando as regras não mais se aplicam, apenas os princípios permanecem
As regras, através das quais costumávamos viver e trabalhar, estão desintegrando. Muitas já não mais relevantes, mas ainda assim, não queremos trocar as velhas regras pelas novas. Precisamos de diretrizes que jamais mudem, não importa quantas vezes reinventemos a nós mesmos e nossas organizações. Estas diretrizes são nossos valores – valores pessoais e valores com os quais concordamos em nossas organizações. Quando ninguém sabe o que fazer (o que é muito comum hoje em dia, não importa sua posição na hierarquia), podemos recorrer aos nossos valores, para definir o caminho a seguir. Identificar comportamentos que teríamos após absorver tais valores é um bom método para nos mantermos no trilho durante a transição para esta nova maneira de tomar decisões.
Chave 5 – Cada um de nós nasceu para servir
Cada um de nós na raça humana está aqui para contribuir com outros seres humanos. Cada um de nós tem alguma coisa peculiar e única que podemos fazer melhor do que qualquer outra pessoa. Como por exemplo, trazer conforto para aqueles que estão sofrendo, ou alegria para a vida das pessoas, ou clareza para situações confusas, ou soluções práticas para problemas.
Quando reconhecemos nosso propósito de ser e combinamos isto com uma atitude de contribuição ou serviço, então, a experiência que temos em nossas vidas é de felicidade. E é claro que, a premissa básica de ação/reação, aquilo que se planta se colhe aplica-se, e uma vida de serviço tem como recompensa profundo preenchimento e profundo senso de propósito.
Este propósito serve como leme em momentos cruciais de mudança.
Chave 6 – Não está destinado que viajemos sós
As vezes, ainda que tenhamos vontade de fugir das pessoas, especialmente quando não temos um bom relacionamento com elas, isto não é possível. Faz parte do jogo que estejamos nos relacionando, em contato com outros. Contudo, devido a nossa insegurança por não sabermos quem realmente somos (veja chave 1), acabamos nos afastando dos outros e com isto, limitamos nossa capacidade de aprender. O método mais destrutivo que optamos para fazer isto, é o de julgar, criticar a nós mesmos e aos outros. Ao primeiramente aceitar a nós mesmos por quem somos, do jeito que somos, seremos capazes de aceitar outros como eles são, com seus pontos fortes e fracos. Ao entender que podemos apenas mudar a nós mesmos, será fácil perceber que cada um doa o melhor de si, naquele momento. Quanto mais nos experimentamos como sendo moldados pela vida ao invés de criticados pelo que somos, mais motivados estaremos em começar o processo de autotransformação. Quando não mais nos sentimos sob pressão, o sentimento de estarmos seguros e portanto, preparados para perceber nossos próprios pontos fracos. Este fato é praticamente universal em sua aplicação. Há o ditado, ‘diga a alguem quais são suas especialidades e no espelho de suas especialidades eles verão suas próprias fraquezas’.
Chave 7 – Mantenha-se nutrido para ser capaz de nutrir suas metas
Hoje há uma ênfase excessiva nas ações como agente de nosso destino. Esquecemos de que somos a energia presente por detrás da ação, e que, se estivermos mal nutridos não podemos ter a expectativa de que nossas ações sejam tão frutíferas quanto deveriam ser. Há total desentendimento em relação a tempo, prazo de entrega e estar ocupado. Estamos correndo atrás do tempo, ao passo que tudo de que precisamos é reconectar com nosso próprio centro de poder e o tempo se tornará nosso servo. Tudo em nossa vida está absolutamente relacionado ao nosso próprio estado interno. Quando criamos tempo (porque certamente ele não vai sobrar) para encontrar estabilidade interna ao criar momentos de silêncio em nossas vidas, torna-se evidente como as situações em nossas vidas se reconfiguram para refletir o centro de quietude. A vida se torna mais saudável e ordenada, fluindo com facilidade e precisão. Esta é a mais importante das 7 chaves, porque sem silêncio não é possível compreender as outras chaves completamente. Cada um de nós merece nutrir bem sua vida, e ninguém mais pode fazer isto por nós. Nós mesmos temos que fazer isto. Contudo isto significa tornar isto uma prioridade. Certamente vale a pena experimentar. Tente e veja o que acontece.
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Caroline Ward promove treinamentos de liderança e trabalha com o programa internacional de mulheres, As quatro faces da mulher. Caroline pratica e ensina meditação há mais de 15 anos. Caroline foi uma pioneira ao trazer a Inteligência Espiritual e a arte às empresas na Austrália.
Foto: disponibilizada por Pixabay