Para sua leitura e reflexão apresentamos o Capítulo 2 completo do livro ‘INTUIÇÃO– VIDA MELHOR’ intitulado ‘INTUIÇÃO: TRÊS PILARES DE SUSTENTAÇÃO’. Aprecie e reflita!
Capítulo 2
Intuição – três pilares de sustentação
No índice abaixo, para ir direto a algum dos subcapítulos, basta clicar no título.
Índice do Capítulo 2
INTUIÇÃO: TRÊS PILARES DE SUSTENTAÇÃO
2.1 Como se dá o acesso da razão e da intuição às informações?
2.2 Existe uma chave para o despertar da intuição?
2.3 Que portas a intuição nos abre para uma vida melhor?
2.4 Banhos de humanização confluem para a intuição se manifestar?
2.5 Quais são os pilares de sustentação da intuição?
2.6 Que trilhas percorrer para a intuição florescer?
2.7 É possível usar a intuição conscientemente?
2.1 Como se dá o acesso da razão e da intuição às informações?
Tanto a razão quanto a intuição pode acessar “informações” internas, adquiridas, seja pela experiência passada, pelo estudo ou leituras etc., assim como podemos acessar informações que estejam externamente.
Podemos fazer uma analogia: quando usamos a razão, acessamos arquivos internos, que contêm aprendizagens, experiências, conhecimentos etc.; estão em nosso “HD” interno, ou buscar informações em locais externos, mas conhecidos como fazemos quando buscamos uma informação em buscadores como Google, Yahoo etc., onde são indicadas as referências e fontes.
Com a intuição essa busca não é feita de maneira racional nem baseada em fontes específicas; pelo menos não da forma como fazemos com a razão. A intuição nos possibilita acesso a informações de forma direta e espontânea e de fontes desconhecidas.
Enquanto a razão é usada para entender, compreender e construir conhecimentos, soluções, ideias ou criações por meio de sintonia e processos estabelecidos racionalmente, com o foco no que estamos buscando conscientemente, a intuição parece funcionar de maneira similar, só que baseada em processos não racionais nem conscientes.
Pode-se dizer que os “pensamentos racionais” são os instrumentos de trabalho da razão, enquanto os “pensamentos intuitivos” (ou intuições), são o instrumento de trabalho da intuição. Por meio da razão se dá o ato de pensar e raciocinar, enquanto que pela intuição ocorrem os atos de intuir e ser intuído.
2.2 Existe uma chave para o despertar da intuição?
Imagine uma pessoa subindo até o topo de uma montanha e, ao chegar lá, em vez de apreciar a vista, ela continua a pensar nos seus problemas, preocupações, contas etc. O que isso representa? É como se o que estivesse ao alcance da sua visão simplesmente não existisse. Esse exemplo representa uma realidade que não é tão distante de muitas experiências no nosso cotidiano. Quando algo nos é apresentado, seja o cenário ou as pessoas que encontramos no caminho, se estamos atribulados ou preocupados, sequer notaremos o que se afigura. Em síntese, para a pessoa que chegou ao topo da montanha, de nada adiantaria estar ali.
Até o momento em que a pessoa percebe que a sua atitude mental é importante e faz diferença, poucos presentes da vida, sejam paisagens, ensinamentos ou percepções, serão aproveitados por ela. Nesse ponto, vale atestar que a primeira chave para o despertar da intuição, a qual é imprescindível é: estar aberto a aceitá-la. Se a pessoa refuta a sua manifestação, seja pelo motivo que for, como consequência, haverá a rejeição a quaisquer intuições que possa receber.
Há várias maneiras de efetuar essa rejeição, algumas geradas com o apoio de pensamentos racionais, outras por incredulidade, outras por desarmonia interior e outras por excesso de preocupações ou ainda por desconhecimento. O fato é que com a negação da intuição não há como despertá-la e, por isso, não haverá o passo seguinte, que é perceber e colher quaisquer que sejam os frutos gerados pela intuição.
A partir da chave inicial de abertura à manifestação da intuição, um segundo requisito deve estar presente: é o ato de desobstruir o canal da sensibilidade. É como se ao abrir a porta da mente ainda houvesse alguns obstáculos que devem ser removidos para que a sensibilidade seja ativada e fortalecida, e possa fluir naturalmente.
Há vários meios para a desobstrução do canal da sensibilidade, muitos deles serão abordados no decorrer deste livro mas pode-se dizer que há uma chave-mestra que abre os canais da sensibilidade. É o estado de paz interior! Sem medo de errar, o meio mais eficaz para ativarmos os canais da sensibilidade, com segurança e serenidade, é por meio do resgate do estado de paz interior. A partir daí a intuição possibilita a sintonia com outras fontes abastecedoras de pensamentos, ideias, respostas, percepções, pressentimentos, visões, insights etc., que se dá, podemos dizer, por meio da sintonia com fontes intrínsecas ou extrínsecas, que estão tanto em níveis profundos da nossa consciência quanto nos níveis externos, pairando nos “ares” dos possíveis universos que existem ao nosso redor. Processos ainda pouco conhecidos por nós.
Sob o prisma da integração universal isso é algo maravilhoso, mas sob um prisma puramente racional, a insegurança prevalece nas mentes de muitos ainda. Há que se entender que o tema “intuição” é novo para muitas pessoas que têm dificuldades até mesmo de pensar nele. A explicação é simples: como abordar um tema sem se apoiar em explicações racionais?
Quando as pessoas realizarem que “intuir” é tão natural quanto “pensar”, e que ambos se complementam, elas mudarão a sua forma de viver e de se relacionar com os outros e com a natureza. Sim, chegaremos ao ponto desse nível de mudança, pois a intuição é um instrumento que simplifica a nossa forma de perceber e ver, de entender e interagir, de pensar e sentir. Essa realização é pessoal e acontecerá quando a pessoa começar a se habituar a usar e a escutar a sua intuição.
Há vários meios desse processo acontecer. Depende de cada pessoa e de sua jornada de vida, mas a chave-mestra, que sempre poderá ser utilizada sem medos e contraindicações é a da paz interior. Esta é uma chave que, definitivamente, ajuda no despertar da intuição.
2.3 Que portas a intuição nos abre PARA UMA VIDA MELHOR?
Há portas que conduzem a encontros e há aquelas que levam a desencontros. Como saber quais são as que abrirão possibilidades para o bem e para viver uma vida melhor?
Deixar à própria sorte é sempre possível; seguir tendências é ainda mais fácil, mas é o melhor caminho a escolher? Há uma escolha que pode não ser a mais provável, mas que pode ser a melhor e está em nossas próprias mãos, depende apenas de nós mesmos. É a escolha de abrir as portas da nossa própria “humanização pessoal”. O caminho para “sermos” melhores, segue essa direção. Primeiramente, é uma porta que abre para dentro, para só depois abrir-se para o que está fora. O caminho de dentro para fora é o mais natural e óbvio, mas nos desacostumamos de percorrê-lo; acabamos nos acostumando a ficar “fora” o tempo todo. O fato é que isso desgasta e distorce realidades e percepções.
Enquanto as portas para a própria “humanização pessoal” não forem abertas, as pessoas não conseguirão “ir para dentro” e sentir, para então agir, crescer e amadurecer como “seres humanos”. Ao permanecer “fora”, em termos de atitudes, as formas de pensar e de se relacionar com os outros, acaba por tornar a pessoa insensível e mecanizada como um robô. Esse é o caminho dos desencontros que bloqueia a intuição e afasta as pessoas do que elas têm de melhor dentro de si.
Se há uma porta que não pode permanecer fechada é a da sensibilidade humana. Uma consideração vital, não só para o despertar da intuição, mas para a nossa sobrevivência como seres humanos, é que a sensibilidade humana não pode ser ignorada a preço de prejuízos em todos os campos da vida em nosso planeta. Sem sensibilidade não pode haver fraternidade e amor, sabedoria e generosidade; não haverá vida verdadeira sem paz, não haverá razão ou intuição a ser manifestada.
Pode parecer paradoxal um ser humano viver de maneira a esquecer a sua natureza humana enquanto desempenha atividades, mas isso acontece com mais frequência do que se imagina. O fato é que a intuição tem a ver com a sensibilidade e esta tem a ver com o fato de sermos mais “humanos”.
Quanto maior o “grau de humanização”, maior o grau de consciência de que somos humanos e, portanto, falíveis; cada um com sua limitação e fraqueza. Isso é parte da vida e não “falhas” que não deveriam existir e por isso devem ser “escondidas”. Entender e aceitar tal fato promoverá a interação da pessoa com a vida, de forma verdadeira, natural e positiva.
Quando expressamos sentimentos verdadeiros em nossa vida, começamos a nos entender como ser e não como máquinas de agir; esse é o caminho mais natural para que a intuição se manifeste. O caminho da aprendizagem humana é o caminho de todos nós que estamos no planeta, e a sensibilidade é parte vital desse processo.
Se há ausência de sensibilidade, a intuição não será percebida nem mesmo considerada. Se fazemos tudo mecanicamente, como um autômato, sem motivação, sem entusiasmo, sem um espírito por trás das ações, ou se estamos com raiva, ciúme ou tendo atitudes agressivas e gananciosas, outras percepções podem surgir, mas com certeza não será a intuição. Esse mesmo processo também acontece com a razão.
Sobre a importância da sensibilidade, vale lembrar o quanto ela é desvalorizada socialmente; o quanto é distorcida e superficialmente confundida com fragilidade. Em verdade, sensibilidade só existe em almas fortes espiritualmente. Socialmente, a distorção tem ocorrido, mas é um equívoco que não pode perdurar.
A sensibilidade abre as portas para vermos com nosso olhar humano-espiritual, capacitando-nos a sentir como parte do todo, e isso inclui sentir como o outro se sente. Isso nos possibilita experimentar empatia e interagir de forma apreciativa e colaborativa, em vez de uma forma crítica e julgadora.
2.4 – Banhos de humanização confluem para
a intuição se manifestar?
Em termos práticos, independentemente do nível humano-espiritual em que estejamos, de tempos em tempos, todos temos que tomar uns “banhos de humanização” para não nos tornarmos verdadeiros seres robotizados, que não sentem e não percebem nada além do que orbita nas nossas realidades pessoais ou do que compõe nossas rotinas diárias.
Há diferentes níveis de “banhos de humanização” que podemos experimentar. Num primeiro nível podemos caracterizar como atividades salubres no nível mental; têm a ver com empreender ações naturais e simples, como olhar nos olhos das pessoas, apreciar a natureza, respirar profundamente e sem pressa, beber água com calma, olhar o céu ou ver o pôr do sol, ou ler livros, sentir os poemas que lê, sorrir mais, ver pinturas e ouvir músicas que sentimos que nos fazem bem.
São ações saudáveis e harmonizadoras que ativam nossa capacidade de sentir e perceber. Quando colocadas em prática, não por obrigação, mas nascidas da vontade íntima de praticá-las, refletirão em saber como agir de forma proativa, tanto em momentos habituais do dia a dia quanto em situações de comoção popular, quando o sofrimento costuma chocar ou aterrorizar as pessoas.
Um segundo nível de banho de humanização se dá quando ativamos alguns sentimentos mais profundos como o amor ao próximo ou a compaixão, os sentimentos reais de fraternidade ou de caridade. Para que esse segundo nível seja atingido, mais que internalizações se fazem necessárias. Há o requisito de ações concretas. Ou seja, esses sentimentos só terão vida plena na alma humana se colocados na prática. O primeiro passo para isso é o contato com realidades que possibilitem sua expressão, como ajuda comunitária, grupos de prestação de ajuda a necessitados, grupos de apoio a carentes etc. A palavra-chave para acionar a ignição que movimentará esses sentimentos dentro da alma é: envolvimento. Quando isso ocorre, ações e sentimentos ganham vida e a alma cresce espiritualmente.
Não é uma, nem são algumas poucas as pessoas que, após se envolverem em atividades, inicialmente focadas em ajudar outras pessoas necessitadas, relatam: “minha ideia era ajudar, mas eu é que fui ajudada, mais que qualquer coisa.” Eu diria que esse relato é comum a todos, sem exceção, que assumem algum nível de envolvimento em tais ações.
Essas ações, do primeiro e segundo nível, refletirão sentimentos que, em situações de comoção popular, quando o sofrimento costuma chocar ou aterrorizar as pessoas, ou em momentos de caos externo, nos dará a estabilidade íntima para agir de forma proativa e nas condições que se apresentem.
A sensibilidade é uma característica humana, que quando fortalecida a partir de uma base espiritual, é canal para a expressão de inúmeras outras qualidades e atributos que, por vezes, permanecem adormecidos dentro de nós. Um destes atributos a ser despertado, com a abertura da porta da sensibilidade, é a intuição – verificada na prática em situações de crises e momentos de choque para a população em geral –, quando a pessoa é levada a sentir e agir de maneira a transmitir paz e harmonia, e não entrar nas “ondas” predominantes do choque, incompreensão ou tristeza que costuma imperar em tais condições.
2.5 Quais são os pilares de sustentação da intuição?
Pode-se afirmar que a sensibilidade constitui um pilar vital para a manifestação da intuição. Mas há mais a considerar. Quanto mais uma pessoa desenvolve o autoconhecimento, e o aplica em seu dia a dia, mais ele se refletirá em sua consciência. Assim, mais a intuição se fará presente e estará interconectada com as várias dimensões que se manifestam em nosso planeta. Portanto, um segundo pilar fundamental para a alma humana ver a intuição manifestada é o autoconhecimento.
Somando-se a esses dois pilares, podemos dizer, sem medo de errar, que um terceiro sustentáculo vital para a manifestação da intuição em sua plenitude trata-se da paz interior. Quando experimentamos a paz, manifestamos o estado de sermos naturalmente intuitivos, pois de algum modo, quando há paz de espírito, ativamos a capacidade de intuir automaticamente, sem esforço. Obviamente, como humanos, experimentamos variações em nosso estado mental e o estado de paz não é permanente. Pode-se dizer que o estado de paz íntima é um resultado a ser buscado diariamente e, para tal, devemos atentar à qualidade de nossos pensamentos e sentimentos, assim como as nossas ações e reações, pois o estado de paz íntima é responsável por conduzir o espírito humano na direção do bem e do justo.
Quando há a ausência de paz ou quando sentimentos negativos prevalecem, a intuição perde em muito o seu potencial e passa a ser subutilizada; muitas vezes, mal utilizada. Esse mesmo processo também acontece com a razão. Quando há paz interior e harmonia, tanto a intuição quanto a razão passam a ter mais chances de serem melhor utilizadas e as potencialidades que derivam delas se tornam naturalmente acessíveis. Quando estamos em paz conosco, mais elevado é nosso nível de consciência e mais aptos nos tornamos a usar todos os nossos atributos.
O fato é que quando experimentamos a paz interior, não precisamos de muito instrumental para que a intuição se manifeste. Naturalmente, o canal intuitivo se abre e começamos a ampliar nossa consciência, nosso grau de sensibilidade e nosso nível de expressão de autoconhecimento, mudando nossa maneira de interagir com o mundo.
Portanto, podemos afirmar que há três pilares vitais para a manifestação da intuição, que podem ser vistos como pilares que sustentam a intuição em nossas vidas: a paz interior, a sensibilidade humana e o autoconhecimento!
A base para qualquer construção é a estabilidade. E, em relação às nossas vidas, se quisermos estabilidade emocional, mental e espiritual, estes três componentes são vitais.
Pode-se dizer que os três pilares se interconectam e se alimentam dinamicamente entre si. Os três são importantes e o aspecto principal a entender é que por mais que consideremos um deles mais importante que os outros, se não existirem em conjunto – em alguns momentos atuando como um portal que nos ascende a níveis mais elevados de consciência e, em outros, como pilares de sustentação em nossas vidas –, a ausência de qualquer um deles comprometerá nosso desenvolvimento humano-espiritual, assim como causará instabilidade para que os outros dois pilares permaneçam estáveis e atuantes.
Sem a paz interior não há condições de real desenvolvimento do autoconhecimento nem da sensibilidade. Sem sensibilidade humano-espiritual não há como sustentar os estados de paz íntima e o terreno para a manifestação do autoconhecimento será árido e carecerá de saber verdadeiro. Sem autoconhecimento será improvável a sustentação dos estados de paz e os distúrbios no fluxo da sensibilidade serão crescentes e angustiantes.
Em síntese, os três pilares: do autoconhecimento, da sensibilidade humano-espiritual e da paz interior, em conjunto, e atuando dinamicamente, funcionam como um portal para um novo estado consciencial, proporcionando acesso e sustentação a cenários os mais diversos, com equilíbrio, plenitude e satisfação interior; enquanto o enfraquecimento de um deles pode ocasionar até mesmo a supressão dos outros dois, resultando em desarmonia e contratempos que poderiam ser evitados.
2.6 Que trilhas percorrer para a intuição florescer?
Perceber como agimos e como nos comportamos nas nossas relações pode ajudar a mostrar por quais trilhas estamos conduzindo nossas vidas. As trilhas da apreciação, da calma, da fé e da paz interior conduzem ao florescimento de sentimentos de contentamento, de simplicidade, de satisfação, de esperança, de fraternidade, de bom humor, de empatia e de bem-estar; enquanto as trilhas da ansiedade, incredulidade, egoísmo e orgulho conduzem a sentimentos de vazio interior, arrogância, pessimismo, hostilidade, mau humor, antipatia e de mal-estar.
Escolher trilhar caminhos que nos afastam da nossa própria natureza de paz e de aceitação das diferenças que existem entre aqueles com os quais convivemos em nosso planeta, causa desgastes, dissabores e dores que poderiam facilmente ser substituídos por outro tipo de sentimentos, bem mais saudáveis e benéficos a todos.
Escolher trilhar os caminhos da apreciação, da calma e da paz interior resultará na expressão espontânea da intuição, pois tanto haverá espaço para o autoconhecer-se, e para a expressão da sensibilidade, como haverá espaço para desenvolvermos nossas relações com Deus, com a família, os amigos, a natureza, os animais, o trabalho etc.
São simples escolhas, mas fazem grande diferença em termos de destinação a que estamos nos sentenciando. Trilhar os caminhos da apreciação, da calma e da paz interior naturalmente nos conduz ao florescimento de soluções criativas e de percepções que ajudam e geram vitalidade nas relações com a natureza e com as pessoas, com Deus e com a família, com os amigos e com a natureza, com os animais e com o trabalho. Ao fazer essa escolha, praticando-a, percebe-se o florescer natural e espontâneo da intuição.
2.7 É possível usar a intuição conscientemente?
Quem experimenta paz de espírito perde menos energia com ansiedade, preocupações, tensão, instabilidade emocional ou tristeza, isto é fato. Mas não podemos cair na armadilha de considerar que as escolhas se dão apenas no nível do intelecto, que sejam puramente intelectuais. Se assim fosse, bastaria pensar ou dizer “vou experimentar paz de agora em diante” e pronto – a paz surgiria!
Escolhas conscientes demandam esforço, prática e envolvem desafios. O fato é que, quando escolhas conscientes são feitas, elas mudam a forma de viver das pessoas para melhor. Elas fazem parte de algo maior, de um processo que requer mudanças de atitudes, pensamentos e interação com as situações que ocorrem no dia a dia. Essas escolhas promovem mudanças e estas se refletirão em desdobramentos de novas percepções e captações de “ondas” que o radar de uma pessoa meramente materialista não consegue atingir.
Algo que vem sendo confirmado pelos pesquisadores do tema é que pessoas que praticam meditação regularmente há um certo tempo conseguem vivenciar períodos de paz e harmonia interior costumeiramente. Isto não é novidade alguma, mas o ponto a ser percebido é que, além da experiência do estado de paz interior e de harmonia, há a abertura a percepções sutis que promovem a ativação do canal da intuição.
Assim, pode-se afirmar que as pessoas nesse estado conseguem perceber e ver as coisas de maneira diferente de quando estão preocupadas ou tensas. Estar em paz, cultivar e fortalecer esse estado de paz íntima são escolhas conscientes que resultam, naturalmente, na percepção e observação mais lúcidas, que resultam na manifestação natural da intuição.
O primeiro passo para o uso consciente da intuição, que é importantíssimo, só se dá quando há o início do processo que desencadeia o estado de paz interior. Não basta apenas haver experiências de paz ocasionais. Elas fazem bem e são importantes, muito melhor do que não as ter, mas não são suficientes para sustentar o processo que faz a intuição ser estimulada e fluir com abundância e regularidade. Para isso ocorrer, tem que haver o reconhecimento e a valorização do estado de paz pela pessoa, de outro modo as experiências de paz podem ocorrer ocasionalmente, mas não fluirão como deveriam para possibilitar o fluxo dinâmico de paz íntima. Quando há o reconhecimento da importância desse fluxo de paz e a pessoa passa a valorizar a sua manifestação com certa assiduidade, é que o primeiro passo será dado.
Em outras palavras, quando o estado de paz é experimentado dinamicamente, e percebido no nível da consciência como sendo importante pela pessoa que o experimenta, é que ocorreu um despertar interior. A partir daí, será possível experimentar novos estados de plenitude, no nível íntimo, capazes de trazer todos os potenciais à tona. Essa condição não é teórica ou intelectual; quanto mais uma pessoa permanecer em paz consigo mesma, de maneira integrada e espontânea, mais usará todos os seus dons e atributos, sejam eles mentais, físicos, emocionais ou espirituais.
Os potenciais mais genuínos começam a desabrochar e, com o tempo, aflorar e fazer parte do cotidiano, não apenas com a intuição, mas com vários potenciais latentes que podem estar adormecidos. É nesse cenário de harmonia interior e paz de espírito que a capacidade de “escutar” a intuição se manifesta de maneira integral e natural. Em estados de instabilidade, falta de paz e harmonia interior, a intuição ainda existe, porém transparecerá apenas em breves e fugazes manifestações; reluzindo apenas em momentos isolados e transitórios. Por essa razão, a maioria relaciona a intuição com experiências de caráter transitório.
Quando há o fluxo de paz íntima com certa regularidade, o atributo da intuição passa a se manifestar de maneira espontânea, como qualquer outro atributo que temos, de maneira natural. O cultivo desses estados de paz e harmonia interior é algo suscetível de ser trabalhado, e funciona como uma espécie de higienização do canal intuitivo, tornando-o mais límpido, cintilante e permanentemente aberto.
Destarte, cumpre ressaltar que, quando em estados de harmonia e paz íntima, a intuição soma-se a todos os outros atributos que possuímos. Ou seja, quando estamos em estado de desarmonia, não apenas a intuição, mas todos os outros atributos também serão subutilizados ou mal utilizados. O interessante é que, quando em harmonia e, consequentemente, em estado de equilíbrio interior, de forma natural, a própria intuição nos indica um novo papel: o de guardiões do nosso estado de paz interior. Portanto, quanto à pergunta-título deste capítulo: “É possível usar a intuição conscientemente?”, a resposta é sim, é possível usar a intuição conscientemente!
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Capítulo 3 – Intuição, Caminhos do Meio
Copyright © 2020 por H. S. Silva
Livro “Intuição: Para Viver uma Vida Melhor”
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