Neste período em que se celebra a marca de 108 anos da publicação de um dos trabalhos mais relevantes de Eisntein, da apresentação final da Teoria da Relatividade Geral*, que teve seu início em 2005**, mas só foi finalizada em 2015, aqui compartilho o texto ‘Einstein era Intuitivo?’, que pode ser encontrado em um dos capítulos de meu livro “Intuição Para Viver uma Vida Melhor – Em Perguntas e Respostas“.
Vamos ao texto:
EINSTEIN ERA INTUITIVO?
Einstein costumava fazer experimentos com pensamentos regularmente, como prática pessoal. Muitas de suas brilhantes ideias e teorias nasceram do conhecimento que ele tinha como brilhante físico teórico que era, mas junto com este conhecimento ‘pensamentos especiais’ deram vida a visualizações e imaginação que o permitiram conjugar tanto os lados conceitual e objetivo – nascidos de seu profundo conhecimento, quanto os lados sensível e intuitivo, que possibilitaram a ele trazer à tona ideias revolucionárias em sua área, as quais são, ainda hoje, parte do cotidiano de nossa sociedade.
Através de insights e abertura das portas da criatividade e da imaginação, Albert Einstein, um dos mais marcantes gênios do século vinte, uniu todo o conhecimento que tinha a insights que se mostraram altamente eficazes, redundando em teorias que revolucionaram o mundo científico.
Em 1905, através de seus insights e suas práticas com o experimento com os pensamentos, em um único ano, publicou vários artigos científicos, algo que outros gênios não conseguiriam em toda uma vida e, mais que isso, mostrou ao mundo que tudo que se pensava saber sobre o espaço e tempo, e matéria e energia estava errado, e ele mostrou o porquê. Aquele ano é conhecido como o ‘Annus Mirabilis’ ou Ano Miraculoso de Einstein.
Einstein foi uma pessoa muito aberta a várias áreas que iam além do mundo científico. Suas incursões sociais como pacifista o tornaram membro da Liga das Nações que foi a precursora da ONU. Quando reeleito para o Comitê para a Cooperação Intelectual, em carta para o secretário-geral da Liga das Nações, datada de 25 de junho de 1924, escreveu de próprio punho: “À luz de meu comportamento passado, a eleição significa um ato de especial generosidade espiritual, o que em consequência me enche de alegria.”
Uma característica especial de Einstein é lembrada pelo historiador Simon Veille. “Foi em casa que ele aperfeiçoou sua educação judaica. Aos dez anos, tornou-se profundamente religioso: recusou-se a consumir carne de porco, cobrou mais rigor dos pais, compôs salmos à glória de Deus que recitava a caminho da escola.”
Algo que nem todos lembram e que, de alguma forma, mostra a amplitude de possibilidades que sua vida proporcionou é que, em 1952, com a morte de Chaim Weizmann, amigo de longa data de Einstein, e então, presidente de Israel, o primeiro-ministro israelense na época, Bem Gurion, propôs a Einstein a presidência do Estado de Israel, o que, conforme é sabido historicamente, Einstein não aceitou.
Na música, Einstein reafirmava sua sensibilidade e abertura a interesses que uma pessoa puramente racional jamais teria. Certa vez deu uma declaração que surpreendeu a muitos que não o conheciam proximamente: “Se não fosse físico, acho que seria músico. Eu penso em termos de músicas. Vejo minha vida em termos de música.”
Nos seus ‘experimentos com os pensamentos’, era comum ele passar dias inteiros sem contatos com ninguém, em silêncio, como se fosse um monge ou um iogue fazendo experimentos em seu laboratório mental.
O lado sensível de Einstein, junto de sua abertura mental e seu elevado nível de conhecimento possibilitaram a ele descobrir uma ponte que o ajudou a agregar sua capacidade mental e todo o conhecimento que tinha; algo dele próprio, com a intuição, que, talvez o tenha levado a experiências de consciência que só ele próprio poderia dizer, e, como resultado, talvez tenha dado a ele uma visão cósmica que o fez transcender muito do que se pensava saber no mundo da época, na física e, quem sabe, em várias outras áreas com as quais ele contribuiu. Portanto, sim! Einstein era bastante intuitivo!
O fato é que, Einstein, além de possuir alta capacidade racional, com muito conhecimento científico, também era uma pessoa de muita sensibilidade, de crenças espirituais e gostava de artes. Ele, de algum modo, conseguiu conectar os dois lados – o racional e o intuitivo, tornando-os aliados, entendendo que eles somavam, se completavam. E, como menciona a revista ‘Enciclopédica’ de outubro de 1969, “Einstein se aproximava dos antigos mágicos, alquimistas e taumaturgos, em virtude de seu pensamento intuitivo e não meramente analítico”.
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Fonte: Capítulo 25 do livro: INTUIÇÃO PARA VIVER uma VIDA MELHOR – Em PERGUNTAS E RESPOSTAS
autor: H. S. Silva
Material pesquisado: Artigos do historiador Simon Veille, Revista História Viva, de agosto de 2006; Revista Enciclopédica’ de outubro de 1969; Einstein for Beginners, de autoria de J. Schwartz e M. McGuinness; Fatos conhecidos sobre Einstein encontrados em material diversificado sobre Einstein.
* Teoria da Relatividade Geral: Versão final apresentada à Prussian Academy of Sciences em 25 de novembro de 1915.
** Teoria da Relatividade Especial: apresentada 1905
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