A poltrona confortável da gratidão: onde nasce a semente da não violência.

A poltrona confortável da gratidão: onde nasce a semente da não violência.

A poltrona confortável da gratidão: onde nasce a semente da não violência.

A luz que ilumina nossa caminhada está em nosso coração.
Ela nos protege, nos guia, nos acalenta e está em nós.
Só quando “percebemos” o que temos no coração, é que experimentamos conforto interior.

Por mais informações que recebamos, por mais que aprendamos ou absorvamos conhecimento, só nos sentiremos realmente confortáveis e felizes, só nos sentiremos plenamente harmoniosos, leves e repletos de energia quando em nós se expressar o sublime sentimento da gratidão.

A poltrona confortável, aconchegante e transformadora do coração é o sentimento da gratidão.

Quando não sentimos a gratidão em nossos corações, quando não a deixamos ter vida dentro de nós, um vazio existirá dentro do ser.
A energia do entusiasmo pode se fantasiar de objetivos ou metas atraentes, mas o entusiasmo latente, aquele que brota de dentro da alma, o entusiasmo de viver, de respirar, de simplesmente ser, esse só se expressa quando na alma cabe a gratidão.

A gratidão dá contornos graciosos e repletos de harmonia ao viver.
A gratidão preenche o vazio que a expectativa cria!
Ela esvazia o peso denso do temor e alivia a dor da tristeza.

O sentimento de gratidão é mágico, é como um arco-íris nas nossas vidas.
A gratidão é a forma iluminada da devoção.

O medo e o mal entendimento da energia da devoção levaram ao esvaziamento da gratidão. Esse medo nasceu na mente, não no coração, que é quem pode transmutá-lo de escuridão em luz novamente.
O sentimento de devoção tem sido traduzido erroneamente pela mente e tem afastado o ser humano da essência de um sentimento que é sublime, mas que deve ter manifestação de dentro para fora e não de fora para dentro.
Muitos rituais alimentam esse engano.

A força da gratidão nos corações traduz a força da sabedoria e abre os canais para a luz,
dando condições para conviver com as mais diversas práticas culturais, filosóficas ou espirituais, sempre se ligando à essência e nunca se perdendo na aparência.

Sem a gratidão no coração abre-se o espaço para a expressão da arrogância, da falta de amor, da falta de compreensão e de respeito e isso induz a uma quebra de harmonia na cadeia de manifestações dos diversos padrões energéticos que levam as pessoas a se sintonizarem de acordo com o que percebem e valorizam. Obviamente isso muda ou pode mudar de períodos em períodos.

Em vez de sintonizar com a essência que gera a manifestação e vivenciar aquele momento, a pessoa, deixando a essência de lado, ruma em direção à roupagem de dogmas e crenças e faz uso de armas para atacar, mesmo pensando que está se defendendo ou defendendo aquilo que acredita. Ela nem se apercebe que a munição que faz o estrago está dentro de si.
Ao atacar o que vê, ou pensa ver, ela estará atacando a si mesma, contribuindo para a quebra dos elos da cadeia de harmonia no planeta.

Perceber a gratidão e amar sua expressão ajuda a revitalização da paz interior e sua manifestação no viver.

Dar chances ao aproveitamento dos momentos que se apresentam, sem pensamentos de ataque, mesmo que traduzidos pela mente como sendo de defesa, significa ser grato com a vida, consigo mesmo e com Deus.
O tolo é aquele que ataca a si mesmo, enquanto o sábio é aquele que tem gratidão no coração.

A gratidão é um sentimento ativo, que abastece as armas mais poderosas que podem existir e que são as mais sutis. São as armas do bem e do futuro, que não funcionam para atacar ou agredir, mas têm um poder quase ilimitado, pois são capazes de criar a invulnerabilidade.

As armas do bem são o amor genuíno, a felicidade autêntica, a sabedoria, a paz interior, a compaixão, a tolerância, a humildade e a vontade que criam nosso escudo de invulnerabilidade.
A chave para ativá-lo é a gratidão.

O escudo da invulnerabilidade está disponível sempre, a questão é acioná-lo. Através das armas do futuro, que já estão à nossa disposição, o nosso campo vibratório – o escudo de invulnerabilidade, será naturalmente restabelecido e fortalecido.
Reagir e atacar são hábitos nefastos, nascidos da insegurança e medos e que, em breve, farão parte do passado.
O bem atrai o bem, atrai ajudas; enquanto a violência atrai a agressividade e gera ainda mais violência.

Agir significa assumir a autoria do momento, assinando suas atitudes com a maior legitimidade possível. E não há nada mais legítimo no ser humano que suas qualidades inatas.
O que recebemos da vida é gratificante, sempre!
Enfrentar situações difíceis, problemas, desrespeito, tristezas, dores, etc. não deve ser encarado como algo ruim ou como um confronto ou uma competição ou situações injustas. Devemos reprogramar nossas mentes e estabelecer uma nova leitura para tais situações, onde ao em vez de “reagir”, devemos, mais que tudo, “agir” – tendo o bem como guia e entender que para tal, não precisamos das armas de reação ou de ataques.
Podemos conceber “ações” que tenham “espírito”. São as nascidas de nossos valores latentes e fortalecidas no coração.

As “reações” são fantasias que iludem o ego e perturbam o ser, pois fazem uma manifestação enganosa da vontade.
Esse jogo – de exercer a reação, se tornou habitual na humanidade mas, tem um pequeno e definitivo segredo: só sobrevive se alimentarmos as reações e só tem eficácia quando numa relação entre egos. Ele se desmantela quando visto por um olhar sábio.

Ao “agir” com serenidade e tendo o bem como meta estaremos “encarando” a realidade que se apresenta de modo a transformar – não o que aconteceu, mas o modo como encaramos o que aconteceu – e isso, sem nos deixar abater por armadilhas, que só funcionam se as ativarmos, que é o que é feito quando “reagimos”.
“Reagir” e “atacar” são os melhores meios de cairmos nessas armadilhas.

A sutileza do amor de um coração intuitivo e a sabedoria de uma mente limpa e tranqüila expressarão o poder e a força do ser em quaisquer situações conduzirão a pessoa a posicionamentos que induzirão a êxitos sem fazer uso da violência ou agressividade, nem consigo nem com os outros – isso ‘atrai’ luz e ajudas dos que estão sintonizados com a luz e com o bem e dará ainda mais força e estabilidade interior a quem escolhe assim agir.

Quando estamos em paz, estamos manifestando a gratidão.
A gratidão com a vida é uma questão de atitude!
E isso depende de cada um de nós.

Ver sob o prisma de luz, nascida de Deus e alimentada dentro de cada um, ajuda a evidenciar e tornar relevante um modo renovado e particular de conviver com os ‘presentes’ que passamos a agregar ao nosso coração e ao ‘poder e saber’ que passamos a associar em nossa “aprendizagem”, no caminho da ação e da não violência.

Autor: Herbert Santos Silva
Livro: Intuição.com – Reflexões Para Viver uma Vida Melhor
site http://gbsitesbsb.com.br/intuicao
Imagem: Pixabay