O conhecimento genuíno é transformador

O conhecimento genuíno é transformador

Hoje, aqui no ‘Reflexões para a Vida‘ trazemos como tema para reflexão ‘O conhecimento genuíno é transformador!‘ sobre o qual te convidamos a pensar. Veja um pouco mais sobre ele. Confira!

O conhecimento genuíno é transformador!

Através do conhecimento podemos aumentar nossa capacidade de resistência em situações que são difíceis, inesperadas ou dolorosas. O conhecimento é sempre transformador e, pode nos ajudar a lidar com realidades ao nosso redor com mais flexibilidade e sabedoria, ajudando-nos a nos conduzir em meio ao inesperado, sem abrir mão de nossos valores e princípios, assim como, a interagir com o que é doloroso, de maneira mais serena e sensata.

O conhecimento genuíno é uma energia viva, que se interliga ao que dá vida e, de alguma maneira especial, nos interconecta a fontes superiores, capacitando-nos a enxergar, mesmo que temporariamente, o todo e o longo prazo e nos ensinando a aprender com o que nos surge de inesperado ou doloroso – dando-nos sempre, quando de sua aplicação, o bônus da sensibilidade reforçada e da lembrança de sermos seres espirituais – algo que é muitas vezes esquecido, quando tudo é ‘fácil’ demais.

O conhecimento verdadeiro está conectado ao conhecimento que podemos tentar traduzir como ‘universal‘ ou de ‘origem divina‘, e vai além dos nossos interesses momentâneos. E mesmo que tenhamos a tendência de tentar moldá-lo às nossas realidades, em verdade o que podemos fazer é traduzi-lo à nossa linguagem e tempo, para que possamos, primeiramente, entendê-lo e num segundo passo aceitá-lo e aplicá-lo no dia a dia.

Enquanto não o traduzirmos para nós mesmos, não seremos capazes de entendê-lo e aceitá-lo, e muito menos de aplicá-lo. Dar vida ao conhecimento, em nossas vidas, é vital para nossa absorção. Por isso, um mesmo conhecimento, quando verdadeiro, pode ter vestimentas diferentes conforme o momento histórico e conforme a cultura em que estamos inseridos.

Na medida em que “mitificamos” o saber, estamos criando barreiras que podem tornar-se intransponíveis.
Quem as cria?
Nós mesmos!

Saber apreciar o conhecimento é uma coisa, outra é idolatrar.
A apreciação motiva a atração que promove a proximidade e, de alguma forma,  inspira a flexibilidade; enquanto a idolatria enrijece e cria barreiras, conduzindo ao apego a formas e ritos, que com o tempo  nos distancia de sua essência, que é o que gera a força transformadora do conhecimento.

Ser amigo do conhecimento e não escravo dele. Ter amor por ele e não medo. A passagem do temor para o amor é que nos possibilita a passagem de sermos neófitos para adentrarmos a jornada para a maturidade. O fato é que só quando temos amor ao conhecimento é que podemos colocá-lo na prática de forma natural e espontânea.

A quem pertence o conhecimento?
Creio que conhecimento genuíno é aquele que vem de Deus e não pertence a ninguém, especificamente, mas nos é disponibilizado, quando estamos aptos a recebê-lo, seja científico ou espiritual, filosófico ou artístico, etc. E este é um aspecto a ser enfatizado, intuo que o conhecimento que é originado de Deus vai muito além do que costumamos classificar como sendo ‘religioso’.

As leis de Deus se aplicam a tudo no universo, podendo ser 'traduzidas' em frases filosóficas, ou em preceitos doutrinários; assim como, podem ser apresentadas como conceitos da física e/ou mostrados em uma formula matemática. Um exemplo claro disso é a lei do karma,  apresentada à humanidade através da espiritualidade oriental há milênios e formulada matematicamente através de Newton, na conhecida lei da Ação e Reação, formulada no século XVI.

O conhecimento, quando genuíno e verdadeiro, deve ser colocado à disposição de todos, jamais devendo ser ‘guardado’ hermeticamente; pois  existe para ser usufruído com respeito e sabedoria, e sempre com amor e humildade – quando um desses atributos está ausente, corre-se o risco de corrompê-lo e perder-se o que é genuíno.

Na medida em que alguém pensa que é ‘dono’ de algo há a inversão automática de valores e o que se vê é a distorção de algo que poderia ser útil e belo, transparente e inspirador em algo ‘pesado’ e de difícil aplicação, em que o genuíno, vinculado ao belo e ao bem, é gradualmente substituído pelo orgulho e arrogância.

O sentimento de ‘posse’, em quaisquer níveis, inibe os sentimentos de amor e altruísmo;  e isso acontece também em relação ao conhecimento, quando há a ilusão de possuí-lo. Quando há o sentimento de posse, aquilo que poderia dar segurança transforma-se em insegurança que, por vezes, se camufla de soberba e falsa autoridade.

Para que serve o conhecimento?
O conhecimento existe para ser usufruído, compartilhado e, intuo, para que cresçamos e para que fortaleçamos elos entre nós que compomos a humanidade; entre nós, a natureza e os animais e, em um nível sutil, entre nós e Deus.

Para que serviria o conhecimento – neste mundo da ação em que nos encontramos, senão para nos levar adiante e para ser traduzido em aplicações que nos são úteis e ajudem a promover a integração e o bem comum? Ou então, por que não se traduziria o conhecimento em revelações que nos levam a transcender, conduzindo-nos a patamares que estão além do que poderíamos conceber ou imaginar?

Se observamos, esse 'transcender' se manifesta nos mais diversos níveis de nossas experiências como seres humanos-espirituais que somos, seja numa composição musical magistral, numa pintura que toca nossa alma, numa escultura que nos aviva o sentimento de harmonia; ou em uma poesia que nos conduz a novas dimensões do pensar e sentir; ou em entendimentos científicos que transformam nossas formas de viver e ver o universo; ou entendimentos filosóficos que nos transportam para dimensões além das que estávamos habituados; ou simplesmente quando nos sentimos integrados ao todo e próximos à natureza ao observar uma flor ou uma montanha, um lago ou uma nuvem no céu. Em todas essas manifestações, a essência do saber divino se faz presente.

Quando nos permitimos ser tocados pelo saber divino, o conhecimento genuíno como que se revela a nós, e isso nos satisfaz intimamente, pois sentimos que estamos avançando na nossa jornada humano-espiritual e estamos, de alguma forma, nos aproximando de Deus. Tal satisfação nos dá o sentimento de preenchimento e quando há preenchimento não há muito barulho. O conhecimento não existe para o show, mas para alimentar a cada um de nós e para nos conectar todos. A essência do conhecimento é que ele existe para ser transferido e não mantido escondido dentro de cada um.
Quando não o aplicamos, ele aos poucos se esvai e sua ausência nos enfraquece. Quando só falamos mas não praticamos, ao invés de ganharmos energia, nos desgastamos.
A ‘doação’ ou transferência do conhecimento deve ser natural e sutil, na ação.

A sabedoria funciona como uma luz que brilha quando colocamos o conhecimento na prática.
Quando há a prática, começa a haver a manifestação de sabedoria e então a força do conhecimento começa a se manifestar como poderes íntimos, que podem ser percebidos nas formas de tolerância e discernimento, de compaixão e generosidade, de simplicidade e contentamento, assim como, podem ser observados com o desenvolver de nossa capacidade de perdoar e aceitar, de enfrentar e de desapegar ou de amar e respeitar. O fato é que o poder da sabedoria é bastante sutil e reflete-se, tanto no nível externo quanto no interno, através da harmonia e do brilho da alma.

A sabedoria tem muito a ver com valores. Os valores definem os parâmetros como cada um vive. Na medida em que valorizamos algo, começamos a dar importância àquilo e a criar referências baseadas naquilo.
O equilíbrio de valores expressa a sabedoria e inibe posturas de extremos como rigidez exagerada ou de arrogância.
Ter jovialidade e ser maduro, disciplina e flexibilidade, desejar e ser desapegado, estar na frente ou na retaguarda, são posturas decorrentes quando a sabedoria se faz presente.
Este tipo de atitudes não é tão complicado quando a expressão do saber é natural.
A sabedoria nos leva a nos sentirmos aprendizes, a arrogância nos conduz à areia movediça de nos sentirmos ‘mestres’, aqueles que sabem ‘tudo‘. Mesmo que ‘tudo‘ seja um mundinho de especialidades e informações tão específicas, complexas e limitadas que tornam impossível a sua comunicação,

A sabedoria é a arte de simplificar o que é complicado; ela nos revela a essência que se esconde atrás de vestimentas aparentemente complexas. 

O conhecimento da verdade é algo sempre buscado por aqueles que creem num mundo melhor. Isso só pode ser experimentado quando flashes de sabedoria nos iluminam.

A sabedoria nos conecta com o bem e quando mantemos o  foco no bem somos  inspirados a compartilhar o conhecimento. Quando assim agimos aprendemos a entender e a aceitar que todos somos beneficiários e recebedores de joias que a sabedoria nos concede; naqueles momentos ou períodos em que somos agraciados devemos lembrar nosso papel de tutores daquelas joias. A grande armadilha, que facilmente nos desvincula da verdadeira sabedoria, é a sensação de sermos ‘donos‘ daquele saber; quando, em verdade somos beneficiários sendo agraciados por ‘algo’ que transcende, em muito, nossa capacidade e nosso entendimento. Quando caímos em tais armadilhas – ativadas pelo egocentrismo, pela falta de humildade ou pela ausência do senso de gratidão, ou pela ausência de espiritualidade; então a ‘queda’ do pedestal é inevitável.
É importante lembrar que a sabedoria abre portas, enquanto a ignorância cria barreiras.

Autor: Herbert Santos Silva
fonte: site intuicao.com
image: Pixabay

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