A concentração faz bem!

A concentração faz bem!

A concentração faz bem!

A dispersão é um amplificador dos problemas e das dificuldades.
Quanto mais dispersão, mais desperdício de energia e mais distanciamento do foco.
A identificação de problemas ou da raiz das dificuldades geralmente é simples, mas um instrumento se mostra importante: a concentração.
A concentração é um instrumento importante, que atua como um provedor nas soluções de problemas e um fornecedor de combustível para a superação de obstáculos.
Como?
Ajudando-nos a deixar de lado o desnecessário e o superficial, o aparente e o supérfluo, o ilusório e o prescindível, dando-nos energia para manter o foco no que é relevante e importante.

Sem foco não há concentração e existirão grandes chances de haver dispersão. Gasta-se muita energia e recursos e há o risco de se passar próximo da solução sem, nem mesmo se aperceber dela.

A concentração é vital no processo de elevação da consciência.
Sua ausência acarreta ansiedade e desgastes.
Sua prática leva a possibilidades notáveis: a expansão da consciência é uma delas. Só após existir concentração é que pode haver a expansão da consciência – com qualidade.
Voltar-se para dentro é o passo inicial para tal; e um passo importante na jornada para a maestria da própria vida.

De fato, a maestria de nossas vidas passa pelo reconhecimento e aprendizado de nossos valores intrínsecos, de nossas qualidades inatas, de nossos poderes latentes e de talentos pessoais que devem ser desenvolvidos.
Isso tudo só pode aflorar após o reconhecimento destes aspectos, e da aprendizagem no uso deles. Só então teremos referências para restringir nosso foco sem cair na armadilha da dispersão e excesso de focos, que, em verdade, resulta em não ter foco algum.
A concentração nos ajuda nessa caminhada. Sem concentração não se chega a lugar algum.

Quando somos capazes de experimentar nossos valores intrínsecos e qualidades inatas, nossos poderes latentes e talentos pessoais; aprendendo a conviver com eles intimamente é que eles se tornarão naturais. Então, eles passam ser usados na dose certa e no momento certo, espontaneamente e em essência, muito mais que na forma e, certamente, sem necessidade de show externo.

Conscientes de quem somos e de nossos atributos, é que a expansão da consciência e de toda energia que dela deriva poderá acontecer; levando então o brilho da luz que nos envolve a todos aqueles que conosco entrarem em contato, através de qualidades, valores, poderes ou talentos que serão expressos em simples olhares ou simples atitudes.

Quando assim nos expressamos, sentimos a origem das manifestações elevadas – Deus e a semente de luz que somos. Sentimos nossa essência espiritual e pacífica.

Como nos ensinaram os sábios, no fundo, na nossa essência, somos seres espirituais vivendo na forma física, somos seres de luz espiritual conduzindo corpos físicos. Nossas manifestações são formas de expressão nascidas de acordo com o estado de nossa consciência. Se restringimos nosso estado de consciência ao nível material,  nosso entorno será o da materialidade, com as restrições e perturbações, ansiedades e preocupações que decorrem deste nível. Ao ascendermos nosso estado consciencial a níveis mais elevados, naturalmente novos níveis mentais são experimentados, proporcionando maior estabilidade e harmonia internas. Em estados assim, nos aproximamos de nossa verdadeira natureza espiritual e passamos a dar expressão ao nosso melhor, em termos de  valores, qualidades e poderes e  talentos pessoais.

Entre a expansão e a dispersão há uma margem tênue que, se não percebida, nos conduz a direções completamente diferentes. Uma nos integra com o todo ao nosso redor com consciência e harmonia, a outra nos conduz ao agir de modo insconsciente e com desperdício de nossos recursos; uma nos sintoniza com o que é relevante, a outra nos distancia do que realmente interessa e deveria ser valorizado. A expansão da consciência nos conecta com a nossa origem e nos mostra o caminho para nossa elevação futura, enquanto a dispersão nos distancia de nossa origem e nos afasta do que pode nos elevar.

A perda da concentração e tudo que acarretou essa perda nos levou a nos conectar com cada aspecto manifestado e não com o que era responsável por tal manifestação.
O momento é o de restabelecer conexão com a semente que a tudo gerou.
Começando por buscar isso interiormente.
A essência ainda tem seu aroma vivo. Quanto mais nos aproximarmos dela, mais o sentiremos. Esse aroma não é físico e não necessitamos usar instrumentos externos para sua busca.

O coração identifica essa mensagem de forma clara.
Ele contém o saber, para identificar e nos mostrar a essência que buscamos.

A concentração dos pensamentos deve ser dirigida ao aconchego do coração, para lá repousar e se deixar estar, como que viajantes confortavelmente acomodados em um veículo que os levará à essência buscada. Esse é o caminho para sentimentos elevados e conexão com Deus e com todos aqueles que estão sintonizados com Sua luz.

Com o acessar da essência genuína e através de “insights” surgidos naturalmente, haverá o desdobramento das qualidades, potencialidades , virtudes e talentos.
Quando há concentração, os frutos se manifestam.
A expansão da luminosidade, que a tudo pode clarear, nasce de uma fonte de luz. Uma única lâmpada ilumina a todo um ambiente.

Devemos colocar a nossa mente à disposição de nosso coração e não o contrário.
O coração está capacitado a nos conduzir a essa fonte de luz que, como num lance de mágica, pode dar clareza a tudo que antes estava obscuro ou confuso.
Mas, para o desenvolvimento da prática da concentração, os pensamentos devem ser retirados das aparências do mundo exterior. Esse é o esforço maior que deve ser praticado, de tempos em tempos: voltar-se para dentro, concentrando-se como um cristal que guarda toda sua essência dentro de si, e então, depois, expandir sua luz ao mundo exterior, através de sua própria expressividade natural.

Autor: H. S. Silva
Livro: Intuição.com – Reflexões Para Viver uma Vida Melhor
site intuicao.com
Foto: disponibilizada pelo banco de imagens do site Morguefile