Solução de conflito
Publicação Purity*.
Não existem dois seres humanos iguais. Todos diferem em suas aparências, traços de personalidade, desejos, interesses, necessidades. Vivendo em sociedade, ao ajustar-se e adaptar-se uns aos outros, os conflitos são inevitáveis. São experimentados tanto nas famílias como nos locais de trabalho. Pode haver conflitos entre departamentos e dentro dos departamentos. No nível macro, isto também pode ser visto entre as nações.
Conflito pode ser definido de várias formas. Para alguns, ocorre quando os recursos disponíveis são escassos. Verifica-se também que os conflitos ocorrem sempre que as metas e atividades são incompatíveis devido à diferença de valores, atitude e interesses.
Qualquer conflito pode ser estudado através de três ângulos: situação de conflito, atitude de conflito e comportamentos de conflito.
É essencial distinguir a existência de um conflito de suas manifestações comportamentais.
Conflito é visto tanto como positivo, quanto negativo e disfuncional. Aqueles que mantêm a segunda opinião consideram que ele deve ser evitado e prevenido. Muito frequentemente, conflitos estão associados às formas violentas de comportamento, o que é sempre verdadeiro. Comportamento violento é apenas uma das formas de lidar com os conflitos. Ao estudar as causas do conflito, uma distinção deve ser feita entre o fenômeno do conflito e as várias formas de comportamento a ele associadas.
Comportamento não é conflito. Ele surge do conflito. É evitado porque gera sentimentos desconfortáveis e, além disso, comportamento violento não é o único modo de resolver conflitos. Pode haver vários outros meios de lidar com conflitos, como debater, discutir e levar a questão à justiça.
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O conflito, sob um ângulo positivo, pode gerar novas e melhores maneiras de fazer coisas, resultando na formulação de novas alianças e fortalecimento de amizades.
CAUSAS DE CONFLITO
Conflitos podem ser causados devido à diferença de valores, colisões de interesses, necessidades não preenchidas, relacionamentos passados, informações errôneas e assim por diante.
Conflitos sobre valores: Diferenças de ideologias pessoais e valores são a causa mais comum de conflitos. Deste modo, os capitalistas diferem dos comunistas, os muçulmanos dos hindus e cristãos.
Conflitos de interesses: Às vezes, um conflito surge devido à oferta limitada em relação à grande demanda. São vistos na forma de competição sobre recursos escassos, por exemplo, dinheiro, empregos, terra e assim por diante.
Conflitos de necessidade: percepção e comunicação errôneas, frequentemente se tornam responsáveis pelos conflitos. Percebemos a realidade do nosso próprio modo, exagerando o que se encaixa na nossa estrutura de pensamento. Como se trata de uma visão parcial, resulta em conflito.
Relacionamentos passados e negativos: Às vezes, quando experiências passadas em relacionamentos não são agradáveis, a amargura tende a continuar, mesmo na inexistência de nenhum conflito. Nenhum conflito é causado por um único fator. Vários fatores ou a combinação de todas as causas podem ser responsáveis por conflitos. Mas uma coisa é certa: não se deveria permitir que os conflitos fossem prolongados, de outro modo torna-se difícil resolvê-los.
GERENCIANDO CONFLITOS
Geralmente, conflitos são trazidos perante um tribunal, onde as partes podem esperar justiça. Da mesma forma, parlamentos, legislaturas estaduais, assembléias são também meios para debater questões conflitantes.
Um dos modos populares de resolver conflitos é através de negociações. Através do processo de comunicação, um acordo mutuamente aceitável é atingido. A negociação visa preservar o relacionamento funcional entre as partes conflitantes e satisfazer os interesses de todas as partes.
ALGUNS PRINCÍPIOS DO BOM GERENCIAMENTO
Focar-se no acordo que se deseja atingir.
Manter bom relacionamento funcional com as partes envolvidas.
Ser gentil com as pessoas, mas duro com o problema.
Não confiar na outra parte, enquanto não se obtiver acordo.
O foco deveria ser sobre a questão e não sobre o negociador.
É necessário entender o problema a partir do ponto de vista dos outros. Deste modo, a outra parte concordará com as sugestões feitas.
Não coloque a culpa na outra parte.
Escute ativa e atentamente.
Fale apenas sobre si mesmo. Evite falar sobre a outra parte.
É essencial uma reflexão e introspecção profunda sobre seus próprios interesses, antes de entrar na negociação. Isto dá oportunidade de entender o problema completamente.
Questões de exploração que podem ser feitas para o eu:
1 – Porque quero isto?
2 – Porque não faria aquilo que é exigido de mim?
3 – Porque a outra parte não faria aquilo que é exigido dela?
Para obter bom resultado, é necessário satisfazer a necessidade da outra pessoa. É necessário alargar o leque de opções antes de decidir. Fazendo isto, as chances de chegar a um acordo são aumentadas. Enquanto se negociam precedentes, decisões na justiça, padrões profissionais, tradição, reciprocidade, os padrões morais deveriam ser mantidos em mente.
Regra de ouro: Deve-se ser razoável, mas não ceder à pressão.
QUALIDADES QUE FAZEM UM BOM NEGOCIADOR
Habilidade de ouvir.
Integridade.
Paciência.
Habilidade de expressar pensamentos verbalmente.
Habilidade de pensar sob pressão.
Decisão do poder de julgamento.
Conhecimento do assunto.
Habilidade de preparação e planejamento.
Uma mente pacífica e calma.
Om Shanti (saudação de paz)
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Fonte: *Purity, Publicação da Organização Brahma Kumaris na Índia.
Foto: disponibilizada por Morguefile