Bem, é no clima natalino, em meio a lembranças de luzes, viajando por dentre aromas, músicas, cores e em meio ao frescor da brisa e aos olhares preenchidos de luz, que desejo a você e à sua família um Natal e um Ano Novo repletos de luzes! Que elas brilhem em seus corações, em suas mentes e também em seus intelectos.
Queridos amigos e amigas, o que escreverei nesta mensagem de Natal e Final de Ano não é o que usualmente me move a escrever – que é a energia de compartilhar!
Normalmente, compartilhar é a força motriz que nutre minha vontade em escrever. Mas, nesta mensagem, que sinto estar relacionada à de Natal e à de passagem de ano, preciso dizer: escreverei para não esquecer, sim, para não esquecer!
Aqui no café em que escrevo estas palavras, numa mesa ao lado, escuto uma criança dizer:
"...que cheirinho bom! Parece chocolate quente!"
Neste momento, esta frase, que roça os ouvidos despretensiosamente com aquele timbre infantil preenchido do poder da inocência e da descoberta, entra em conjunção com o mosaico de imagens que começava a emergir em minha tela mental…
Bem, como escrevo para não esquecer, vou apenas escrever, ou melhor, descrever o que nesta manhã natalina de dezembro ficou tão nítido em minha mente.
Por alguma razão – não me pergunte o porquê – flores da patagônia com cores suaves e com um aroma floral parecem invadir aquela experiência; logo surgem montanhas imponentes – lembro-me das belas montanhas de nosso planeta e eis que em minha mente visualizo um jardim de cores magistrais – com muitas flores coloridas combinando com o verde dos gramados que se espalham ao longo; em seguida, me vêm lembranças de cristais cintilando ‘luzes‘ ao receber raios do sol.
Luzes, reflexos, clarões? Que beleza sutil! E aquelas luzes parecem declarar que os cristais contêm as essências puras deste planeta cristalizadas em si; e aqueles reflexos parecem carregar saberes que se expressam em cores e formas variadas – cada um a seu estilo e eles parecem sussurrar aos ventos que eles traduzem a essência da beleza em nosso planeta desde seus primórdios…
Logo, riachos de águas cristalinas começam a fluir em meio àquele cenário, em meio às montanhas, e o sentimento é claro: ‘a água é uma dádiva que recebemos!’ Das maravilhas-presentes em nosso planeta, ela figura entre as mais importantes – é uma maravilha!
O sussurro sutil é:
'Aprecie beber água e saiba saboreá-la! Você deve acolhê-la com amor e respeito dentro de seu corpo.'
Viajando por esses cenários em minha mente, o intelecto pareceu brilhar – como os cristais e pareceu sussurrar: ‘Problemas? Não se iluda com eles! Eles são apenas ilusões, criações passageiras.’
Aquelas luzes e imagens em minha mente pareciam declarar: 'quando o intelecto experimenta luz, você experimenta a transcendência... nestes momentos - de luz, o que chamamos de “problema” não consegue nos alcançar.'
Neste ponto, lembro-me de natais anteriores e gostaria de compartilhar uma percepção – de experiências por mim vivenciadas em natais distintos, seja nas montanhas da Índia ou em meio a gramados, árvores e parques naturais no Reino Unido ou em meio à imponência magistral das Rochosas Canadenses ou em meio à beleza inspiradora dos jardins e flores, águas e luzes natalinas de Victoria, no Canada ou em meio aos cenários maravilhosos, que tanto me inspiram, da Chapada dos Veadeiros ou da Serra da Mantiqueira, especialmente de Campos de Jordão, ou ainda, do por do sol magistral de Brasília, em meio ao horizonte sempre visível ou … nesta semana natalina, do café em que me encontro agora. Cada um desses cenários, em meio a relances em harmonia com os ambientes ou com a natureza que me acolhia, vivências íntimas – a maioria com a música sempre presente, em muito me ajudaram a perceber os momentos em que recebemos o influxo de ajudas celestiais.
Assim, intuitivamente – para não esquecer, compartilho a percepção íntima de que somos especialmente ajudados pelas forças celestiais neste período do ano. ‘O brilho que vem das luzes mais elevadas das esferas celestiais pode ser mais facilmente por nós percebido no período natalino’, quando somos banhados de luz por todos os lados; cabendo a nós abrirmos os canais da sensibilidade de nossas almas para podermos experimentar as verdadeiras ‘bênçãos’ que estas luzes nos trazem.
A diferença é sutil e ampla; em uma, quando ideias ou concepções nascidas de nossos intelectos brotam, você sente o brilhar do intelecto, mas é algo que muitas vezes nem mesmo toca nossos próprios corações ou não estabelece sintonia com os dos outros, com a natureza ou com o momento em que as experimentamos; é uma manifestação que parece ‘fragmentada‘ – sem integração com o todo – e se dá como a sensação de ver o intelecto brilhar por instantes, como um cometa – que passa e logo desaparece; e na outra, quando o intelecto experimenta a transcendência … ah… é completamente diferente… Não pensamos no que gera aquele brilho – mas, intimamente, sabemos que não é nascido de ‘nós‘; apenas o recebemos e experimentamos aquele brilho e, de algum modo, vivenciamos uma conexão luminosa – como a que senti ao escutar aquela criança declarando “… que cheirinho bom, parece de chocolate“; conexão na qual, sutilmente, apenas compartilhamos bons sentimentos preenchidos de luz e amor com tudo e todos ao nosso redor… É como se entrássemos em sintonia com o que nos proporcionou aquela experiência, mesmo não sabendo de onde ela vem, ou como aquele processo acontece.
De alguma maneira, nos sentimos conectados ao universo - por meio de luz; banhando-nos no oceano de luz das esferas celestiais mais elevadas, que nos transferem paz e felicidade, amor e esperança e, ao mesmo tempo, um sentimento pouquíssimas vezes experimentados por muitos de nós... bem-aventurança.
Quando essas experiências únicas se apresentam, sentimos no fundo da alma que aquelas experiências , seja na distância de um minuto-luz ou várias horas, dias ou anos-luz, seja no tempo de poucos segundos ou de alguns minutos, não importa; sentimos que elas deixam suas marcas iluminadas na nossa existência de maneira única – para sempre!
Neste dezembro, nas vésperas de Natal, compartilho uma dessas simples e iluminadas experiências; lembrando que luz atrai luz, assim como o bem atrai o bem.
Especialmente, neste Natal, o sentimento que gostaria de compartilhar com você é que seu intelecto e seu coração brilhem – não apenas como um cometa, em momentos de descobertas ou satisfação, benesses ou boas notícias que podem excitar a mente e o intelecto - temporariamente; mas que seu intelecto e seu coração brilhem o brilho das luzes celestiais que são portadoras da paz, da serenidade, da bem-aventurança e das bênçãos que necessitamos receber. Que você brilhe o brilho que existe ao sentir-se luz!
Um ano MUITO ESPECIAL a você, em que a luz sobressaia e os problemas … bem, que os problemas – quando surgirem, sejam dissolvidos na luz!
Um grande abraço,
Herbert Santos Silva
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