A vocação é um dom pessoal.
A vocação está relacionada com o papel que temos que desempenhar no mundo, constituindo um dom totalmente pessoal. Portanto, a vocação deve estar integrada e em sintonia com o que a pessoa é, em seu íntimo e no mais profundo do ser, e também deve refletir seu grau de sintonia com Deus; deixando reverberar em nosso íntimo o que Deus “aguarda” de cada um de nós. Só então seremos capazes de dar ao mundo o nosso melhor.
Estar em harmonia com Deus e com sua própria consciência e dar ao mundo o seu melhor, à sua maneira, é manifestar sua vocação.
A vocação nasce de dentro do ser e está conectada com a nossa harmonia com Deus. Por isso, devemos aprender sobre a harmonia e apreciá-la, pois com ela devemos contribuir e interagir. Tem a ver com o que vem de dentro de cada um, mas também tem a ver com a forma como interagimos com que está fora. Essa interação define e molda o papel que exercemos no mundo.
De alguma forma, nossa ‘vocação’ está gravada em nossas consciências e nos lembra de nosso compromisso para com o mundo.
Perceber a harmonia tem a ver com ultrapassar as camadas superficiais dos quadros que a vida nos apresenta, inclusive de certos papeis que desempenhamos de maneira ‘desconectada’ de nossos reais propósitos. Sentir a essência que existe por detrás do que é aparente é a chave para nos harmonizarmos com o mundo. Sejam camadas de dor ou tristeza, de bem-estar ou alegria, de satisfação ou frustração; devemos procurar fazer essa sintonia, com sentimentos de serenidade e amor, desapego e solidariedade. Ao sentir a verdadeira essência que existe nas várias manifestações com que nos defrontamos, de alguma forma evocamos o aflorar de nossa vocação e, naturalmente, agiremos da melhor maneira que nos seja possível.
O caminho pode parecer lento e longo, mas a jornada começa com o primeiro passo, e continua passo após passo – devemos estar conscientes disso. Se é um primeiro ou décimo ou milésimo passo, não importa; cada um tem sua jornada pessoal e intransferível a percorrer.
Como disse certa vez o grande espiritualista brasileiro Francisco Cândido Xavier, “Não podemos voltar atrás e fazer um novo começo. Mas podemos começar agora e fazer um novo fim“.
Essa frase contém uma chave que pode mostrar soluções a problemas que, aparentemente, pareciam insolúveis. Relacionei a frase a uma ‘chave’ porque temos que acioná-la para que aconteça.
Texto reflexivo de Herbert Santos Silva
Site Intuicao.com
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