Reflexão sobre escolhas.
Talvez o mais desafiador dos atributos de nossas vidas no planeta seja o livre-arbítrio.
O atributo de escolher, de decidir, de fazer ou não, de simplificar ou complicar, de “ser” ou “não ser” seu melhor, tudo é uma questão de escolha pessoal.
Na caminhada da aprendizagem, percebemos que fatores como: ter consciência ou não; ter conhecimento ou não; saber ou não, fazem diferença.
Observamos que um mesmo ato, feito inconscientemente ou por desconhecimento, tem menos “peso” que em relação a quando se escolhe fazer o mesmo ato, mas com consciência, com conhecimento.
No caminho da aprendizagem notamos que, quando uma escolha é feita, há o exercício de um direito e também de um dever. E ambos se inserem nos contextos de nossas vidas naturalmente; eles não se inserem com ‘etiquetas’ que o classificam como ‘dever’ ou como ‘direito’, mas de algum modo, de forma natural – simplesmente vemos que tanto o direito, quanto o dever; tanto o benefício, quanto o ônus; tanto o usufruto, quanto o esforço fazem ou fizeram parte daquela escolha.
Percebemos que quando uma decisão ou escolha é feita, “algo” interior se transfere para o mundo exterior. Quando isto ocorre há uma influência “consciente” no mundo exterior e também no interior. De alguma forma, através da escolha que fazemos, mudamos o mundo ao nosso redor, percebamos ou não isso acontecendo e afetamos nosso nível de consciência elevando-o ou não, dependendo da escolha que fazemos.
O fato é que o mundo em que vivemos é resultado de nossas escolhas – como seres humanos, que agregam ou separam, multiplicam ou dividem, somam ou diminuem o estado de harmonia em nosso planeta.
Quando a pessoa age mecanicamente, ela acaba por trazer algo de fora para dentro e é influenciada pelo exterior, inconscientemente.
Essa sutil diferença – entre agir conscientemente ou inconscientemente, pode resultar em uma ação consciente ou uma ação “mecânica” ou inconsciente.
Essa diferença é um fator que afeta o nível de harmonização, tanto no âmbito pessoal, quanto no âmbito externo.
Na medida em que não se faz o que reflete a verdade, na ação, e, ainda por cima, trás algo de fora para dentro, há o desequilíbrio e a pessoa se enfraquece.
Escolher, decidir ou optar por uma atitude representam atitudes vitalizadoras para o ser – mesmo que, por vezes, o processo seja um pouco desgastante; mas o fato é que o exercício do poder de escolher, de decidir ajuda a alimentar o nível de harmonização num mundo caracterizado pelas ações.
Cada escolha é, por si só, um desafio, por apresentar a chance do “novo” ser criado a cada momento. O que não ocorre se a pessoa, por falta de consciência e de atitude, deixa-se influenciar pelo que vem de fora; ou mesmo, deixa de ‘pensar‘ no que é o melhor a fazer por sua passividade interior.
A aprendizagem passa por escolhas e decisões – passa pelo exercício do ‘poder’ de escolher e decidir e conduzem a uma vida de maior ou menor amadurecimento, mais ou menos harmonia; mas uma coisa é certa, sempre haverá aprendizagem.
texto: herbert santos silva
site: intuicao.com
imagem: pixabay