Compartilhar, a base do Software Livre.
Este é um texto que pode e deve ser lido mesmo que você não seja ligado ao mundo da tecnologia.
Não sou nenhum especialista em tecnologia de informação, o que compartilho aqui é inspirado em reflexões com amigos que pensam o futuro da tecnologia como parte de uma nova filosofia de vida, em que compartilhar o conhecimento será o padrão, como o Campos, o ‘Guruzinho’, o Zé Márcio e todos que me apresentaram a filosofia e a tecnologia do software livre e que usam software livre há muito tempo.
Programas de computador que podem ser usados, copiados, estudados, modificados e redistribuídos sem nenhuma restrição – isto é o que significa Software livre, respeitando os termos da Free Software Foundation.
Parece pouco?
Pois bem, constitui a diferença entre compartilhar, estabelecer elos de cooperação e contribuições voluntárias ao redor do globo ou tornar-se dependente de empresas proprietárias e, cada vez mais, ficar à mercê de vontades e controle das mesmas – isto além de torná-las mais e mais ricas.
O software livre não constitui apenas uma escolha técnica, penso que transcende este aspecto, que em muito supera as expectativas mais exigentes, mas além deste aspecto, constitui uma escolha do que queremos para nós mesmos – liberdade ou dependência, cooperar ou ser controlado? Esta escolha constitui um passo que refletirá não só para nós mesmos, mas para nossos alunos, nossos filhos, amigos e servirá de modelo para as pessoas ao nosso redor.
Quantos professores ou palestrantes – sem perceber, quando vão fazer uma apresentação ou conduzindo uma aula, usam o nome do programa de apresentação “o meu PP”– esquecendo-se de que aquilo constitui uma propaganda direta e o estabelecimento de um padrão aos que o ouvem. Fica aqui uma sugestão: digam: a minha apresentação – e não “o meu PP“, a não ser que, deliberadamente você queira fazer propaganda do tal software, o que creio não ser o caso.
É bom lembrar que a escolha pelo software livre não é uma questão de ser contra determinadas empresas proprietárias, mas é uma questão de ser a favor de estabelecer uma nova atitude e postura comunitária que fazem uso de tecnologias baseadas na cooperação e na ação de compartilhar, voluntária e conscientemente – ou seja, uma nova forma de fazer negócios.
Conforme a conceituação da Free Software Foundation um software é considerado como livre quando respeita quatro tipos de liberdade:
1- A liberdade para executar o programa, para qualquer propósito;
2- A liberdade de estudar como o programa funciona, e adaptá-lo para as suas necessidades, tendo inclusive acesso ao código-fonte;
3- A liberdade de redistribuir cópias;
4- A liberdade de aperfeiçoar o programa, e compartilhar os seus aperfeiçoamentos, de modo que toda a comunidade se beneficie.
A ideia aqui é a de lembrar às pessoas que estejam fora do universo de TI, como eu, mas fazem uso das tecnologias – (e quem não faz?), de que existem bons produtos por aí que estão disponíveis e são livres para serem usados. Aprender a usá-los é mais simples que imaginam. Experimente e verá!
Herbert Santos Silva
site Intuicao.com